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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Rédea curta





Ser sincero!

É tudo que quero

Mas sou impedido

Pela sua estupidez

Que me congela a fala

Que me amarra os pés

Sou amarrado

No seu calcanhar

Rédea curta!

Me dita o caminhar

Mas na hora da verdade

Sente-se ultrajada

Pela minha maneira de ser

Que conhece de cor

Mas se recusa a ver

Pois olha apenas de viés

Não preciso lhe mostrar

O que quer que seja

Desde que esteja

Imóvel...

E submisso a seus pés

Não sendo pra falar

O que penso e sinto

Melhor, nada dizer

Quedar-me mudo

E certamente

O melhor a fazer

E antecipar o fim

Não lhe contradizer

É o que resta a mim

Pra lhe satisfazer

Por ver a coisa assim

Até cogitei morrer

Desconsiderei...

Por não ser sensato

 E vou sair em busca

De razão pra viver!

Estou desfazendo

Todas as amarras

Que me prendem a você

A vida está me chamando

Talvez seja bom conhecê-la

Tendo alguma liberdade

E podendo definitivamente

Viver e dizer...

A minha verdade!



Lemos

24/04/2014.





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