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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Não faz diferença


Se pareço ser mais
Mentira!
Aparento ser menos...
Mentira também!
Sou apenas o que sou
Não importando
Com quem ando
Nem aonde vou!
O que visto!
Qual carro dirijo!
Ou, se ando a pé.
Não faz diferença.


Aparência
Nem sempre mostra
Quem!
Ou o que a pessoa é
Não seria natural
Que o Pai...
Julgasse dessa forma
No juízo final!


Lemos mudando de ano...
Mas não de opinião!

31/12/2014



segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sem discurso (Assim o seria)









Não!
Não vou culpar-me
Para lhe poupar
Não vou fazer
O que você quer
Que eu faça.
Não vou dizer
O que deseja ouvir
Não serei eu
A fumaça que irá
Camuflar sua covardia
Mesmo por que
Fumaça se dissipa
E vem novo dia.


Que nem sempre
Cobre o anterior
Não darei alento
Também
Não jogarei ao vento
Seu cheiro e seu sabor
Quanto a você
Nada posso dizer
Talvez o amanhã
Ou o depois de amanhã
Lhe faça entender
O que não consigo.
Acredito em ex-amor
Mais nunca em ex-amigo
Ou em ex-amor amigo.


Já me mostrou o caminho
E, obedientemente, o sigo
Mas sem discurso
Sem beijo de adeus
Perdeu-se...
A magia do instante
Os futuros podem
Estar logo ali
Ou bem lá adiante
Falo no plural
Por não lhe desejar mal
Quero vê-la feliz
Para que também
Possa-me ver.


Entretanto...
O que deseja ouvir.
Lamentavelmente...
Não posso, não devo.
E decididamente...
Não vou dizer
Nem agora...
E nem depois
Pois inevitavelmente
Foi assassinado
O diálogo...
Entre nós dois.


E quando cessa
possível conversação
Tudo que for dito
Perde então sua razão
Pode olhar agora
Fechou-se!
A porta atrás de mim
Mesmo que...
Fosse uma cortina
Seria do nosso ato
O fim!



Lemos

29/12/2014

Regras?





domingo, 28 de dezembro de 2014

Tive sorte! (fictício)






Brinquei com a sorte
Num dia de carnaval
Afinal!
Era mesmo dia de brincar
E, jovem que era.
Não quis desperdiçar
Tão aprazível dia
Plantei sem pisar
Sem sequer arar
O solo que se apresentou.


Até porque estava à toa
Mas não sabia eu
Que a semente...
Era assim tão boa
E só porque a vida permitiu
Uma nova vida...
Dali surgiu
A princípio, fruto indesejado
Porém existem planos
Que não precisam ser planejados
Que por si só
Uma vez que empreendidos
Passam a ser considerados.


E, naquela conjuntura
Passou, então a ser amado.
E seguiu também
Sua trajetória de gente
Naquele carnaval
Brinquei com a sorte
E a sorte veio em forma
De um belo presente
Outros tantos...
Brincam com a morte
E ela vem mais veloz
Do que o de repente.


Ou então, lenta e humilhante
Brinquei com a sorte
Tive sorte!
Entretanto...
Nem sempre é interessante.
A perigosa brincadeira
Pode matar ali mesmo
Ou talvez, condenar
Uma vida inteira!



Lemos

28/12/2014

sábado, 27 de dezembro de 2014

Tudo se encaixa




Acreditei que não
E assim segui
Mas depois me assustei
Com o que vi...
Tentei voltar
E admitir o engano.


Mas era tarde
Para novo plano
E assim sucumbi
Diante da realidade
Que para consolar-me
Chamo...
De cruel fatalidade.


Confiar ou não
Será sempre a questão
Confiar é arriscar
Ganhar ou perder
Desconfiar é abandonar
A possível sorte
Ou o abominável azar.


Tudo leva a crer
Ser a vida um jogo
Onde se pode
Ganhar ou perder
Confiar desconfiando
Dormir!
Com um olho aberto.


Regras temerárias
Que podem ou não
Dar certo
É abandonar o tormento
E agir!
 De acordo com o coração
Ou então com o momento.


