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domingo, 9 de outubro de 2022

Meu próprio veredito!

 


Sonhos, são vidas à parte

Podem ser bônus ou ônus

Dependendo como são interpretados

Mas, de uma forma ou de outra

Eles sempre nos trazem de volta

A boa ou difícil realidade

Dentro do sonho, somos meros passageiros

E o que fazemos ou o que nos fazem

Não tem qualquer programação

Vidas extras ou, pequena viagem.

Sempre terminam no mesmo lugar

De onde nos levantamos e encaramos

A luz ou a escuridão da realidade

Onde aí sim, podemos agir

E dar um rumo diferente à historia

Da qual somos o primeiro personagem

E temos a pena e o papel na mão

Para então agirmos no agora

Vislumbrando um melhor amanhã

Nem sempre funciona, mas, o não tentar

É a triste certeza de não funcionar.

Gosto, de dormir e de sonhar

Viajar dentro do intangível

E quando meio acordado, questionar...

O quanto pode parecer real

Tudo aquilo que me é impossível

Quando me sonho morto, adoro acordar

E ver todas as cores da vida

Seja ela, boa ou ruim, feliz ou triste

Acordar de morte, é ressuscitar!

Acordar de festa, é aprender a perder

E sentir desejo e necessidade de ganhar

Sou aquilo que sou e que serei

Durante minha vida inteira

Mas, lá na frente, com algum progresso

E certamente, com algum retrocesso

Ainda serei eu mesmo...

A dar, o meu próprio veredito

Sobre onde acertei e onde errei

Mesmo que seja, afirmação enganosa

E quando, enfim, dormir o sono definitivo

E não mais, acordar nesse plano.

E se houver, mesmo uma outra dimensão

Que seja ela, uma realização da soma

E da subtração a qual somos expostos

Dentro de nossos dias, sejam eles...

Espetaculares ou não!

E, como disse um dia o poeta

“A vida, sempre tem razão”

Porque ela, mesmo nos pertencendo

Amiúde, nos escapa da mão!

 

Lemos

09/10/2022

 

Noite!

 

 


sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Fora do baralho

 


Gosto muito do meu país

Mas, não posso dizê-lo...

O melhor lugar do mundo

Se, mal o conheço!

E se nada vi, do resto do mundo

Gosto do verde e amarelo

Do azul e também do branco

Porém, isso não me torna um patriota

Até mesmo, porque não o sou.



Se fosse patriota, já teria morrido

Meu pobre coração não suportaria

As lambanças dos nossos governantes

Não quero, de forma alguma ser patriota

É desproporcional o custo beneficio

Não daria minha vida por qualquer nação

Nenhuma delas merece tal sacrifício

Quando, quase menino, me obrigaram

A fazer um falso juramento

Diante da nossa bandeira

Jurei, resignado, e face ao momento.



Mas, em caso de alguma guerra

Fugiria no mesmo instante

Se não, pelo medo da morte...

Eu me recusaria a atirar bombas

Em meus irmãos e semelhantes...

Apenas, porque meu governo mandou

Ninguém vai a guerra por bravura

Como nos ensina a enganosa história

Morro de velhice, com os netos no colo

Mas, me recuso a morrer em luta inglória

Liberdade de expressão, dizem os postulantes

Aos altos cargos de nosso país

Isso não existe, dentro da ditadura

Tampouco, nessa falsa democracia

Onde dão os direitos com a mão direita

Para logo os arrebatarem com a esquerda.



Nunca fui patriota, e jamais o serei

Meu tempo de lavagem cerebral

Nunca existiu, e não virá a existir

Gosto, do meu país verde e amarelo

Contudo, viveria em qualquer outro lugar

Se fosse essa a minha sina

Me interessa, aprender coisas novas

Mas, chuto a bunda de umas “verdades”

Que a história, em vão tenta me impor

Todo homem público tem vida privada

Onde se misturam, alhos e bugalhos

Onde somos todos "Importantes"

Quando há eleições...

E depois, viramos inúteis cartas...

Do lado de fora do baralho.

 

 

Lemos

07/10/2022

 

 

 

 


terça-feira, 4 de outubro de 2022

Meio vivo!

 


Lembro-me de um tempo

No qual vi você brilhando

Mas, já passou há muito

Depois vi você se apagando

E desaparecendo no nevoeiro

Sem olhar para trás

Vislumbrando algo à frente

Vi você indo com sua suposta verdade

Sem nenhuma frase... 

Nenhum balão de pensamentos

Talvez fosse essa, a sua verdade!



Depois disso, não sei...

Só ficou a neblina e o silencio.

Agora está de volta

Economizando ou, quem sabe...

