Muito triste e sem amor
Acreditando em tudo
Maldita carência!
Onde se esquece de tudo
Até mesmo da decência
E lembra-se:
Menos ainda da prudência
Carência, que faz acreditar
Até mesmo em cigana
Que lendo a sorte
Prevê amores intermináveis
Prevê sonhos inacabáveis
Carência:
Previsão de entrega
Viajando em música brega!
Na beleza da rosa
Como na música
A flor mais formosa
Onde perfume é igual
A dor do ciúme
Onde, o sabor do carinho
Confunde-se
Com a dor do espinho
Onde o lábio carmin
Não dá indícios do fim
Onde a desilusão destrói
O mais lindo jardim
Onde emoção
Acaba na dor da paixão perdida
E no desprezo pela vida
Diante de copos
E mais copos de
bebida!
De lembrança em lembrança
Conto,os risos e os ais
Mais ais do que risos
Assim é...
O amor quando acaba
Querendo esquecer
O quanto fui feliz
É que me senti
Ainda mais infeliz
E vi meu mundo
Tornar-se ainda menor
Canta muito!
O gigante Bartô Galeno.
E nos braços de outra
Busco o que você
Sem pestanejar levou embora
Só lembranças!
E muita bebida
È o que me resta agora!
Quem já ouviu falar?
Em Elino Julião
Cantor brega muito chorão
Que, amiúde, pede
Para seu amor voltar
Dizendo morrer de paixão
E que quase para
O seu velho coração
É a música brega
Mandando na viagem
Falando de amor
Com propriedade
E muita coragem
Buscando:
Perpetuar sua história
Falando de dores de amor
E de luta inglória!
Querida mil vezes querida
Recebe minhas flores!
Você que foi
O maior dos meus amores
O bem maior, com que sonhei
A namorada que adorei
Mas não foi assim
Por toda a vida
Tudo, tem vez e hora
Mando-lhe lindas flores
Apesar de ter ido embora
Mas, partir também faz parte
Partir é, antiga arte
De perpetuar sabor
É maneira quase infalível
De ter real valor!
Garçom, não podia faltar
Bebida, música brega e bar
Ingredientes pra fazer chorar
Combustível pra se sonhar
Pra se pensar
No passado, distante ou não
Meu grande amor vai se casar
E não deixou de me avisar
Quero beber!
Quero me embriagar!
Não quero saber da hora
Não quero ir embora
Tanto faz fazer sol
Ou até mesmo chover
Deixe-me beber!
Que lhe deixo em paz.
Hoje pra mim...
Viver ou, até mesmo, morrer.
Tanto fez, como tanto faz!
Lemos ouvindo brega.
Dezoito de agosto de dois mil e
treze.