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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Sua fria verdade





Não fui o primeiro
Tampouco serei o ultimo
A sofrer por amor
Mas só eu sei
O estrago que a dor
Causou em mim
Doce no começo
Amargo no fim
Não há outro jeito
No amor é sempre assim!


Outros amores vieram
Cresceram, frutificaram
E se detiveram
Até quando começaram
A se desfazerem...
Pela ação do tempo
Por si sós.
Ou por alguma desatenção
Julgar não convém
O amor tem suas razões.


Tem razão até mesmo
Quando não a tem!
Tem também...
Sua fria verdade.
Pode até começar
Mas não acaba em amizade
Não fui o primeiro
A sofrer por amor
Nem com isso aprendi
A deixar o amor de lado.


Nada tenho a ensinar
Pois em matéria de amor
O certo se torna errado
O direito vira esquerdo
Não se sabendo...
De que lado
Poderá vir a rendição
Em doença de amor
Um novo amor
Pode ser a salvação
Ou a total perdição!



Lemos

28/02/2015

Em forma de cão












Disse-me quê...
Eu era a pessoa errada
Nem sequer precisou pensar
Para dar seu veredito
Na hora estranhei
Mas hoje...
Que não duvido de nada
Acredito ter sido mesmo
A pessoa errada
Errada!
Para ser injustiçada
Errada!
Para ser maltratada.


Errada!
Para ser humilhada e traída
Errada!
Por abdicar da vida
Para ser apenas seu
Porém sua sentença
Devolveu-me o meu eu
Que se encontrava perdido
Dentro de um sentimento
Bobo e unilateral
Graças a sua arrogância
Pus um pé no mundo real.


O outro pé hesitou
Mas logo!
Acompanhou o primeiro
A loucura e a dependência
Ficaram pra trás
Para onde me recuso olhar
Seria horrível ver
Meu passado...
Tristemente a me acenar!
Como um cão sem dono
Pedindo-me para voltar.
Que fique para trás!
O maldito passado...
Em forma de cão.


Que fiquem, para trás!
Minha ausência de brio
E também de razão
Não podendo encontrar
O caminho da paz
Desisto, então, da procura.
Pois na última vez que tentei
Estive à beira da loucura
Dói muito ter que lembrar...
Que enxergava o mundo
Somente através do seu olhar!



Lemos
28/02/2015


Meu ultimato





Voltei!
Para dizer...
Que não mais
Irei voltar.
Meu ultimato...
É você
Ter, e me apresentar.


Ao menos...
Uma razão
Para eu ficar!
E deve ser agora
Pois já...
Apresentou-me
Várias.
Para eu ir embora!


Lemos

28/02/2015

De peito aberto






Gente que se ilude
Só para acreditar
Naquilo que cria
E, assim, ter.
O que contar
No outro dia
E no outro dia
E no outro dia.


Pra depois criar
Nova fantasia
Para viver
No outro dia
E no próximo dia
O otàrio fanfarrão
Que se diz feliz
Sem o ser
Mas gosta demais
De aparecer.


Aparecendo, tudo bem!
O dia estará ganho
Que venha então...
O dia seguinte
Onde tenha...
Pelo menos
Um mísero ouvinte
Que o possa ouvir.


E, se possível aplaudir
Suas supostas aventuras
Repletas de bravuras
Através de intermináveis
Noites tenebrosas...
E um tanto quanto escuras
Onde, altivo e sereno
Segue de peito aberto
Zombando de qualquer perigo
Que possa surgir à frente
E assim sentir-se
Muito feliz enquanto gente!



Lemos

08/02/2015

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Acordei de novo!



Eu me vi adulto
Quase velho
Em meio a meus amigos
Mas incrivelmente
Todos eles...
Eram ainda crianças
Somente eu havia crescido
Mas me lembrava de cada um
Pois fui criança junto a eles
Mas não entendi o que acontecia.


