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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Comendo amendoim






Sendo pra doer

Ninguém precisa ter

Mais que um dente

Um dente doendo

É mais que suficiente

Não sei por quê

Jacaré tem tanto dente

Se a cobra não precisa

Mais que um dente

Para matar

Qualquer tipo de bicho

Ou de gente!

Por que essa prosa?

É que hoje...

Comendo amendoim...

Quebrou-me um dente!






Lemos dezenove de setembro de dois mil e treze



Não teve fotos.







Seu sonho

Era bem maior

Do que o canudo vazio

Em suas mãos

Era ainda maior

Do que o sorriso cheio

Que esbanjava

Naquela ocasião

E:

Entre tantos entes queridos

Somente eu lá estava

Apenas eu...

De uma grande lista

Mais uma etapa

Menos um desafio

Sem assombros

Nem quaisquer grilos

Alma e coração tranquilos

E eu mais calmo ainda

A tal da beca

Deixou-a mais linda

Linda e confiante

Não teve fotos

Mas guardei na retina

O sublime instante

Da sua coroação.

Colação de grau!

A vida galgando

Mais um degrau!





Lemos dezenove de setembro de dois mil e treze.





domingo, 15 de setembro de 2013

É paciência







O sonho era grande

E bastante promissor

Mas, o medo foi maior

E deveras arrasador

Por isso acordei

Saí, do sonho dourado

Apenas por medo

Dei tudo por acabado

Dali pra frente:

Mal consegui dormir

E poucas pessoas

Veem-me a sorrir

É de sonhos frustrados

E mal acabados...

Que surge a depressão

Vou me policiar!

Pretendo me cuidar.

Para de novo...

Vislumbrar algum futuro

Talvez não sonhe

Voar tão alto

Quanto sonhei um dia

Por desistir.

Melhor aprendi

Aquilo, que já sabia

Sonho é paciência!

Sonho também é persistência

Vou tentar dormir

Talvez, acorde melhor

Em um amanhã ensolarado

Ou até mesmo chuvoso.

Acordar!

Ou desistir de sonho bom

É, por demais desastroso

Na mesma proporção

De como acordar de pesadelo

É algo tão gostoso.

Nem sempre, a vida...

É como a gente gostaria

Preciso acordar do pesadelo

Em que meti-me um dia.




Lemos quinze de setembro de dois mil e treze.



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Nenhuma ovelha irá pastar.

O livro:

Que ganhei do irmão

Aceitei, é claro!

Mas só por educação

Não me interessa a Babilônia

Nem tampouco a sua destruição

Se ficou, maldito o lugar.

Onde:

Nenhum homem irá habitar

E nenhuma ovelha irá pastar

O livro que ganhei do irmão

Que não me respeitou

Nem teve educação

Achando ter o direito

De me induzir à salvação

Sem me perguntar:

Se eu queria ser salvo

Ou não!

Na hora, senti-me sem jeito

E tive que aceitar

Mas dei por mim

Na semana seguinte

Quando o irmão veio

Sem cerimônia, me sabatinar

Vi minha educação debandar

Devolvi o livreto, sem pestanejar

Se o irmão ficou magoado

Isso, não sei dizer..

E nem quero saber.

Chega, de ser educado!

E engolir o que não quero

Demagogia, não é meu forte

Além de ser grande pecado

De salvação, só vou saber

Quando estiver

Lá do outro lado!





Lemos sem educação

Doze de setembro de dois mile treze.




quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sol e chuva



O que vejo por aqui

Não é diferente

Do que por lá vi

Vi muita feiúra

E alguma beleza

Pouca alegria

E muita tristeza

Vi e senti

Sol e chuva

Frio e calor

Lá assim como aqui

Dormi e sonhei

Aqui como lá

Nada, ainda, realizei.

Andei- andei!

E a nada cheguei

Contudo, nem lá.

