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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Muito chão.






De manhã encontrei
Um bilhete seu.
Depois de lê-lo...
Não mais, era eu.
O mesmo sujeito

Tremiam minhas mãos
Doía meu peito
Tentei fugir
Mas, pra onde?
Não tinha chão
E nem razão.

Perguntei a mim mesmo
Que mal fiz ao mundo?
O que estou pagando?
Como não sabia!
Nada respondi
Aqui se faz, paga-se aqui!

Nada fiz nada a pagar.
Apenas por amar
Vi a vida me condenar
A ser, um ser sozinho.
Contudo, não aceito.
Preciso de algum carinho.

Se não vier de você...
Então, fazer o quê?
Deixar-me morrer!
Somente pra você ver
Claro que não!
Pela frente...
Há ainda, muito chão!

Lemos


07/04/2014



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