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terça-feira, 23 de setembro de 2014

A voz da razão






Inspiração!
Não sei se um dia tive
Acredito que não
Mesmo assim falei
E também escrevi
Até demais...
Para o meu tamanho.


Com ou sem inspiração
Pouco fiquei
Em cima do muro
Só mesmo o tempo suficiente
Para ver o lado mais seguro
Mas ás vezes
Pendia para o outro lado
Movido pelo coração.


Abdicava da aparente
E convidativa segurança
Regido pelos meus princípios
Que, amiúde, ditavam o fim
De uma história
Ou de uma aventura.


Mas com a consciência em paz
A fria noite
Já não parecia assim
Tão assustadora e escura
Com ou sem inspiração
Descobri quê...
A voz da razão
É aquela que nos dita
O nosso sensitivo coração!

Lemos
23/09/2014





sábado, 20 de setembro de 2014

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O príncipe vagamundo







Jogou fora seu passado
E foi viver seu sonho
Jogou fora...
Modo de dizer
Pois ele está ali
Bem ao seu lado.






Não matou o passado
Até porque!
Ele está presente
Embora invisível
Ao seu olhar doente
Para o qual sua paixão
A faz sair do chão

A ponto de ignorar
A mãe acamada
Que deixou de ser
Clara prioridade
Seu príncipe vagamundo
É agora...
Sua única verdade

Passado!
Morto e enterrado
Pessoas invisíveis
Alma enfeitiçada
Sonhos inverossímeis
Pane na razão
Péssimo sinal ao coração.

Terra que ninguém pisa
Mas seu sonho pisou
Em forma de sanguessuga
Sugando sua verdade
De forma dura e aguda
Não suponho amanhã
Capaz de trazê-la
De volta à consciência

Mas resignado
Assisto o seu sonhar
Quero estar sereno.
No acaso, do seu acordar.
E que, não seja tarde.
Pois observador que sou
Sei o quanto...
O remorso arde!

Lemos
19/09/2014


Bem depois do fim






Poderia ser tarde demais
Para chorar
Mas mesmo assim chorei
Depois, que todos choraram.
Atrasado!
Disseram alguns...
Chorei!
Quando as lágrimas brotaram!

Enquanto os outros choravam
Alguém tinha que se mover
Prioridades, não esperam
Alguém tem que fazer!
No caso, coube a mim....
Engolir o pranto maldito
E chorar depois do apito!

Lemos
19/09/2014


Não fui o primeiro




Apaixonado que estava
Pus o mundo em uma gaveta
Meu grande amor foi embora
E a coisa ficou preta
Desesperado!
Quero meu mundo.
Mas a chave se perdeu.


Agora, nem amor...
Nem família.
Amigos, tampouco
Em busca da felicidade
A perdi completamente
Não fui eu o primeiro
Acontece a acontecerá
Com muita gente!

Lemos
19/09/2014



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Moribundo





Senti medo











Disse estar...





Dando seu melhor
Ainda bem!
Que, era cedo
Poderia ter
Sido pior
Senti muito medo
Abdiquei do sonho.


Ainda me dói
Mas não tenho perfil
De super-herói.
Ao lembrar seu pranto
O remorso me queima
Morre o herói
O medroso teima
Segue vivendo
Indo só na boa
E na dúvida correndo.


Por ter sido escaldado.
No mais promissor dia
É que hoje me apavora
Até mesmo a água fria
Se estava dando seu melhor
Lamento, mas não me servia
Baseando-me nisso percebi
Que um pouco pior
Certamente me mataria!

Lemos
18/09/2014


Bananeira velha!






Sou o mesmo.
Pode apostar!
Mas em você
Recuso-me
A novamente errar
Deixei de ser
Seu eterno capacho.





Vejo-a agora!
Como...
Bananeira velha
Que já deu cacho!

Lemos

18/09/2014

terça-feira, 16 de setembro de 2014

domingo, 7 de setembro de 2014

Grande mentira!





Vida!
Grande mentira
Que nos induz
A sonhar
Com o eternamente
Mas que se esvai
Em dado momento
Não nos dando
Direito a reclamar
Nem tempo
De se despedir
De quem se ama.



