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quarta-feira, 16 de maio de 2018

Mais de um lado.







Lembro-me de um tempo
No qual vi você brilhando
Mas, já passou há muito.
Depois vi você se apagando
E desaparecendo no nevoeiro
Sem olhar pra trás
Acreditando...
Haver, novo mundo à frente
Vi você!
Caminhando com a verdade
Transbordando bons pensamentos
Semeando honestidade!.



Depois disso, não sei...
Só ficou a neblina e o silencio.
Agora está de volta
Economizando ou sonegando palavras.
Não sei...
Por onde você passou
Tampouco sei com quem andou
Nem o que comeu, bebeu ou cheirou.
Só sei...
Que não me apetece mais...
A sua companhia...
Seja pra trabalhar, jogar bola.
Ou até mesmo, pescar.
Fim de uma era...
Nossa amizade já era!.



Tenha se possível for
 Um razoável dia!
Quero de coração...
Que exista algum caminho
Que possa ser percorrido
E algo a ser plantado e colhido.
Pois seus argumentos
Já não se fazem valer...
Por ter abdicado de uma verdade
Que aparentemente era definitiva.
Do fracasso, enquanto gente
Passou a ser uma prova viva
 Que um dia me convenceu.



Não tenho mais créditos a lhe dar
Mas ainda tenho.
Alguma coisa boa a lhe desejar.
Desde que:
Longe da minha estrada.
Posso estar agindo errado
Porém, não darei minha mão.
Ao peso da palmatória
Ao escrever a sua historia
Sem saber alterou a minha
Dando-me uma nova visão
Das várias nuances da vida
Trazendo-me certo medo
De por qualquer dos dois pés
Um milímetro à frente.



Difícil!
Ser gente nesse mundo cão 🐕
Onde o que parece ser...
De repente já não é mais
Onde o riso pode ser apagado
A um simples pestanejar
Ou a um toque de indecisão
Onde não vale correr
Ou até mesmo se encolher
Diante da possível...
Ou a suposta ameaça.
Resta-nos dormir, havendo sono.
E acordar no dia seguinte
Caso, esse dia venha a existir.



Comer o que tiver à mesa
Abraçar alguma esperança
Sem confiar em qualquer certeza
Pois pode ser chuva passageira
 Que induz a travessuras, plantios.
E outras tantas besteiras.
Que podem nos dizer
De que matéria somos feitos
E mover de alguma maneira
Os nossos peões...
Quê:
Com aparência insignificante.
Podem levar ao sucesso
Ou ao mais desastroso caos.



Já não tenho palavras, gestos.
Ou qualquer outro tipo de ação.
Morri algumas vezes por inteiro...
E acordei meio vivo.
As minhas canções prediletas
Perderam-se no vazio
Assim como algumas
Das minhas vontades e verdades.
Não vejo mais aquele pequeno brilho
 Em meio ao carvão, que a um simples sopro.
Traria de volta a chama.
Não tem, como voltar ao antes fui.



Vejo meu sorriso no espelho.
E já não acredito nele
E a lágrima salgada...
Que me escorre ao rosto
Já não me diz a que vem
E desconfio que ela seja mentirosa.
Só meu estômago não mente.
E clama por alguma comida...
Mesmo sendo de má qualidade.
 Meu avô dizia...
Que o melhor tempero é a fome.
Uma grande verdade.
Em meio a um mundo enganador.


Mundo!
Que nos ensina, desde pequenos a cantar hinos.
Que não dizem respeito a nós.
Que, enquanto massa, protestamos...
Falando e batendo em latas
Mas...
Nada de termos voz!
Voz!
Só para dizer amém
A tudo e a todos, para ser boa gente.
Mostrar descontentamento
Faz da pessoa bandida e irreverente.



Temos que cantar em coro
Engolir as migalhas
E também qualquer indicio de choro.
Que possa se insinuar no rosto
Engolir a pílula malvada
Sem questionar o gosto
Andar na mão e na contramão
Segundo as instruções do senhor...
Caminhar, mesmo estropiado.
Sem aludir a qualquer dor.
Ser autêntico, apenas em pensamento.
Sem franzir a sobrancelha
Ou entortar o rosto.



Viver a vida mesmo sem prazer
Afinal!
Ela foi feita pra se viver.
Até o dia de seu final
Que em muitos casos
Antecipa-se ou então, é antecipado.
Paciência!
Tudo tem mais de um lado
E uma maneira de acabar
É tratar de seguir...
Em algo ou em algum lugar
O rio irá desembocar.



Apesar de tudo, sigo afirmando.
Que nossa amizade já não existe.
Não lamento por isso.
Tenho mais motivos para ser triste.
Não temo a morte...
E, continuando assim o mundo.
Da vida não desejo bis!
Não há jeito de ser feliz
Em um mundo infeliz!
É preciso sorrir de vez em quando
Para não perder o jeito
Caso venhamos a precisar
Para ter algum direito
Nem que seja por um momento.



 E depois se desfaça
Como tem sido durante
Toda uma eternidade
Onde, nada, nunca foi eterno.
Do pó ao pó, da terra á terra.
Escala obrigatória...
Antes do inferno
Que começa aqui, para terminar...
No fogo redentor.
Onde todo mundo poderá
Enfim, se encontrar.
Pronto acabou!









Lemos
16/05/2016



quarta-feira, 2 de maio de 2018

Nas asas do vento



Já vi o barato sair caro
Tal foi o meu susto
Depois descobri não ser raro
A vantagem ser revertida
Hoje sei que pagar o preço justo
Torna mais fácil a vida.
Isso vale pra tudo
Para as compras, e para o amor.
Também no trabalho e no estudo.



Por isso, fujo de facilidades.
E não tenho o olho...
Maior que a barriga.
Meu pouco passou a ser suficiente
Desde que seja tudo que posso ter
Dentro de minhas possibilidades
Só ponho meu chapéu...
Aonde o meu braço alcança
E coloco meu apetite na balança.



Sopesar, é a arte de prevenir
Alguma enxaqueca ou indigestão
Olhar pra trás é perceber
Não haver beco sem saída
Não me atormenta a impossibilidade
Por saber ser ela, coisa passageira
Não me impressiona o sucesso
Vejo-o da mesma maneira
Como pássaro que pode fugir
Embalado nas asas do vento.



Sei!
Da promessa do dia seguinte
E quê, assim como o sol
O amanhã, não será de todos.
Não trouxemos nada ao vir
Nada nos legará o mundo.



Lemos
02/05/2018