Powered By Blogger

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Pedra sabão.








Foi você!
Quem, me fez ver
O que não via.
Fez-me querer:
O que não queria.

Fez-me ir:

Aonde jamais iria
Agora; faz-me sentir.
Enorme vontade
De ir-me embora.
Tanto ditou!
Que me cansou...
Sua ditadura.
Água dura...
Em pedra sabão
Tira o gosto
De qualquer cristão.
Preciso, de uma verdade
A qual me apegar
Preciso de identidade.
Preciso urgentemente:
Ver-me!
E me conhecer melhor.
Para, assim poder.
Gostar-me
Nem que seja um pouco
Mesmo, havendo amor.
A escravidão
Deixa-me louco!
 
Lemos gritando liberdade.
 
Vinte e três de dezembro de dois mil e treze.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Hoje






Hoje!
Triste dia
Péssima hora
Casa vazia
Saudade de outrora
Onde havia
Pessoas à volta da mesa
Crianças jogando bola
Bons discos na vitrola
Bons tempos de sossego
De fartura, amigos e emprego.
Agora nessa nefasta hora
De tormento, de arrependimento.
Em que chora a dor
De um dia ter tido
E não dado o devido valor
Ao que deveria ter dado
Valorizando falsas amizades
E jogando dinheiro fora
Correndo atrás de frivolidades
Joguei emprego e conforto fora!
E sem dinheiro sem dar festas
Vi também, meus amigos irem embora
Hoje meus filhos brincam sós
Seus amigos debandaram com os pais
 A covardia não tem voz
Mas grita na alma da gente
Que se anula e que se vende
Só para ter companhia
Sem atentar que depois de um dia
Fatalmente vem outro dia!
Certamente desfrutarei
De dias mais confortáveis
Pois o Pai jamais nos abandona
Naturalmente, parasitas:
Brotarão à minha porta
Que naturalmente estará fechada
Assim como:
Está agora minha alma
Contudo, não culpo ninguém.
Pela minha tola atitude.
Louvores! Somente ao Pai
E zelar:
Por minha família e minha saúde
Ajudar a quem realmente precisar
Sem querer aparecer ou agradar!
Lemos arrependido dezenove de dezembro de dois mil e treze.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O chato da vez





Restou-me, apenas um pouco de mim.
O restante. Doei, para ser popular.
Para o mundo poder, enfim, me aceitar.
Tive que parecer ser o que não sou
Foi o único jeito, pra não ser eleito.
Persona não grata, o chato da vez.
Meu desdobramento não teve efeito
Por isso agora me vejo sozinho
Porém, dessa vez por minha opção.
A voz da razão falou-me mais alto
Por isso, o meu mais sonoro não.
Ao mundo maldito da subserviência
A imperiosa, voz da razão.
Gritou-me no mais alto tom
Para abandonar a falsa aparência
Agradando ou não, se vê melhor a alma.
Através da transparência
Contudo, mesmo assim
Ainda não sinto, grande parte de mim!
 
LEMOS CONFUSO DEZOITO DE DEZEMBRO DE DOIS MIL E TREZE.
 
 
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Em nome da moral.


Morto pra você
Decisão sua
Sua verdade
Nua e crua.
Decidiu
Então, tá decidido.
Quem sou eu?
Para mudar
Quem sou eu?
Pra ressuscitar
Do pó ao pó!
E no pó, já estou...
Por deliberação sua

Que já não me vê

Posto quê:

Matou-me...

Estou morto pra você

Mas como!

De mim, para comigo
Nada,ainda, resolvi
Continuo minha vida
Medíocre, ou não.
Por aqui!


Lemos assassinado, em nome dos bons costumes e da moral.
Dezesseis de dezembro de dois mil e treze.