Como fui fiel ao meu Eu no passado
Aquele antigo Eu moderno
Para a época, hoje ultrapassado.
Sou fiel ao meu Eu de muitas mudanças
De estilo e de comportamento.
Era, daqueles que sabiam falar
E gritar as suas verdades
Hoje já sabendo ouvir
Vejo-me mais interessante
Dentro de um mundo mais veloz
E nem por isso mais excitante.
Sou fiel ao meu momento
Não posso me declarar ao amanhã.
Onde o sol poderá ter outra cor
E a sorte não ser tão irmã
Mesmo assim serei fiel ao ideal
Com o qual poderei acordar.
Passar o dia atrelado a ele
Mesmo que não me dê razão
Para poder sonhar!
Sou, o que me dita o presente
Dentro de minhas possibilidades
Acredito no que a alma diz
Desde que se assemelhe a verdades.
Sou o hoje, e
tenho que ser assim.
Pois não havendo
amanhã
Já levo na boca o sabor do fim!
Ao qual sucumbirei fielmente
Mas, por hora me guio.
Pela luz que ainda sinto à frente.
E que enquanto estiver acesa
Induz-me a por toalhas na mesa
E a abrir as cortinas
E quando na rua ainda almejar
A felicidade em cada esquina
Pois felicidade, para mim.
Significa o atual e o próximo sorriso
E assim como lá atrás
Acreditar em mim...
É o que preciso!
Lemos
31/07/2017