Que no final
Tudo se encaixa
Como teria que ser
Às vezes o acaso
Também faz acontecer
Com melhor resultado
Pois não saindo tudo bem
Não se pode culpar ninguém!



Lemos
28/12/2014


Paz


Jiló!






sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A mente profana









Enquanto progrido    
Meus neurônios
Vão morrendo
Minha conta crescendo
Enquanto progrido
Regrido!
Enquanto crescendo...
Vou morrendo!
Um tempo se indo.
Minha vida diminuindo.
Minha resistência...
Minguando!
Até quando
Chegar a hora
De amarrar os sapatos
E ir-me embora!
Não sendo fácil assim
Depois...
Alguém os amarra pra mim.
Embora não faça
Qualquer diferença.


Morte pode ser...
Descanso
Pode ser também recompensa
Vai do ponto de vista
De quem morre
Ou de quem fica na terra
A morte encerra a pessoa
Mas não acaba com sua história
Como a vida que se acabou
Fica a contabilização
Do que deixou
Fica o inventário
Que é historia á parte
Aparecem segredos
Até então bem guardados
Aparecem amantes
Com seus filhos ignorados
Fica. a arvore que plantou
O livro que escreveu
E o que deixou por terminar
A morte sugere
Muitas histórias pra contar.


Por isso mesmo deixo...
Pouca coisa pendente
Mesmo assim vislumbro
Muita fantasia à frente
Mas, não me impressiona.
A natureza humana
A insaciável maldade
Que gera...
A mente profana
Não vi morto.
Que não fosse venerado
Também!
Não soube de nenhum
Que não fosse profanado
Em sua dignidade
Por mau que seja
Tem quem dele goste
Por melhor que seja
Ainda se vê odiado
Nada é preciso ter
Para ser invejado.


Às vezes invejam sua calma
Ou até mesmo sua fé
Deixam de invejar o que tem
Para invejar o que é!
Comecei falando um assunto
Desviei um pouco
Talvez seja maluco
Ou até mesmo, quase louco.
Tem mais de um lado
O que vejo como verdade
A loucura às vezes
Tem razão!
Mas dá razão à sobriedade
Por honesto que seja
De vez em quando
Esconde-se a honestidade
Para não ferir alguém
Falta-se com a verdade também
Assim conjeturando
Às vezes me perco
Outras tantas...
Vou me encontrando
Com alguma parte de mim
Que até então desconhecia
Amiúde, me espantando
Com alguma faceta que desconhecia
Apesar de tantos janeiros
Posso afirmar...
Não me conhecer por inteiro!



Lemos
26/12/2014





Adeus alegria!







O que você deu
Tá dado!
O que você fez
Está feito
O que perdeu
Está perdido
O que amarrou
Está atado.


Pode até!
Retomar...
O que deu
Desfazer...
O que fez
Crer achar...
O que perdeu.
Desatar...
O que amarrou!


Pode até!
Mudar o que disse...
Em outro dia.
Contudo...
Adeus alegria
Adeus felicidade
Pois fazendo tudo isso
Aborta miseravelmente...
A sua própria verdade!



Lemos
26/12/2014



Minha cara!






quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Tarde demais!







Nada perguntar






Viver sem querer...
Estar lá!
E ver para crer
Viver para querer
Acreditar no que não vê
No que acredita convir
Viver para ser
Levado de cá para lá
Trazido de lá pra cá
Ou esquecido
Em qualquer lugar
Apenas para não precisar
Nada perguntar
Nada fazer
Nada pensar
Não ver a luz do luar
Nem a beleza...
Ou a feiura do lugar
Não querer!
Sequer um bom livro
O qual possa ler
Enfim...
Viver sem viver!



Lemos

25/12 /2014

Frustração!



Obs..
Onde se lê represendo, leia-se represento!

Sobre o natal!





Nada tenho contra o natal
Acho mesmo natural
As pessoas homenagearem
Quem veio para salvá-las
Mas, para isso...
É preciso se embriagar?
É necessário se empanturrar...
Para festejar o Salvador?
Os que não se deixaram salvar...
Precisam, de tal forma representar?
Falar tanto de amor?
Como se soubessem o que é!
Espalhar no ar, uma suposta fé?
Que dura uma semana
Ou, nada mais que um dia!


