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terça-feira, 1 de abril de 2014

O meu sol









Itanhaém
03/03/87.  22h45min.


O sol de minha vida não é meu.
Não me pertence, no entanto está ao meu alcance; posso até mesmo tocá-lo com as mãos.
Não posso dizer que não quero, mas tenho plena convicção de que não devo.
O sol de minha vida brilha perto de mim e me entristece.
É um sol, que me deixa por vezes sem razão. Então eu conto até dez e me reencontro, e aí a tristeza me assola.
O meu sol, que não é meu, coisa nenhuma, é lindo. Não existe, outro igual. Seu brilho é diferente do de outros sóis, pois se trata do meu sol. Do sol de minha vida!
O meu sol está tão próximo, tão perto, tão ao meu alcance; mas não ouso alcançá-lo. Pois sei que no dia em que o fizer.
Estarei apagando-o!...

                                                                                                Lino.


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