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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Democracia!





Chamam Democracia
Um lugar!
Onde somos obrigados a votar
Sob a ameaça
De vermos morrer
Nossos poucos direitos
De ser humano e de cidadão
A Democracia com a qual...
Sonhamos um dia.
E que não dura...

Até a próxima eleição!


Lemos
31/08/2016

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Nenhum dos dois





Sei sonhar!
Mas, aprendi a acordar.
E me adaptar
À temperatura da realidade
Sei viver um sonho
E até mesmo...
Prolongá-lo um pouquinho
Para acordar bem
E seguir minha história.



Sem jamais pensar em desistir
Da missão que abracei
Ou que me foi imposta
Pelo material
Ou ditada pelo espiritual
Não desdenho e nenhum dos dois
Pois ambos fazem parte e mim
E vivem se alternando
Entre começo e fim.



Mas, nenhum dos dois se acaba.
Antes que se acabe a vida
Que venha, então, a realidade!
Depois de uma noite bem sonhada
E melhor dormida!



LEMOS

11/08/2016 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Meu desgosto




Meus passos
Seguem escrevendo
E contando minha história
Em alguns dias rapidamente
E no momento mais devagar
Posto quê...
Já não há tanto para contar
Daqui para frente!

Poucos prantos a serem chorados
Poucos sorrisos a serem dados
É o que me diz meu coração
Já não vibro diante a beleza
Já não me consome a tristeza
Nem me é apurado o paladar
Apenas meus passos me denunciam
Não mais me agrada falar.

Já fui muito desmentido
E bem pouco acreditado
Uma vez que dizia verdades
Que não eram interessantes
Ao mundo interesseiro
Já passei da metade do meu tempo
E não estou e nem me sinto inteiro.

Meu sorriso é fictício
Meu desgosto.
Esse sim...
É verdadeiro!


Lemos
09/08/2016



Sigo vivo!




Já faz algum tempo
Que não lhe vejo
Nem por isso morri
Desapareceu!
Porém, continuo aqui
Nem mais nem menos eu
Contudo, ainda seu.


Seu!
Mas, com algum orgulho.
Saudades!
Anseios mentirosos...
Por abraços enganosos
Que nunca me pertenceram
Mas, cujos feitiços permaneceram.
Dentro de meu coração.


No entanto, minha alma
Caminhou sobre espinhos
E agregou-se alguma razão
Não me felicito...
Por não me sentir Feliz
Não me parabenizo
Por ser seu amigo.


Que foi o que me restou
Até mesmo por imposição
Dessas que a vida nos dá
É caprichoso o destino
Mas, ninguém nasce pra ser só.
E o tempo...
No seu devido tempo
Dá conta do recado.


Não choro sua ausência
Seria um imenso pecado
Contra a minha dignidade
Ainda lhe amo!
Nada pode abafar essa verdade
Que ainda prevalece
Porém não a ponho sob holofotes
O mundo é uma cornucópia
A cada época, novo pacote.


Por isso ainda espero
Por algo significativo
Mesmo não vindo de você
Por isso continuo vivo!



Lemos
14/07/2016


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Audaz!





Era audaz! 
Mas, não se precavia.
Detestava caldo de galinha
E não sabia o que era prudência
Sabia onde se escondia o perigo
Mas, não se escondia dele
Nem se desviava o caminho
Medo para ele não existia
Dizia sempre que a morte
É consequência do viver.



Recusava ensinamentos
Dizia ele:
-Se vamos todos morrer...
Então para que saber
Os segredos da vida?
Ou do mundo moderno?
Afirmava com convicção
Que todos, um dia...
Estaremos reunidos no inferno
Onde não haverá nem beijos
E tampouco abraços.



Por isso!
Detestava gestos de afeição.
Respeitava à sua maneira
E dessa forma queria ser respeitado
Viveu longamente apesar da truculência
E morreu dignamente
Em um ensolarado dia
Muita gente chorou
O filho da mãe...
Era amado e não sabia!



Lemos
05/08/2016





terça-feira, 2 de agosto de 2016

De repente!





Não bastaria!
O que tenho a dizer
Por isso não me aproximo
Aprendi a reconhecer
O que significa impossível
Então vou me deter
Diante da necessidade
De lhe levar alguma luz
Que fatalmente me apagaria
De qualquer mapa.



Não me ouviria!
Sequer me vê como pessoa
Fico apenas no desejo
Pois não seria coisa boa
Dirigir-me até você
Para lhe mostrar qualquer caminho
Que não seja o que escolheu
Portanto, vou me quedar aqui.
E a contragosto convencer-me
Que jamais lhe vi.



Lamento por sua sorte
Mas, não abomino o dia.
Ensolarado em que a conheci
Nem a esperança que representava
Com imensa maestria
Sonhei com um mundo melhor
A partir daquele dia.



