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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Cracudos!

Imagem da rede...
Posso retirá-la a qualquer momento sob solicitação do autor.
Ou de qualquer outra pessoa que se sinta incomodada ou ofendida.










Chamava-os de Cracudos
E disfarçadamente
Cuspia no chão
No mesmo chão
Em que caiu depois
Numa rua repleta de irmãos
Irmãos que passaram ao largo
Naquele ensolarado dia
Foi um "Cracudo"
Quem lhe segurou a mão
E que lhe fez companhia.


Fez-lhe companhia!
Até o socorro chegar
E não bastasse
Acompanhou-lhe ao hospital
Foi o Cracudo!
Quem assinou sua internação
E avisou sua família
Usando o seu celular.



Foi o Cracudo!
Quem lhe assegurou
Um bom atendimento
E depois se afastou
Sem pedir nada!
Em nenhum momento.


Lemos

29/04/2016

Mordi o pão





Saí do trem!
E na estranha plataforma
De cores diferentes
Vi placas...
Com palavras diferentes
Em uma língua diferente
Olhei desencorajado
Para a escada
Que me tiraria dali
Levando-me às ruas
Pensei comigo...
Hora de testar meu portunhol.



Subi as escadas
E me vi na rua
Desapontado vi!
Que meu portunhol
Não caberia ali
O idioma usado
Nada tinha a ver
Com tudo que
Já li e ouvi
E assim...
Fui seguindo sem rumo
Por aquelas ruas.


Ruas!
Que não me conduziam
A lugar algum
E quanto mais a frente seguia
Mais e mais me perdia
Vi-me em frente de larga estrada
Em que carros, ônibus e caminhões.
Trafegavam acelerados
Nas quatro direções
E eu ali parado
Lendo os itinerários
Esperançoso de ler
E de entender
Naquele estranho idioma
"Rio Grande da Serra!"
Dar um aceno...
E voltar à minha terra!



Mas, nem terra nem nada.
Só minha confusa mente
Na poeira da estrada
Em minha mão
Um pedaço de pão
Que o cansaço me impediu
De comer
Antes de cansado adormecer
Mordi o pão
E então acordei.
Para onde havia ido?
Confesso que não sei!



Lemos

29/04/2016

quinta-feira, 28 de abril de 2016

A saudade!










Nessa noite!
Estive com meus mortos
E todos me pareceram bem
Todos eles conversaram
E agiram como habitualmente
Sorriram, e cada qual.
Mostrou sua marca registrada.



Foram-se embora pela manhã
Deixando...
O dia, para ser vivido.
E, reafirmando suas verdades
Hoje mais tranquilo
Já não me dói tanto...
A saudade!




Lemos
28/04/2016



quarta-feira, 27 de abril de 2016

Brasil!!!!!!


Apesar de todas as lições






Foi difícil ver
Sob a luz da verdade
Quando a mentira
Era a verdade da vez
Que não admitia
Renúncia ou negação
Vivi a mentira
Em troca de aprovação.


Fui aprovado e condenado
Para um futuro
Que estava logo à frente
E sem saída honrosa
Pois toda realidade
Era fada mentirosa.


Cuja varinha encantada
Prometia mundos
Mas não entregava nada
Tarde para chorar
O futuro chegou
Como fatídico presente
Que minha desatenção
Inclemente me legou.


Esperneio, tento fugir.
Mas a verdade verdadeira
Não se deixa maquiar
Tampouco iludir
Tenho que engolir
Um a um
Os frutos aos quais
Deixei-me cultivar.


Choro por dentro
Minha aspereza...
Não deixa rolar
As lágrimas represadas
Olho à frente
Não há estradas
Com placas verdadeiras.


Minha adesão à mentira
Foi plena e incontestável
Vivo no inferno
Ainda em vida
Já sou morto...
E morto inquestionável.


Quê!
Apesar da missão
E de todas as lições
Não vislumbra salvação
Por não ter respeitado
Qualquer mandamento
Em nenhum momento.



Lemos
27/04/216




Cada coração!





Não perguntei
Como você estava
Assim como você
Limitei-me a um olá.
Naquele dia
Não me pediu pra ficar
Tampouco eu lhe disse:
Não vá!


E assim, você se foi.
E sua falta...
Fez-se presente
Foi difícil!
O dali pra frente
Mas...
Sobreviveu e sobrevivi.
Tanto é que
Estamos aqui!


Com cara de quem
Comeu e não gostou
Mas, bom ou não.
Doce ou amargo...
Enfim, se acabou.
Deixando a dúvida
Denominada Poderia.



Poderia!
Até aquele dia
Quando o orgulho
Travestido em Amor Próprio
Fez-se soberano
Agora não dá
Já faz mais de um ano.


Já foi seduzida
Por novo amor
Eu por meu lado
Já fui testado
O que daria margens
ÀS ridículas comparações.



Boa sorte!
Já tivemos nossas lições
Somos páginas viradas
No que tange a casal
Quero seu bem
E sei que não quer
De forma alguma o meu mal
Sigamos então
E, que se vire como puder.
Cada coração!




