Powered By Blogger

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Imensa fantasia





Além do seu sonho
Havia o medo de ver
Que não era assim
A história que gostaria
E acordar poderia ser bom
Porém o devaneio a retinha.


E durante a eterna sessão
Uma ou outra lição foi aprendida
Era sonhadora seu sonho
Era a sua vida!
Que desde que se fez
Era imensa fantasia.


Oriunda de sua mãe romântica
E por isso, refém da quimera...
E de seu impetuoso pai
Sinônimo de aventura
Companheiro do perigo
E que em razão disso foi embora.


Embalado pela sua sagacidade
E por seu egoísmo nato
Que não o deixava ver nada
Além do seu precioso umbigo
O mundo era a sua casa
Tinha isso tatuado na alma
Desde a mais tenra idade.


Não iria mudar em nada
E toda mulher…
Que dele se aproximasse
À solidão, seria condenada
A sonhar com o impossível.


E a legar seu fado a sua prole
Fosse ela, grande ou pequena
Amor!
Quando vem em forma de desastre
A novo desastre condena!



Lemos 23 de novembro de 2018
20:30

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Passe ao largo!





Posso ser!
A metade do caminho
Mas, já foi longe demais...
Vai parar antes de me conhecer.
Um prazer pode ser letal
Não me darei ao risco
De ostentar o mal
Que por belo que pareça ser
Fica barrado por histórias que ouvi.




Não quero me arrepender de nada
Por isso mesmo, não serei eu...
A estrada de sua glória
Nem qualquer outra coisa
Dentro da sua vida
Se me vê como promessa
Fica o dito pelo não dito
Sei demais sobre você
Pra sequer pensar em amanhã.




Não vou me esconder
Pois a verdade vê até mesmo
Dentro da profunda escuridão
Ficarei visível, tendo no semblante...
O mais escandaloso “Não!”
Vou me anunciar como precavido
Talvez, o termo seja:
Quase covarde!
Mas já senti arrependimento
E sei o quanto ele arde.




Tenho!
Muitas lágrimas a contabilizar
Por pisar em terrenos promissores
Você e território previsível
Sei de todas as suas cores
Não serei eu...
Estatística de seus amores
Não me veja...
Como possível estrada
Não darei em sorrisos
Não darei em nada!




O mundo está aí
Passe ao largo...
Pois aparentemente, não lhe vi!





Lemos 01/10/ 2018







quarta-feira, 1 de agosto de 2018

inservível!






Ás vezes penso que sou burro
Ao ver as coisas não dando certo
Vendo as mulheres irem embora
Quase tão logo quanto chegam
E me pergunto onde errei!
Algumas delas sequer chegam a me conhecer
Ou então me faço entender rapidamente
Como inservivel ou dispensável
Procuro dar o meu melhor
Sendo um sujeito agradável.











Mas, será que meu agrado desagrada?
Que minha subserviencia incomoda?
Com os amigos acontece o mesmo.
Volta e meia, vejo algum partindo.
Talvez seja minha carencia que assusta.
Ou alguma piada que não cai bem.
Acho que sou burro…
E amiúde, me vejo sozinho.












E já estou me acostumando assim
Mas de vez em quando recaio.
Quando uma mulher, linda ou não.
Volta o olhar para mim.
Como em um círculo vicioso
Onde o amanhã já se faz antevisto.
Gritando sua inexorabilidade
Dizendo em altos brados
Que não há como combater a verdade.










E mais uma vez me assusto
Compreendo ser burro e também louco
Ao clamar por um mundo justo
Onde ao meu modo de ver…
Todos temos algo bom a merecer!.
Mas, quase que resignado…
Quedo-me quieto no meu lado
Onde só o que pode me assustar sou eu
E também me consolar
Das agruras, as quais me imponho.
Em busca do meu velo dourado.










Até um dia, finalmente, aprender...
Que felicidade tem mais de um lado
E que certamente não é o meu
Mas,não abro mão de viver
Mesmo que de forma não espetacular.
Só mesmo meu canário
Parece não me abandonar!




Lemos. 1 de agosto de 2018





terça-feira, 5 de junho de 2018

Poucos!




Foram todos se despedir
Precisavam ser vistos
Naquele infausto dia
Um desagradável dever
Que quase ninguém queria
Mas, não desejavam ser apontados.
Como pessoas de mau coração
Todos com caras tristes
Era mesmo triste, a missão.



Todos eles se despediram
Mas, não foram vistos.
Pelo anfitrião.
Que frio e impassível...
Jazia ali, no reluzente caixão.
Caixão que foi concorrido
No momento do sepultamento
Todos queriam pegar uma alça
Naquele solene momento.