Não tem visor
Que possa indicar
O apagar da chama
Vida!
Grande mentira
Que nos leva a crer
Ser dono
Do que se possa ter
Promete demais
E depois...
Deixamos tudo para trás.


Vida promessas sem razão
Onde os viúvos
Ficam para as periguetes
E as viúvas
Para o famigerado Ricardão!
Vida!
Sonho que se sonha só
E sonhar só...
É sonhar pela metade
Mas tanto faz
Vida não é mesmo verdade!


E foi a vida por si só
Que me fez constatar
Vida!
Sonho do qual
Não se acorda
Quando acabar!

Lemos
07/09/2014




sábado, 6 de setembro de 2014

Respire fundo




Você é grande

Tem poder

É isso que diz

Vive a alardear

Tudo o que...

Seu dinheiro

Pode comprar

Tudo!

Que sua força

Pode dobrar

Grande sujeito

Ser perfeito!

Respire fundo

Pois dia desses

Vi um igual a você

Que se entende

Mais do que vê

Em pouco mais

Que um segundo

Ser chutado do mundo!


Lemos
06/09/2014




quinta-feira, 4 de setembro de 2014

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

No dia a dia




Maravilhoso seria
Se em um belo dia
As boas ações
Fossem reeditadas
Como o são
As belas imagens
E frases de amor
Também!
As frases de efeito
Tão repetidas
No dia a dia.


Frases que desde que
Entendo-me por gente
Fazem-me companhia
Mas vejo poucas pessoas
Fazendo obras boas
Ajudando o irmão
Quando ele precisa
Daí uma nova frase...
“A desgraça raramente avisa!”


Os grandes já escreveram
Quase tudo
Talvez haja pouco a escrever
Mas tenho plena convicção
De quê...
Ainda há muito a se fazer!



Lemos
03/09/2014




Curva da revelação





terça-feira, 2 de setembro de 2014

Não chorei mais







Foi assim!
Que dei 
Conta de mim



Correndo atrás
De quem já não estava
A paciência...
Já não dava conta
De minha carência
Tinha tudo...
Queria mais!
Quando acordei
Era tarde demais.


A boa Inês...
Já era...
Mais do que morta
Não havia mais
O certo através
De linha torta
Até o Criador
Do alto...
Do seu imenso amor
Colocou-me de lado
Para me impor 
A sua verdade.


Em vez...
De linha torta
Simplesmente...
Fechou a porta
Na minha...
Cara de pastel
Senti-me...
Como a galinha
Que bebe água
E olha para o céu.
Na suja anedota.


Acordei naquele dia
Com cara de idiota
Que realmente fui
Corri atrás
Depois!
Parei e retornei
Resignado.
Não chorei mais!



Lemos

02/09/2014


Nova procura




Apaixonada
Por uma ilusão
Novidade alguma...
É esse, o nome
Da paixão.







Que muito promete
Aos olhos
Do apaixonado
 Quando morre
Quase mata
O amante fascinado

Que se vê
Sem chão
No qual pisar
Sem horizonte
Para mirar
Sem som
Para falar!

E acaso tivesse
Alguma voz
Nada poderia dizer
Até novamente
A carência o levar
De encontro
Ao anseio do prazer

Até o olfato
O guiar
Pelo cheiro
De nova aventura
E depois
Novo tombo...
Logo á frente
Nova procura!

Ausência de razão
E esse...
O verdadeiro nome
Da paixão
A eloquência da verdade
Que traduz
O ápice da insanidade!


Lemos
02/09/2014






segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Vejo vazio





Entrou setembro
Mas a boa nova
Não deu nos campos
Faltou chuva
Faltaram esperanças
E, sobretudo boa vontade.
Faltou também...

O mínimo de humildade
Faltou o perdão
Faltou honestidade.


Entrou setembro
E a janela...
Permaneceu fechada
Assim como as portas
Da maioria das casas
Onde o homem se esconde
Das verdades que o mundo
Grita-lhe aos ouvidos
Setembro chegou!
A chuva não veio
Vejo vazio
O rio antes cheio.


Sumiu meu sorriso...
E, também, o alheio.
Capitalismo!
O fim. Que não:
Justificou o meio!



Lemos
01/09/2014


Pouca chuva!