Lemos 27/04/2016

"Ainda é cedo"





De dentro do meu medo
Olhei o mundo
Onde a vida me chamava
Através dos raios de sol
Através das águas da chuva
De dentro do meu medo
Ouvi os pássaros
E adivinhei a felicidade.


Felicidade!
Que não cabia em mim
Dada a minha pequenez.
De dentro do meu medo
Ouvi minha voz
Implorando pela sua vez
Mas no escuro da noite
Vi a precaução como remédio
E continuei dentro do tédio
Que mora dentro
Do não viver.
Que é minha existência.


E refém do meu medo
Foi que me vi morrer
Bem antes do...
“Ainda é cedo.”


Lemos

27/04/2016

terça-feira, 26 de abril de 2016

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Às vezes dá vontade de ser assim.





Parado vi!
As horas contando o tempo
E sequer dei por mim
Vi gente chegando
Vi gente indo embora
Sem me dar por achado
Por não estar nem aí
Com a hora do Brasil.


Sigo, sempre, indolente
Não olho para trás
Pouco olho à frente.
Com algum amor no coração
Ouço, bem distante
O que me diz a razão.


Como bem, ao jantar
Sem sonhar em almoçar
No dia seguinte
Que terá vinte e quatro
Das quais poderei
Sequer colher vinte.


Sou assim!
Vivo lentamente o presente
Desde o meu começo
Não vislumbro o fim.
Da ansiedade é...
Absurdamente caro o preço!


Lemos

25/04/2016

domingo, 24 de abril de 2016

Saudade dois



A saudade...    
Invade!
E, por isso mesmo.
Não mora legalmente.

Exijo!

Reintegração de posse...
Imediata!
Da minha alma...
E da minha mente!


Lemos
24/04/2016


Pela luz do dia

Era cedo!
O galo ainda cantava
O cachorro já latia
Ambos ansiosos
Pela luz do dia
O galo, para ciscar
O cachorro, pra vadiar.


Era cedo!
As pessoas dormiam
Algumas delas
Sonhavam coisas belas
Outras tantas
Com coisas não tão bonitas


Bichos e gente
Bichos!
Sonham iguais
Gente!
Sonha diferente!



Lemos

24/04/2016



sábado, 23 de abril de 2016

sexta-feira, 22 de abril de 2016

À lugar algum




Ponto final na história
Que ainda não acabou
Só para que eu possa
Dormir em paz
Só para quê...
Eu possa, enfim, respirar.



Depois tudo volta
Como sempre acontece
Apenas, uma trégua
Para retomar o caminho
Preparar a alma
Para novo espinho.



Absorver um pouco de luz
E não encarar a vida
Como sendo cruz
Somente um idiota...
Pode comparar sua dor
Com a dor de Jesus.


Não exaltar a tosca missão
Que pode não levar
À lugar algum.
E por simplório que pareça
Não sou imbecil nenhum!


Lemos

22/04/2016

terça-feira, 19 de abril de 2016

Sem sofrer



Admito que eu precisava
Demais daquele momento
Por isso parei diante
E abri os braços
E mansamente...
Você entrou no meu abraço
E acabou meu tormento
Palavras foram apenas detalhes
Explicações seriam demais.



A paz estava, enfim, restaurada.
Tudo estava bem
Não faltava mais nada
Por isso seguimos em paz
Cada qual para o seu lado
Como teria que ser
Seria ótimo!
Aprender sem sofrer.



Lemos
19/04/2016



sexta-feira, 15 de abril de 2016

Cotidiano



Sua paixão
Estado habitual
No carnaval
Na páscoa
No natal.


E vai ser assim
Apaixonada
Do princípio...
Ao fim!

Lemos

15/04/2016

Minha pouca fé




Acordo mudo!
E calo a dor
Que grita dentro de mim
Em cada vértebra
Ema cada músculo
Em cada articulação.


Levanto-me para tirar
A dor da alma
Oriunda do medo
Da chegada do momento
Da partida definitiva
Que sei por observar
De dentro da história
Que o mundo tem
Repetitivamente, me contado
Não ser fácil pra ninguém.


A dor, mais dolorida
Quando se deixa para trás
Toda uma historia
Toda uma colheita
Que se fez ao longo da vida
A dor do corpo
Que teima em viver
Ante a insistência a morte.


Que é implacável
Que ás vezes vem
De forma absurda
Por isso mesmo...
Assustadora e admirável.


Vou ao fogão e preparo
Um irresistível café
Para me estimular à vida
E rebater...
A minha pouca fé!


Lemos
15/04/2016


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Sem bagagem



Não levei a calma
Ao ir embora
Nem lavei a alma
Também não voltei
Em melhor hora
Pois já sabia de antemão
As inúmeras faces
Do seu coração.



Prossegui sozinho!
E assim...
Vou me refazendo
Pelo caminho!

Lemos

14/04/2016