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quinta-feira, 30 de abril de 2015

A morte ao anoitecer





Ao dormir no teu seio
Descansei meu corpo
E lavei minha alma
Ao dormir no teu seio
Depois do paraíso
Encontrei a chave
Da nuvem calma
Na qual entrei
E dentro dela me achei
Escrevendo minha história.



Ao dormir em teu seio
Foi que achei o meio
De ser leal...
À minha biografia...
De acreditar na paz
Para o outro dia...
E para o outro dia!
Ao repousar em teu seio
Foi que me avistei.



Foi quê:
Aprendi a preservar
A magia do momento
O real significado do amor.
Descansar em teu seio...
Fez-me perder
O medo que tinha
Da morte ao anoitecer!



Lemos
30/04/2015

21:15 



Era mesmo uma rainha!

A imagem dessa belíssima mulher...
É meramente ilustrativa.




Ao optar por ser seu
Deixei de ser eu
Por certo tempo
Deixei de me ver
E de me reconhecer
Como homem que sou
Felizmente o tempo passou
E me trouxe de volta
À minha identidade.



Tive que absorver
E também engolir
A minha verdade
Que estava perdida
No grande emaranhado
No qual entrou minha vida
Um beco escuro
Mas, felizmente com saída.



Era bem alto o muro
Que tive que pular
E voltar pro lado da vida
Que inocentemente achei
Que só existia a seu lado
Mas só agora aqui fora
Vejo que estava enganado
Vivia aceso por fora
Mas, com o espírito apagado
Pela sua falta de luz.



Na qual norteava minha vida
E que destoou minha história
Mas houve tempo
Para voltar a me ver
Com o olhar buscando
Horizontes à frente
Houve tempo e há espaço
Onde possa me encontrar
Dentro do meu destino
De ser feliz enquanto gente.



Tenho certeza que
Ninguém vem ao mundo
Para ser desfortunado
Só precisa ter coragem
Para ir ao encontro
Do sorriso guardado
Que pode!
Estar a milhas e milhas
Ou simplesmente na casa ao lado.



Sempre lembrando que...
Um sorriso pleno
Precisa, assim, como o amor.
Ter suas duas metades
Por isso levo a minha
Sempre na bagagem
Seja curto ou longo
O tamanho da viagem.



Ao atrelar minha vida na sua
Dei um grande passo
Na direção oposta
Da coerência da sensatez
Hipnotizado pelo falso brilho
Que irradiava de sua altivez
Que lhe conferia ares de rainha
Pareceu-me, tudo e mais ainda.
Era só o que tinha!
Não passava de uma mulher linda.



Na qual minha imaginação
Perdeu-se...
Quase que irremediavelmente.
Contudo, de agora em diante
Tudo vai ser diferente!



Lemos
30/04/2015

quarta-feira, 29 de abril de 2015

A forma escolhida






Deixei um recado
Pra mim mesmo
No dia em que caí.
Escrevi!
Na parede da memória
Uma triste lembrança
Pra não esquecer.



E, realmente!
Nunca esqueci.
Não esqueci!
Mas, tampouco obedeci
Só não queria...
Era cair novamente
Porém, não existe seguro
Que evite fatalidade
E amar repetidamente
Era minha grande verdade.



E não se sai de um amor
Como quem sai do leito
Não se sai de um amor
Sem ao menos um arranhão
E o amante contumaz
Jamais aprende a lição
E nem lê os recados
Que ele mesmo grava
Nas páginas do coração.



E, por isso mesmo.
Minha vida é...
Um constante:
Cair e levantar
Para amar de novo
E de novo apanhar
Da vida e do amor
São lições que aprendo
E amiúde ensino.



Mas, são lições...
Sem qualquer valor
Pois existem várias formas
De se ler e de viver
Um pequeno...
Ou, até mesmo!
Um grande amor.



Tem amor!
Que nem chega a crescer
Tem amor que não vinga
E se apaga de repente.
E, de ambos os lados
Porém a diferença...
Está nas pessoas.



