O casal modelo
Pelo menos a
meu ver
O casal
razão
O casal zelo
Minha
inspiração
Que me levou
Um dia a
pensar
E não muito
depois
A me casar
Pois é!
Dia desses,
o encontrei.
Em um bar
luxuoso
Onde nunca
havia entrado
Mas, naquele
dia entrei
A convite de
um amigo
Não entrei
pra demorar
Não costumo frequentar
Nenhum tipo
de bar
Nada contra!
No passado, já frequentei.
Bebo devagar.
Meu amigo
não!
Bebeu pagou
e foi embora.
Contrariando
o costume
Decidi
ficar, fazer uma hora.
Alguém me
chamou
Na mesa ao
lado
Olhei!
Lá estava o
casal
Do qual eu
tanto gostava
Não me
pareceu assim
Tão
apaixonado
Na verdade
estavam ali
Discutindo a relação
Que não
estava promissora
O bom senso
me levaria
A declinar
ao convite
Mas
tratava-se de pessoas
Amadas,
conhecidas
De
lembranças boas
Por isso
aceitei
Fui até a
mesa
Puxei um a
cadeira
E enfim, sentei.
Pus, sobre a
mesa a garrafa
Que estava
em minha mão
Tomei um gole
de cerveja
E depois...
Depois, veio
a conversação.
Discutiam, e
como sempre.
As duas
partes tinham razão
Fui chamado
ali para mediar
Parecia-me, não fazer sentido.
Era um casal de advogados
Não cabia tanto
impasse
Sabiam de
cor e salteado
Presenciaram
e mediaram
Tantos desenlaces
Ambos, tinham suas convicções
E já haviam
provado o remédio
Vinham, os dois...
De antigas
relações
Ele saiu...
Por conta de
incompatibilidade
Ela, por
conta do tédio.
Sabiam mais
do que eu
Todavia, fugiam
da verdade.
Se discutiam
a relação
Ainda havia
amor
Ainda havia
horizonte
Só precisavam, ver a cor.
E eu, que
não mais.
Frequentava bar
Acredito, ter
sido enviado ali
Para pintar
um quadro novo
De algo, que mal conhecia!
Falei...
Da alegria
que me dava
Vê-los em
harmonia
Da paz que
me trazia
A presença
dos dois
Falei, dos filhos...
Que trouxeram
ao mundo
De que, se orgulhariam
depois?
Essa indagação
calou fundo
Na alma dos
dois
E, também, na minha
Mostrar a
razão a advogados
Não era competência
minha
Entretanto,
estava ali como amigo.
E já tinha
emborcado o terceiro copo
Também experimentei
a caipirinha
Bebida doce, que soltou-me a voz
A essa
altura, já se olhavam com.
Um pouco
mais de atenção
E ele, até,
esboçou um gesto.
De pegar a
mão dela
Pensei comigo:
“A que papel
me presto!”
Depois reconsiderei...
“É, mesmo, pra
isso o amigo”
Fui recompensado
ao vê-la
Finalmente deixar-se
abraçar
Era; mais do
que hora.
De regressar
a meu lar
Regressei afinal!
Contudo, já
era dia seguinte.
Minha mulher
não quis discutir
Sequer, mesmo, conversar
Saí à
procura de um advogado
Estava...
Destruído o
meu lar!
Lemos
14/04/2014
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