Um pequeno contratempo;
Que o coração não aguentou.
Um simples passatempo;
Que com o tempo acabou!
O sonho do desatento;
Que o vento para longe
soprou!
A melancolia que permaneceu;
No peito vazio do infeliz.
Cuja alma apaixonada
adoeceu;
Após querer quem não o quis.
A cor da vida esmaeceu;
Transformou-se em enorme
cicatriz!
Tanto amor não foi o
bastante;
Para levar em frente um
sonho.
O que seria lindo e
interessante;
Tornou-se lúgubre; medonho.
O que ontem era tão
importante;
Mudou, agora é o hoje tristonho!
Nenhum amor deve estar nos
planos;
Pobre do que acredita, no
eternamente.
Pois quem quer ser feliz,
por muitos anos.
Não deve ter o amor em sua
mente.
O amor é capaz de causar
grandes danos;
Torna insosso, e opaco o ego
da gente!
Felizes para sempre, não e
verdade;
Pois, o para sempre nunca
existiu.
Soa como, as promessas que
ouvimos;
E nunca, nenhuma delas se
cumpriu.
Como as promessas que
fizemos;
Cujo resultado ninguém viu!
Lutar por um grande amor é
absurdo;
Já lutei e não gostei do
resultado.
Para quem ama, o mundo é
surdo;
Quem luta por amor, é
derrotado!
Só uma pergunta me consome:
Por que o amor não traz
felicidade?
Queria ao amor dar outro
nome;
Que somasse, tristeza e saudade!
Sofrer de amor dói tanto
quanto a fome;
Os dois roubam a dignidade!
Pode ser o homem de maior
valor;
Ou, a menor e frágil mulher.
Quem sofrer uma desilusão de
amor;
Saberá não ser uma dor
qualquer.
A vida não terá o mesmo
sabor;
Será vivida do jeito que
vier!
No amor do mundo moderno
Não há segurança ou nenhum
nexo;
Confunde-se o prazer puro e
terno;
Com as extravagâncias do
sexo!
O corpo, no céu, a alma no
inferno.
Nu e envolvido, em um mortal
amplexo!
Ninguém até hoje explicou,
ao certo;
O quanto realmente é bom o
amor,
Pois não se sabe, se está
longe ou perto;
A medida exata do seu real
valor.
Para quem está amando, é
lucro certo;
Para quem por ele sofre, é
amargor!
Há os que nem sequer sabem
se existe;
Outros, que sempre tentam
mais uma vez.
Tem gente que por
conhecê-lo, hoje é triste;
Vi alguém que por não
sabê-lo triste se fez.
Especialistas, afirmam de
dedo em riste;
Que amar é jogo de
paciência, como xadrez!
Não tenho paciência, nem
jogo...
Já vi o suficiente, agora
basta.
Por isso chega de prosa.
Até
logo!
Senão a melancolia me
arrasta!
Lemos
03/12/2002