E também, nos momentos
Que cada uma está vivendo
Dentro de sua história
Faz diferença também
A experiência adquirida
Ao longo...
Da existência de cada um.



Quando o amor acaba
No momento certo
Não há a sensação de queda
Nem de estar descoberto
E, assim, segue a vida
Que nunca obedece...
A forma escolhida!




Lemos

28/04/2015

terça-feira, 28 de abril de 2015

Magnífica e pura






Na minha vida
Desilusão
Era arroz com feijão
Não dar em nada
Era fava contada
Já entrava com um pé atrás
Na empreitada!
Não foi diferente
Em se tratando de você.



Queria, demais o sucesso
Mas meu pessimismo
Barrou o progresso
Da promissora aventura
Entretanto você não embarcou
Na minha amargura
E me trouxe a paz necessária
E onde, eu via uma falida aventura
Brotou um manancial de ternura
Dando vida a uma história de amor
Magnífica e pura!



Lemos
28/04/2015



segunda-feira, 27 de abril de 2015

O bicho que não presta




Era feliz!
Quando morava lá
Na calma floresta
Dentro do velho baobá
Diziam que eu era
Um velho ogro fedorento
Mas me respeitavam
A todo o momento.



E, mesmo...
Quando desconfiado
Eu perguntava...
Quem vem lá?
Alguém respondia...
Sou fulano!
Bom homem do baobá.



O tempo passou
O progresso comeu
A imensa floresta
A primeira árvore a tombar
Foi a minha moradia
Hoje moro sob uma pedra
Em outra floresta
Em um lugar distante.



Já não vejo as pessoas
Nem sou tão cordial
Mas, pra não ser antissocial
E não desaprender a falar
Digo bom dia aos ursos
E aos outros animais do lugar
Busco esquecer...
O bicho que não presta
Que por ganância
Comeu a minha antiga floresta!



Lemos
27/04/2015


Que desde cedo prometeu!



Estava feliz!
Assobiando em meu quintal
Quando o filho da vizinha
De feio me chamou...
Lá do outro lado do muro
Fiquei algo transtornado
Mas prossegui assobiando
Afinal, era apenas uma criança.
Que me gritava uma verdade.



E, argumentar com alguém
De apenas quatro anos
Beiraria a insanidade
Foi duro!
Porém, não matou meu dia.
Crianças crescem
E aquela certamente cresceria.


cresceria!
Com enormes possibilidades
De ser um adulto imbecil
Como tantos que abundam
Em nosso amado Brasil!
O tempo passou
E eu...
Segui cada vez mais feio
Mas, nem por isso menos feliz.



Ainda assobio as canções
Que meu velho coração diz
Aquela criança cresceu
E hoje, orgulhoso, ostenta.
O diploma de idiota...
Que desde cedo prometeu!




Lemos

27/04/2015

domingo, 26 de abril de 2015

Teodorico!


Teodorico...
É um gatinho
Muito mimado
E por conta disso
Muito chatinho
Quando Téo mia
Dá uma punhalada
No meu dia!



Pois, seu dono
Delicado e escandaloso
Solta sua voz esganiçada
Dizendo...
Ai, que gato mais gostoso!
É muita frescura
Que transforma meu dia
Em noite traiçoeira e escura.



Que vira!
Minha paz ao avesso
Ninguém merece!
Tanta provação
Nem ter do lado
Um vizinho mutação
E um gato mimado e ladrão!



Vendo, a minha casa
A preço de banana
Deixo essa rua
De gente rica e bacana
Volto satisfeito para
A periferia da periferia
Onde fui muito feliz um dia.
E de onde...
Nunca deveria ter saído
E pago caro por tê-lo feito
Realização de imbecil...
É, mesmo, a de ser iludido.



Contudo, aqui é que não fico
Perto do vizinho delicado
E do maldito...

Teodorico!



Lemos
26/04/2015