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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Lembrar e esquecer





Pensando bem!
Quando devia pensar
Não pensei!
Foi alto o preço
Bem o sei
Dura missão viver
Aprender e desaprender
Lembrar e esquecer
É assim!
Andando ou correndo
Rumo ao fim
Onde pode haver tudo
Ou talvez...
Nada!
O que não faz inexistir
Uma ou outra estrada
Com destinos...
Iguais ou diferentes
Não pensei...
E paguei o preço
Se tivesse pensado
Talvez!
Também fosse onerado
Contudo, seria maior o
descontentamento.
Por não poder confiar
Nem mesmo
No próprio pensamento!


Lemos
25/08/2015


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O irritante toc toc



pífia promotora estava irada.
Algo peculiar ao seu dia a dia
Com seu ego inflado.
E, vazia de sabedoria
A imbecil promotora
Achava-se uma juíza
Mas, a pessoas assim...
Ninguém avisa
Ninguém avisa!
E ninguém, mesmo, avisou.



E assim, a Pequena promotora
Seguiu sempre minguada.
Causando grandes desastres
Por conta do seu poder
De sua autoridade
Mas, a raquítica promotora 
Estava longe...
Da justiça e da verdade
Embora trabalhasse...
Em nome delas.



Multou o padeiro João
Por escavar um poço
No próprio quintal
Mandou prender o Elesbão
Por se embriagar no natal
E botar fogo no colchão.
Nada fez!
Ao maldito, policial Pedro
Que espancou um ancião.



Não prendeu!
O mafioso Estanislau
Que tinha, e ainda tem...
Uma rechonchuda carteira (billitera)
Mas ao pobre, ela não perdoava.
Ou prendia, ou então, multava!
E nas duas ocasiões humilhava
Até o nefasto dia
Que pôs o dedo na cara
Do matuto Severino
Que não levava desaforo
Desde quando pequenino.



Ele tentou argumentar
Da única forma que sabia
Era homem de capinar...
Plantar, colher e roçar.
Um desastre, na hora de falar.
E por isso mesmo...
Ela o ameaçou de pô-lo na cadeia
E ouviu a sonora resposta...
Só vou preso, por coisa muito feia!



E aquela frase, de forma nada cordial.
Assustou-a!
Do mesmo modo que a atraía.
A carteira (billetera), do gordo e feio Estanislau.
Contudo, mesmo assim ela o multou
Por ter cortado um pé de ipê
Ela nada respondeu
E chorando pensou:
“Cortei a árvore e corto você!”



Mas não a cortou...
Ao sair da sala...
Sentou-se em um banco
E chorou copiosamente
Molhando o terno surrado
Que havia vestido
Para se tornar...
Um pouco apresentável.
Procurou seu chaveiro
Para pegar seu cortador de unhas
Era assim, que se acalmava.



Mas seu chaveiro, assim como.
Suas míseras moedas
Haviam ficado com o porteiro
E também seu guarda chuva
Reféns do detector de metal
Enxugou as lágrimas disposto a sair
Mas não saiu naquele momento
Pois a promotora amadora passou
E o olhou com ar de desdém
E entrou no banheiro feminino.



Dez minutos depois
O sertanejo saiu...
Calmo, pela porta da frente
Assobiando uma canção
Com seu chaveiro preso a cintura
E seu negro guarda chuva
Rodopiando em sua mão
Só um pouco mais tarde
Encontraram a extinta promotora
Pendurada no registro do banheiro
Por uma velha gravata ensebada.



E, fortemente amordaçada
Com um encardido lenço
Salpicado de bolinhas azuis
Era o fim...
Da maldita, cabra da peste!
Naquele tempo era assim...
No árido nordeste
Foi assim que se descobriu
Que gravatas não acionam
Detectores de metais
E que porteiros, são todos iguais.



Ficam na porta o dia inteiro
E, raramente vão ao banheiro
E quando o fazem...
Por um capricho do destino...
Jamais usam o banheiro feminino!