O tempo não havia parado
Posto, que cresci
E lembro-me de tê-los
Também visto crescerem
E tristemente vi...
Alguns deles morrerem
Mas nada consegui dizer
Para prevenir o futuro
Induzindo-os a não comparecer
Ao evento de suas mortes.


Não iria eu interferir
No direito de morrer
Que cada indivíduo tem
Acordei, então, e tudo.
Continuou do mesmo jeito
Sendo aquilo, um sonho...
Era quase, que perfeito.
Acordei de novo!
E, enfim, a visão foi embora.
Passei a mão na testa suada
Apanhei um livro na estante
Não dormiria novamente...
Por nada!



Lemos

27/02/2015



Obstruindo o pensar



De onde vem?
Esses pensamentos
Assim fora de hora
Que caem...
Como folhas secas
Sobre minha cabeça
Eles chegam no trabalho
No trânsito, na diversão.
Caem de paraquedas
Sem contemplação.


Pensamentos inoportunos
Ridículos e sem noção
Tem horas em que
Eu iria realmente adorar
Se tivesse a propriedade
De obstruir o pensar
E melhor ainda se pudesse
Dormir sem sonhar
Aí sim, estaria descansando.
Mas não se dá asa a cobra
Nem de vez em quando.


Caso, existisse o botão
Que desligasse o pensamento
Estaria sendo apertado
A todo e qualquer momento!
E não pensando...
Como lembrar de religar
Em caso de necessidade
Não e necessário matar
É aprender a ignorar
Quando não for prioridade!



Lemos
26/06/2015




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Reaprender a calma















Eu só queria me ver
Já fazia algum tempo
Que não me avistava
Que não falava comigo
Tudo isso por viver
Em função desse amor
Que tornou-me distante
Cego e sem calor
Amor sem coração
Via de uma só mão.


Mão, só de ida
E assim quase se foi
De vez a minha vida
Que antes de querer amar
Era relativamente bem vivida
Por não merecer esse castigo
E que providencialmente
Marquei esse encontro comigo
Para apaziguar a alma
Para reaprender a calma.


Há tempos que não me vejo
Preciso me aproximar
E me dar um sacolejo
Assim, como faz o cão
Quando as pulgas...
Por demais, o incomodam
Mesmo assim ainda vou...
Considerar o amor
Como algo para se dedicar.


Porém, com uma porta
Por onde possa passar
Em caso de necessidade
Pois troca-se de roupa
Não apenas por vaidade
E, às vezes troca-se também
Uma perigosa verdade!
Que veio para ficar
Mas precisa ser despachada
Antes que possa nos matar!


Lemos

26/02/2015

Não posso querer





O meu querer
E o meu poder
Estavam juntos
Em um dos pratos
Da precisa balança
O meu querer saiu.


O meu poder
Ficou mais um pouco
E depois se retirou
A balança permaneceu
Perfeitamente equilibrada
Nada mudou!


Lemos

26/02/2015

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Minha boca torta










Você pode ter certeza
Estarei à sua porta
Com minha cara de pau
E minha boca torta
Que um dia você beijou
E em outro dia negou.


.
Nem por isso
Dou-me por achado
Por saber que
Se um dia beijou e gostou
Poderá voltar a gostar
E ate talvez, novamente beijar.


Uma vez que começou.
Pode muito bem recomeçar
Não desisti ainda
Quando desisto é de vez
Por isso ao abrir a porta
Conte ao menos até seis.


Três pode ser pouco
Diante da possibilidade
De enterrar de vez
A nossa possível verdade
É minha a esperança
Pegue carona nela
Desça depois, se quiser.
Se a estrada...
Não lhe parecer bela.


E não ser possível o enredo
Pode ser amanhã o epílogo
Porém, hoje acho cedo
Para o fim da novela
Não puxe com força  a porta
Estarei, encostado nela!



Lemos

25/02/2015