Mas, foi somente ali mesmo.
Na hora da separação
Pois nos piores momentos
Poucos, ofereceram a mão!



Lemos
05/06/2018



A merda não se desfaz (blasfemando)


Não quero ser exemplo de nada
É grande a possibilidade...
De me tornar gatilho ou estopim
Da perda e identidade
De algum jovem sonhador
Ou e algum velho desiludido.




Não desejo ser...
Formador de opiniões
Para o mundo seguir a frente
Nunca necessitou de razões
Ou de formulas predefinidas
Bastou por si só a promessa
Que cada qual fez às suas vidas.




Pode, até mesmo, soar como blasfêmia
Mas, Deus não mudou o mundo que fez.
Quando em um primeiro momento
O frio e implacável mundo
De grandes mudanças precisou
Se, viemos para eterno aprendizado.
A finalidade se concretizou.
Tem muita lenha na fogueira ainda
O combustível não acabou!




Tivemos inúmeros mártires e heróis
Mas, o rio seguiu seu curso.
E suas ações ficaram pra trás
O vento pode apagar pegadas
Mas, a merda não se desfaz.
E alimenta a erva que alimenta
Novas plantas e também novos animais.




Ver Tiradentes ser enforcado
Tinha tudo a nos ensinar
A buscar a paz e liberdade
Contudo, nos ensinou a enforcar...
Uma nova arte de pecado
Pra quem só sabia decapitar e crucificar.
Não quero, servir de exemplo
Minha verdade pode ser mentirosa
Ou até mesmo um tanto agressiva
Já vi tantas provas sendo mortas
Que não desejo ser sugestão extinta
Tampouco alternativa viva.




Quero descer da viagem...
Quando enfim, ela se acabar.
E eu não precisar olhar pra trás
E ver que a estrada está destruída
Pelo lixo que deixamos em nosso rastro
E não lamentar pela sopa derramada
Olhar para o alto e nada ver
Olhar para baixo, e não ver nada.




Acredito ser isso que acontece
Para os que alcançam seu fim
Por isso não quero interferir
Para que nenhuma história
Seja reinventada por meu capricho
Para alimentar meu ego...
E me trazer qualquer prazer
Muitas das leis sigo a contragosto
Não sou muito afeito ao dever
Que alguém dita lá de cima
E outros ecoam no piso inferior
Tenho poucos sorrisos a dar
E teria muito que falar de dor.



Mas, a quem pode interessar?
Ver um barbudo...
Inútil e feio a choramingar
O que certamente, em nada acrescentaria.
À tribo terrestre em sua inútil romaria
Aprendi muito pouco
E apaguei...
Mais da metade do que aprendi.
A história da humanidade...
Pior de todos os livros que já li
Acredito que o apocalipse
Pode ser o epilogo que melhor convém
Pois sem o sonhado paraíso
Ninguém poderá humilhar
E ninguém haverá de rir de ninguém!





Lemos
Cinco de junho de dois mil e dezoito.







segunda-feira, 4 de junho de 2018

Já lhe esqueceu


Mentiu ao me fazer acreditar
Ser trivial minha prepotência
Mentiu...
Quando sorriu da adversidade.
Mentiu!
Ao me fazer crer serem normais minhas bebedeiras
E ao minimizar minha agressividade.


Enganou-me ao representar
Uma felicidade que não existia
Mas, que o mundo precisava ver.
Mentiu!
Ao não me decifrar...
A não se conhecer.
Mentiu...
Quando acreditou em minhas mentiras
E na grande mentira que era eu
E quê, creio ser até agora
Mentiu a si mesma chorando
A me ver indo embora.




E todas aquelas mentiras...
Eram, na verdade, uma só.
Pois nada é maior, ou melhor...
Do que aquilo que é
Nunca vi mal que não se acabe
Nem qualquer montanha...
Sendo removida pela fé
O que me leva a um desgosto profundo
Saber que a fé quando desproporcional
Passa a ser a maior mentira do mundo.




Mentiu ao se negar
E colocar-me antes de você
Hoje o mundo, ao qual se expôs 
Já lhe esqueceu...
Levo-lhe flores, e você não as vê!




Lemos
Quatro de junho de 2018








quarta-feira, 16 de maio de 2018

Mais de um lado.







Lembro-me de um tempo
No qual vi você brilhando
Mas, já passou há muito.
Depois vi você se apagando
E desaparecendo no nevoeiro
Sem olhar pra trás
Acreditando...
Haver, novo mundo à frente
Vi você!
Caminhando com a verdade
Transbordando bons pensamentos
Semeando honestidade!.