Sonegando palavras.

Não sei!

Por onde você passou

Tampouco sei, com quem andou

Nem o que comeu, bebeu ou cheirou.



Só sei...

Que não me apetece mais...

A sua companhia...

Seja para trabalhar, jogar bola

Ou até mesmo, pescar

Fim de uma era...

Amizade que, já era!

Tenha, se possível for

Um bom, ou razoável dia!



Quero! De coração...

Que exista algum caminho

Que possa ser percorrido

E algo a ser plantado e colhido.

Pois, seus argumentos

Já não se fazem valer

Por ter,um dia

Abdicado de uma verdade

Que aparentemente era definitiva.

Do fracasso enquanto gente

Passou a ser uma prova viva.



Que, um dia me convenceu

Não tenho mais créditos a lhe dar

Mas ainda tenho.

Alguma coisa boa a lhe desejar.

Desde que, longe da minha estrada.

Posso estar agindo errado

Porém, não darei minha mão

Ao peso da palmatória.



Ao escrever a sua historia

Sem saber alterou a minha

Dando-me uma nova visão

Das várias nuances da vida

Trazendo-me um certo medo

De por qualquer dos dois pés

Um milímetro a frente.



Difícil, ser gente nesse mundo cão 🐕

Onde o que parece ser.

De repente já não é mais

Onde o riso pode ser apagado

A um simples pestanejar

Ou, a um toque de indecisão

Onde, não cabe correr

Ou até mesmo se encolher

Diante da possível ou suposta ameaça.

Resta-nos dormir, havendo sono

E acordar no dia seguinte

Caso, esse dia venha a existir.



Comer o que tiver à mesa

Abraçar alguma esperança

Sem confiar em qualquer certeza

Pois pode ser chuva passageira

Que induz a travessuras, plantios.

E outras tantas besteiras.

Que podem nos dizer

De que matéria somos feitos

E mover de alguma maneira

Os nossos peões...


Quê, com aparência insignificante

Podem levar ao sucesso

Ou ao mais desastroso caos

Já não tenho palavras, gestos

Ou qualquer outro tipo de ação.

Já morri algumas vezes.. 

E, outras tantas acordei meio vivo.

As minhas canções prediletas

Perderam-se no vazio

Assim como algumas...

Das minhas vontades e verdades.



Não vejo mais, aquele pequeno brilho

Em meio ao carvão, que a um simples sopro

Traria de volta a chama.

Não tem como voltar ao antes fui.

Vejo meu sorriso no espelho.

E já não acredito nele

E essa lágrima salgada

Que, teimosa, me escorre ao rosto

Já não me diz a que vem

E desconfio que ela é mentirosa.



Só meu estômago não mente.

E clama por alguma comida

Mesmo, de duvidosa qualidade

Meu avô dizia...

Que o melhor tempero é a fome.

Uma imperiosa verdade

Em meio a um mundo enganador.

Que nos ensina, desde tenra idade

A cantar alguns hinos.

Que não dizem respeito a nós.

Quê, enquanto massa, protestamos...

Falando e batendo em latas...


Entretanto...


Nada de termos voz!

 

 

Lemos

16/05/2016

Reeditado em 04/10/2022

 

 


Quase iguais!

 


Ontem falei, do sujo e do mal lavado

Hoje, falo do roto e do esfarrapado

Que se acusam entre si, digladiam

Mas, amiúde, saem empatados

Justamente por serem parecidos

Para não dizer, quase iguais.

 

 

Ambos, concorrem ao mesmo cargo

Onde só há uma única vaga

Nenhum, fala sobre seu projeto

Mas sim, sobre os defeitos do outro

Tanto o sujo e o mal lavado

Como o roto e o esfarrapado

Não irão acrescentar qualidades

Ao que, já não as possui.

 

 

 

Mesmo assim, somos obrigados

A nos apresentarmos e escolher

E levar ao poder, um dos dois

Até aí, não vejo qualquer problema

Mas choro ao imaginar...

 

 

O que virá depois!

 

 

Lemos 04/10/2022


segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Que vença o melhor!

 


Teve sua vez, a disputa

Entre o sujo e o mal lavado

E alguém lá no fundo gritou:

- Que vença o melhor!

Não havia um melhor...

Por isso ficou empatada

Essa lendária disputa

Ficou, para o próximo mês

A decisão desse embate.

 

 

Quem sabe! Nesse meio tempo

Se construa um vencedor

Onde o sujo, não esteja tão imundo.

Ou, o mal lavado tome um banho

Mas, vença qual deles vencer

Muita gente certamente...


Irá perder!

 

Lemos

03/10/2022

 

Noite.