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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Não pode ser amor.


Rua escura
Quieta;
Aparentemente triste
Rua escura
Seria ali?
A rua da amargura
Boa pergunta
Tem sua razão
Porém a resposta
É não!
Escuridão prazerosa
Silencio bom demais
De noite, escura.
De dia cor de rosa
Seu nome:
Rua da paz.
A da amargura:
É a outra
Lá no outro quarteirão
Onde de noite
A música rola solta
Com volume exagerado
E as pessoas vão
De um a outro lado
Rua da amargura
À noite agitada
Perfumada e barulhenta
De dia parada
Entediante e modorrenta
Ali não mora ninguém
Não vive ninguém
Pois sem lar
Não existe, o verbo morar.
Lá amor é para se comprar
E amor comprado não tem valor
Pois tendo preço
Não pode ser amor
Lá se acorda querendo fugir
Para o lugar de onde veio
Para muitos esse lugar
Não mais existe
Lá na rua da amargura
Bebe-se se canta, sorri-se.
Às vezes:
Tem-se a ilusão do amor
Mas o despertar é nauseante
E, terrivelmente triste.
Falo, do que vi
Pois infelizmente
Já passei por ali
Hoje, vivo na outra rua.
Aqui no outro quarteirão
Onde, de vez em quando.
Canta um grilo
Onde; jamais se ouve.
Um palavrão!
Na rua, em que moro.
Tem famílias
Cachorros, gatos e crianças.
Tem escola, posto de saúde.
Tem amor, tem esperança!

Lemos 26 de dezembro de dois mil e doze.



terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Sofreu demais!


Castigo ou provação?
Eis a questão!
Deus é amor!
Deus não castiga.
Questão essa, que me intriga;
Por que, sofreu tanto o Elesbão?
Dor suportável:
Pode até ser provação.
Porém dor insuportável
Só pode mesmo ser castigo.
É aí;
Que reside o perigo
É aí;
Que surge a heresia.
Que a meu ver
Soa melhor que hipocrisia.
Já fui jovem.
Grande novidade!
Todo mundo:
Um dia, o foi.
Fui menino e pequei
Assim como todo bom pecador
Aprontei, procriei sem Casar.
Depois; casei e procriei.
Em suma: Errei e acertei
Como disse:
Pequei.
Um, ou outro pecado.
Porém; nunca me senti castigado.
Pois, todas as dores que tive.
Fui capaz de suportar
Sem pensar em morrer
Sem querer me matar
Mas o bom e velho Elesbão
Que, nunca vi fazer
Mal a quem que seja
Sofreu demais!

E morreu pela dor
Deus; é amor e paz.
Então por quê?
A frase, que abomino:
“Que venha; pelo amor ou pela dor!”
Fui jovem!
Já blasfemei depois me quedei
E, por fim, me calei.
E depois de muitos anos
Novamente falei
Já não, busco a verdade.
Posto quê; já tenho a minha.
Que não difere muito
Da que antes tinha!


Lemos vinte e cinco de dezembro
Dezembro de dois mil e doze.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Nem bem nem mal.


Sei:
Quando estou sonhando
Fácil, simples assim.
Nada pode ser tão bom
Nem assim, tão ruim
Aprendi a decifrar.
Quando o sonho é bom:
Aproveito!
Quando é ruim:
Dou um jeito.
De, não sofrer demais
Pois sei que acordarei.
E no dia seguinte
Sequer me lembrarei
Das penúrias.
Pelas quais passei
Nos meus sonhos
Sou corajoso!
Por saber ser imortal
Pois; é apenas no sonho
Que a temível morte
Não é fatal
Nos meus sonhos:
Sou perdulário!
Gasto, até não mais poder.
Até mesmo com coisas
Supostamente desnecessárias
Como minha mulher sempre diz
No sonhos, e na vida real
Mas sendo desnecessárias
como a patroa diz:
Porque, então?
Faz-me sentir feliz.
Sabendo ser sonho
Posso ousar
Pois não há sequelas
Ao acordar
Sonho:
Nada mais, que fantasia
Sonha-se; à noite.
Vive-se, ao dia.
Mutilado no pesadelo
Acorda inteiro!
Esbanjou, no sonho.
Não faz falta, o dinheiro
Economizando, no sonho
A grana;
Não a amanhece:
Sob o travesseiro.
Amante; do sonho.
Não atrapalha na vida real
Não alegra nem tampouco
Pode deixar triste
Não faz bem, nem mal.
Pois ao acordar
Nada mais do sonho
Existe!

Lemos.

Quinze de dezembro de dois mil e doze