Nunca mais se ouviu...
O irritante toc toc
De seus sapatos vermelhos.



Lemos
24/08/1972







quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Um sonho que sonhei (Detalhes)




Teve festa na casa do Rei
Apenas para a comunidade.
Nada de puxa sacos
Festa de verdade!
Nada de mídia...
Somente, o Rei e seu povo!



Ano que vem...
Vai ter de novo!
E lá feliz estarei
Cantando e confirmando
A grandeza do meu Rei.



Sem paparazzi!
Sem imprensa.
Apenas, o grato povo.
E seu Rei vestindo
Um simples jeans azul
Sem tolos exageros.



O Rei ali, sem qualquer vaidade.
Cantando nossas canções preferidas
Certamente nos presenteou
Com um dos...
Melhores dias de nossas vidas!


Lemos

19/08/2015

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Não pesam iguais





Antes de lhe procurar
Preciso ainda me rever
Antes de lhe ouvir
Preciso me escutar
Para então conhecer
O que posso levar
Até onde você está
Para saber se devo ou não
Deixar-me ir à sua presença.



Colocar a razão e o coração
Cada qual em um prato
Da imparcial balança
Porém, sabendo de antemão
Que não pesam iguais
A razão e o coração
Sinto-me...
Como barata tonta
Ao buscar resposta
Que já tenho pronta!


Lemos
18/08/2015


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Minha simetria




Sim!
Sou quadrado
Assim como...
A verde jujuba
Que o tipo estranho
"Bondosamente" lhe deu
Quadrado como a bala
Tão mal embalada
Porém tão sedutora
Que o sinistro tio
Gentilmente lhe ofereceu.


Sou quadrado!
E agora, objeto de sua ira
Por tentar lhe mostrar
Que sua verdade
É uma grande mentira
Sou quadrado!
E por isso mesmo
Péssima companhia
Hoje por exemplo
Minha simetria...
Assassinou seu dia.


Seu dia...
E também!
O afeto entre nós dois.
Mas posso afirmar
Que fala mais alto
A dor do depois
Sou quadrado
E, objeto de sua mágoa.
Quadrado!
Como a verde bala
Que se desfaz lentamente
No fundo do espelho d'água!



Lemos
17/08/2015


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Firme e cristalino





No vão!
Entre o trem e a plataforma
Ficaram seus passos
Assassinados pela pressa
De quem vinha atrás
E queria apenas um lugar
Onde pudesse sentar.


Suas pernas!
Por um assento.
Para quem...
Já acordou cansado
Para quem!
Não tem respeito...
Tampouco, educação.




Foi o egoísmo
Quem mutilou aquele irmão
No entanto, o vão.
Entre o trem e a estação
Ceifou os seus passos
Mas não matou seu sorriso
Que segue firme e cristalino.




Homem de coragem
Não se entregou ao amargor
Que pudesse lhe impor
O questionável destino
Sua alegria segue avante
Assim, como a humanidade.
Que por conveniência
Amiúde, se esconde
De sua própria verdade.



E ao vê-la bater na sua porta
Faz-se de ausente ou de morta!



Lemos

12/08/215

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Um possível final feliz





Sua palavra me devorou
Quando sua grandeza
Hipnotizou meu orgulho
Foi um segundo
Para o meu desastroso mergulho
Fundo!
Mas não definitivo
Devorado mas ainda vivo!



A coisa bonita, ficou feia
Porém, Daniel saiu dos leões
E Jonas, escapou da baleia
Ainda vejo um final feliz
Mesmo, sendo aterrorizado...
Pelo que sempre quis!



Lemos

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Colorindo o amanhã






Apenas ser...
Não basta!
Tem que mostrar
Tem que querer
E, sobretudo acreditar.
Na missão
Para a qual se propôs
Só assim pode
Desenhar o depois
E colorir seu amanhã
A vida nos impõe
O mínimo de afã!


Lemos

10/08/2015