Depois disso, não sei...
Só ficou a neblina e o silencio.
Agora está de volta
Economizando ou sonegando palavras.
Não sei...
Por onde você passou
Tampouco sei com quem andou
Nem o que comeu, bebeu ou cheirou.
Só sei...
Que não me apetece mais...
A sua companhia...
Seja pra trabalhar, jogar bola.
Ou até mesmo, pescar.
Fim de uma era...
Nossa amizade já era!.



Tenha se possível for
 Um razoável dia!
Quero de coração...
Que exista algum caminho
Que possa ser percorrido
E algo a ser plantado e colhido.
Pois seus argumentos
Já não se fazem valer...
Por ter abdicado de uma verdade
Que aparentemente era definitiva.
Do fracasso, enquanto gente
Passou a ser uma prova viva
 Que um dia me convenceu.



Não tenho mais créditos a lhe dar
Mas ainda tenho.
Alguma coisa boa a lhe desejar.
Desde que:
Longe da minha estrada.
Posso estar agindo errado
Porém, não darei minha mão.
Ao peso da palmatória
Ao escrever a sua historia
Sem saber alterou a minha
Dando-me uma nova visão
Das várias nuances da vida
Trazendo-me certo medo
De por qualquer dos dois pés
Um milímetro à frente.



Difícil!
Ser gente nesse mundo cão 🐕
Onde o que parece ser...
De repente já não é mais
Onde o riso pode ser apagado
A um simples pestanejar
Ou a um toque de indecisão
Onde não vale correr
Ou até mesmo se encolher
Diante da possível...
Ou a suposta ameaça.
Resta-nos dormir, havendo sono.
E acordar no dia seguinte
Caso, esse dia venha a existir.



Comer o que tiver à mesa
Abraçar alguma esperança
Sem confiar em qualquer certeza
Pois pode ser chuva passageira
 Que induz a travessuras, plantios.
E outras tantas besteiras.
Que podem nos dizer
De que matéria somos feitos
E mover de alguma maneira
Os nossos peões...
Quê:
Com aparência insignificante.
Podem levar ao sucesso
Ou ao mais desastroso caos.



Já não tenho palavras, gestos.
Ou qualquer outro tipo de ação.
Morri algumas vezes por inteiro...
E acordei meio vivo.
As minhas canções prediletas
Perderam-se no vazio
Assim como algumas
Das minhas vontades e verdades.
Não vejo mais aquele pequeno brilho
 Em meio ao carvão, que a um simples sopro.
Traria de volta a chama.
Não tem, como voltar ao antes fui.



Vejo meu sorriso no espelho.
E já não acredito nele
E a lágrima salgada...
Que me escorre ao rosto
Já não me diz a que vem
E desconfio que ela seja mentirosa.
Só meu estômago não mente.
E clama por alguma comida...
Mesmo sendo de má qualidade.
 Meu avô dizia...
Que o melhor tempero é a fome.
Uma grande verdade.
Em meio a um mundo enganador.


Mundo!
Que nos ensina, desde pequenos a cantar hinos.
Que não dizem respeito a nós.
Que, enquanto massa, protestamos...
Falando e batendo em latas
Mas...
Nada de termos voz!
Voz!
Só para dizer amém
A tudo e a todos, para ser boa gente.
Mostrar descontentamento
Faz da pessoa bandida e irreverente.



Temos que cantar em coro
Engolir as migalhas
E também qualquer indicio de choro.
Que possa se insinuar no rosto
Engolir a pílula malvada
Sem questionar o gosto
Andar na mão e na contramão
Segundo as instruções do senhor...
Caminhar, mesmo estropiado.
Sem aludir a qualquer dor.
Ser autêntico, apenas em pensamento.
Sem franzir a sobrancelha
Ou entortar o rosto.



Viver a vida mesmo sem prazer
Afinal!
Ela foi feita pra se viver.
Até o dia de seu final
Que em muitos casos
Antecipa-se ou então, é antecipado.
Paciência!
Tudo tem mais de um lado
E uma maneira de acabar
É tratar de seguir...
Em algo ou em algum lugar
O rio irá desembocar.



Apesar de tudo, sigo afirmando.
Que nossa amizade já não existe.
Não lamento por isso.
Tenho mais motivos para ser triste.
Não temo a morte...
E, continuando assim o mundo.
Da vida não desejo bis!
Não há jeito de ser feliz
Em um mundo infeliz!
É preciso sorrir de vez em quando
Para não perder o jeito
Caso venhamos a precisar
Para ter algum direito
Nem que seja por um momento.



 E depois se desfaça
Como tem sido durante
Toda uma eternidade
Onde, nada, nunca foi eterno.
Do pó ao pó, da terra á terra.
Escala obrigatória...
Antes do inferno
Que começa aqui, para terminar...
No fogo redentor.
Onde todo mundo poderá
Enfim, se encontrar.
Pronto acabou!









Lemos
16/05/2016