Muito menos cá

Nada almejei

Por falta de incentivo

Já estou partindo

Para acolá.

Afinal!

Mesmo estando vazio

Continuo vivo!



Lemos divagando




Cinco de setembro de dois mil e treze.

Pegando o que sobrou





Secou a mina

Muitas construções!

Todos tinham:

Suas razões.

Verdade crua

Ninguém pode...

Morar na rua

Muitos moram!

Por opção

Ou por falta dela

Eterna novela.

A velha, linha burra.

O velho jogo

De empurra- empurra.

Precisávamos morar!

Precisávamos invadir!

E também desmatar.

Terrenos invadidos

Igual, a esgoto...

Correndo a céu aberto

Ingrediente mais que certo

Para a recompensa

Que vem:

Em forma de ratos...

De insetos

E todo tipo de doença.

Mas, como as eleições.

Estão pra chegar

O cidadão eminente

Vem nos visitar

Com promessas claras

De pavimentar, sanear.

E por fim regularizar

E por mentiroso que seja

A jumenta necessidade

Nos leva a acreditar!

Mas depois das eleições

O trator que chega

Vem pra derrubar

A nossa morada

E o prefeito eleito diz

Não poder fazer nada

Com plena convicção

E cá entre nós

Coberto de razão

Pois não mandou

Ninguém invadir.

Agora!

É pegar o que sobrou

E procurar aonde ir.


Precisávamos invadir?



Lemos indignado e resignado.





Cinco de setembro de dois mil e treze.












quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A mais bela verdade.

Fui forçado

A mudar o trajeto

E também o discurso

Tornei mais leve a fala

E mais longo o percurso

Não mais falo

Em amor eterno

Nem em pátria querida

Apenas vivo!

E já nem cuido tanto

Da saúde.

Nem me transtorno

Em preservar a vida.

Durante a jornada

Aprendi a sopesar a carga

E avaliar a estrada

Já sei...

Da instabilidade humana

Sei também, da mente volátil.

E da consciência profana

Vejo-me, amiúde, concordando.

Embora, a alma não concorde

Sei do cachorro que late

Sei do que não late

E, no entanto, morde!

Já vi muita mulher honesta

E já tropecei

Em mulher que não presta

Já negociei com homem

De uma palavra só

Entretanto, já vi homens

Dando todo tipo de nó

Aprendi que criança não mente

Mas a maior angústia

Que meu coração sentiu

Foi quando:

Uma criança mentiu

E a mais bela verdade

Por si só, se desmentiu.





Lemos chorando, outra vez!


Quatro de setembro de dois mil e treze.








Sem qualquer moral



Percepção demais

Mente!

Fruto ingrato

Da imaginação da gente

Que faz ver

O que não está a acontecer

Sabedoria demais

Engana!

A quem se julga sabedor

Fascina e faz-se dar

Maior valor

Do que se tem

 Na realidade

Excesso de sabedoria

Mata!

Qualquer resquício

Que ainda reste

 De humildade

Simpatia demais

Deixa de ser prazerosa

 Simpatia em excesso

É coisa:

Mais que mentirosa

Mentira!

Abominável, pecaminosa.

Mas às vezes vale

Uma saída honrosa

Às vezes vale

Uma vida...

 Sua, ou de alguém.

Algo, menos dolorosa.

Tudo tem:

 Seus dois extremos

Seja para o bem

Seja para o mal

Comer pouco traz anemia

 Demais, não é o ideal

Até amar em demasia

Pode nos ser fatal

Respeitar é bom

Ser subserviente

É quase imoral

 Pois nos deixa...

Sem qualquer moral!

Falar demais cansa

Na maioria das vezes

O pobre ouvinte

Por isso paro agora

Retorno talvez:

No dia seguinte...

Ou no seguinte

Talvez:

No seguinte, do seguinte.





Lemos, novamente sem assunto.

Quatro de setembro de dois mil e treze