Mas, o que era doce.
Bem pouco durou!
Lembro-me que rapidamente...
Você sem qualquer pudor revelou
O seu lado obscuro
Entretanto, ainda alimentei.
O sonho de felicidade
Mas nenhum devaneio engana
Quando o pesadelo é de verdade.



Mesmo assim desejo-lhe boa sorte
Mesmo que não a mereça
Apenas pela lembrança de um tempo
Em que possuiu minha cabeça
E tudo que a acompanhava
Na época não resisti
De tão louco que eu estava
Hoje pensei em lhe falar
Das promessas negras do seu futuro.



Contudo não se malha em ferro frio
Nem se põe de pé um saco vazio
Deixo a você meu melhor pensamento
E alimento o desejo
De que acorde a qualquer momento
E que seja de dentro pra fora
Que volte a ter sentimentos
Arrependimento tem sua hora
Quero crer que de repente
Tenha um repente de ser gente!


Lemos
02/08/2016





Foi o fim

Imagem da rede

O namorado falastrão
Queria impressionar
Logo no primeiro dia
Em quem foi visitar
A casa da namorada
Apesar do grande esforço
Não teve sucesso
Seria melhor!
Não ter feito...
E nem falado nada!


O que ele conseguiu
Foi ter uma grande lição
Por ter falado
Quando devia ter ficado calado.



Na hora da refeição
Serviu-se e um prato descomunal
Algo tremendamente desnecessário
E ainda falou:
-Hoje eu vou passar bem!
Comida melhor do que essa
Sei que no mundo não tem.


Aquilo para ele foi o fim
A comida não o agradou
Embora não exista comida ruim
Porém, aquela não combinou.
Com o seu refinado paladar.
Mas, devorou aquela montanha.
Para não se negar.


Porém, seu estômago o desmentiu
Pois logo em seguida
Ele começou a passar mal
E teve que partir antecipadamente
Fosse ele discreto
A história seria diferente!



Lemos
02/08/2016





segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Sorrio agora!




Pouca sorte?
É o que você diz
E por isso é triste
Quando deveria...
Estar feliz!


Pouca sorte
É coisa de pessimista
Que não tem assunto
Melhor pra falar
Pois isso me afasto
Não quero contaminar
Meu pensamento.


Sou fiel ao meu mundo
Que preza por me ver Feliz
Mesmo quando o momento
Não se faz promissor.
Olho o horizonte
Em busca de uma cor.


Que possa me inspirar
Ou simplesmente aguardo
Alguma brisa
Para me empurrar.
Para o meu destino.



Destino!
Que pode estar logo ali
Ou talvez muito a frente
Afirmar se como sem sorte
Não é papel de gente
Que preza em o ser.



Bem ou mal...
Prosseguir é dever!
E assim, tem sido comigo.
Às vezes recuo diante do perigo
Para aprender...
Como o enfrentar.


Logo depois...
Volto para encarar
E quando perco uma batalha
Atraso meu caminhar
Mas, fica o aprendizado
Que nem sempre se vence
Porém, nunca se é derrotado
Enquanto a vida é preservada.


Basta abrir os olhos
E contemplar a estrada
Que sempre nos oferece caminhos
Por onde se possa prosseguir
Pois a vida não admite
Qualquer tipo de omissão
Que possa roubar a dignidade
Ou por em risco a missão.
Que não pode ser interrompida.


E assim, vou vivendo
Às vezes apanhando feio
Porém é dessa maneira
Que se aprende a coexistir  
Dentro desse mundo
Que por louco que pareça
Tem que ser observado
E mesmo que nos peça cautela
Deve ser desfrutado.


Mesmo que doa a algumas pessoas
Tendo em vista que nem todos
Nos desejam alguma coisa boa.


Por ter boas intenções
Não me condeno a ser serviçal
Nem dou minha vida
Por qualquer idealismo
Pois assim não poderei conferir
Dos meus dourados sonhos o fim!


Já pensei um dia
Em ser mais do que sou
Mas, dizendo apenas a verdade
Isso se tornou impossível
Porém, como não abdico dela
Continuo o mesmo de antigamente
Mesmo não tendo melhorado
Ainda continuo gente.


E ainda carrego meu sorriso.
Que pode até não resplandecer
Pode não ser algo maravilhoso
Contudo, me ajuda a viver
Dentro de minhas lágrimas...
E inúmeras limitações
Busco ainda a felicidade
Mas não a espero...
Vindo de qualquer mortal
Sempre respondo estar bem
Mesmo na afirmação do mal.


Que é mísero passageiro
Assim, como o é a alegria
Sorrio agora!
Contudo guardo algum sorriso
Para o próximo dia
Que mesmo não podendo ser usado
Não se deteriora quando guardado.



Lemos 01/08/2016