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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mundo torto.

Mundo torto!

Triste por ver
O amigo sofrer
Ao deixar de ser
Como antes era
Padecer, a dor do amigo
Que, outrora, independente
Não passa um bom momento
Não tem esperança nem alento
Triste; por demais querer
E não poder atender
A minha vontade
De me aproximar
E sereno procurar
Levar algum conforto
Mundo torto!
Onde; quem adora falar
Hoje não pode
Sequer se comunicar
Onde; quem quer dar a mão
É impedido pelo fraco coração
Que tem, amor pra dar
Mas, agora, só consegue
Nada mais do que chorar!
É assim:
Para alguns tem jeito
Mas para outros é o fim!


A.V.C.

Lemos vinte e quatro de novembro de dois mil e dez.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nem o bobo da corte.

Pareço bobão?
Sendo ou não
Confesso, não saber
Embora, bem o quisesse
Contudo; confesso que sei
Que algumas pessoas
Embora boas
Vêem-me assim
E me tratam como tal
Não fico triste
Nem levo a mal.
Sendo eu
Bobão ou não
Alguma lição
Esta dúvida me deu
Bobalhão: Um dia desses
Uma criança me chamou
Achei engraçado
E ri, até cansar
Se alguns amigos
Enxergam-me como bobão
Naõ seria:
Uma inocente criança
A me tirar:
Da graça e da razão
E nasce assim:
Um novo ditado
“Nem mesmo o bobo da corte
Deve ser subestimado!”

Lemos 16/11/2010.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Num canto:

Quieto num canto
Nem riso, nem pranto.
É asssim que vejo
O resignado
Que tolo acredita:
Já ter dado
tudo o que tinha a dar.
Quando ainda há muito
A ser executado.
A ser festejado
E também chorado.

É assim, que já me vi
Quieto num canto
Em um nefasto dia
No qual, me arrependi
Por ter acordado.
Quando; segundo minha visão
Fui cruelmente injustiçado
Mas, quem não o foi um dia?
E nem por isso, tudo acabou
Como; a falsa intuição dizia.

Resignar-se;
Somente com a morte
Pois não há volta
Contudo; não admite revolta
Por ser fato consumado
Esconjurar a morte
É mais que pecado
É blasfemar
Contra a vontade do Pai
Pois é assim:
O Pai chama; o filho vai!

Já me quedei em um canto
Sem chorar; nem sorrir
E hoje; nem sequer sei
O nome do papel:
Ao qual, enfim, me prestei
Só sei, que prudentemente:
Optei, por continuar
E agora: Já não tenho
Nem medo de sorrir
Nem vergonha de chorar!

Lemos; 12/11/2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Poucos amigos?

Poucos amigos!
poucas festas
Entretanto,não faz mal
Amigos não precisam de festas.
Quando o próprio encontro
já é uma celebração.
Se, estar presente
Um na vida do outro
É o melhor presente.
Ter verdadeiros amigos
É; a plenitude de ser gente!
Aquele, que não tem um amigo
Na certa não é merecedor
Posto que,amor só vem
Quando; se dá amor
Quem não tem amor prá dar
Dá festas para se rodear
De pessoas, nem sempre boas
Que comem e bebem
Que cantam dançam e sorriem
E depois se vão
Sem nada deixarem
Porque nada trouxeram.
E sem nada levarem
Porque nada havia
Além; de um imenso vazio.

Lemos, 10/11/2010

Quase um calamidade.

No dia em que se chora
É quase que impossível sorrir
Porém no dia em que se ri
É muito fácil vir a chorar
Riso depois do choro
É onde, se ri melhor
Choro depois do riso
É dos prantos o pior
É quase uma calamidade
Por nos jogar nos ombros
O pesado fardo da realidade.
De que tanto a alegria como a dor
Cada uma no seu devido tempo
São sempre passageiras
Sendo mais marcante a segunda
Pela enorme e lúgubre sombra
Que projeta sobre a primeira!

Lemos, dez de Novembro de dois mil e dez.