Esquecem-se do Cristo o ano inteiro
Correndo atrás de fantasias
Que ficam largadas para trás
Como roupa velha e surrada
Que não lhes serve mais
Nada tenho contra o natal
Acho mesmo um evento legal
Pois vejo nas crianças
O sorriso verdadeiro
Mas criança sorri e chora
Autenticamente, o ano inteiro.
Criança abraça de verdade
Valoriza de verdade
Sentimento de criança
É sempre pleno!
Nunca se expõe pela metade
Nem, apenas, em dia especial.


Disse o Salvador:
“Vinde a mim as crianças!”
Mas alguns pais não deixaram
E as crianças cresceram
Sem conhecerem a verdade.
A maior generalização
Que experimentou a humanidade
É natal, vou abrir o vinho.
Vou ver se o pernil tem sal
Vou manter a chama
Vou perguntar a minha mulher...
Se ela ainda me ama!


Vou dizer, que também a amo.
Depois vou beber um pouco
Para abrir o apetite
E renovar meu espirito natalino
Vi meu pai fazendo assim
Quando eu ainda era menino!
Cresci e me afastei da cruz
Se minha mãe estivesse por aqui
Certamente não aplaudiria
O adulto que hoje sou
Um pouco distante da fé.


Mas, não sou hipócrita
Respeito o semelhante
Amo meus filhos e minha mulher
Mas não nego...
Que represento um pouquinho
Afinal!
Não vivo só no mundo
É só por opção...
Que o homem fica sozinho
Hoje é dia de homenagear...
Nosso único e verdadeiro Salvador
Dia de comer, beber, cantar, abraçar.
Dia de beijar, votar felicidade!
Dia de comemorar...
O nascimento da maior verdade.


Verdade quê!
Nos outros trezentos e sessenta e quatro
Vamos, indolentes, deixando morrer.
Como o fizemos a mais de dois mil anos.
Mas verdade que era...
Ele ressuscitou!
Mas mudam os milênios
Mas não muda o povo
Festejamos seu nascimento
Depois o matamos de novo
Dentro do esquecimento de nossos...
Egocêntricos corações.


Crianças, elas crescem!
E pouco a pouco se despojam
Das boas intenções
Sinto se sou duro ou se devaneio
Mas já pressinto o fim
É natal!
Hora de comemorar de festejar
Finjo que, não está tão feio assim.
Chamam-me ao portão
Quer me abraçar...
O simpático casal de vizinhos...
Que não gosta de mim.


Vou até lá abraçar
Festa não foi feita para se estragar
Porei um sorriso, quase, natural.
Depois tudo volta ao seu normal
É natal, cético e melancólico estou.
Frustrado ao ver...
Que quem veio para salvar a humanidade
Infelizmente não a salvou
É essa a derradeira verdade
O duro legado...
Que a vida nos deixou
Paro por aqui, estou muito ocupado.
Vou ver...
Se o pernil já esta assado
Tomar uma dose de aguardente
Preciso urgentemente
Beber uma bebida mais quente!




Lemos

25/12/2014





quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Me deixe quieto!






Perguntou-me...
E, imediatamente
Eu respondi
Ofendeu-se
Não me atrevi
A perguntar
O que tinha
Fiquei calado
Por não saber
A que vinha.


Qual seria o proposito
Do questionamento
Lamentei o fato
Não entendeu!
Meu lamento
Nem por isso
Perdi o sono
Dormi perfeitamente
Acordei pensando
Nas coisas que faz.


Perguntando de novo
Mantenho a resposta
Nem tudo é belo
Como a gente gosta
Sua historia é sua
Mesmo dura
Mesmo nua e crua
Não é minha
A minha verdade
Era aquela
A qual acreditava
Que tinha.


Mas agora me pergunto
Se sabia realmente 
A que vinha
 Qual seria?
A minha missão.
Já que...
Aturar suas manhas
Confesso não ser
Minha maior abnegação.


Continuando a se ofender
Com quase tudo
Que parte de mim
Melhor deixar-me quieto.
Não sofrerá assim
Melhor o silencio
Do que dura resposta
Que mesmo verdadeira
A pessoa não gosta!



Lemos
24/12/2014