Sonhos, são vidas à parte
Podem ser bônus ou ônus
Dependendo como são interpretados
Mas, de uma forma ou de outra
Eles sempre nos trazem de volta
A boa ou difícil realidade
Dentro do sonho, somos meros passageiros
E o que fazemos ou o que nos fazem
Não tem qualquer programação
Vidas extras ou, pequena viagem.
Sempre terminam no mesmo lugar
De onde nos levantamos e encaramos
A luz ou a escuridão da realidade
Onde aí sim, podemos agir
E dar um rumo diferente à historia
Da qual somos o primeiro personagem
E temos a pena e o papel na mão
Para então agirmos no agora
Vislumbrando um melhor amanhã
Nem sempre funciona, mas, o não tentar
É a triste certeza de não funcionar.
Gosto, de dormir e de sonhar
Viajar dentro do intangível
E quando meio acordado, questionar...
O quanto pode parecer real
Tudo aquilo que me é impossível
Quando me sonho morto, adoro acordar
E ver todas as cores da vida
Seja ela, boa ou ruim, feliz ou triste
Acordar de morte, é ressuscitar!
Acordar de festa, é aprender a perder
E sentir desejo e necessidade de ganhar
Sou aquilo que sou e que serei
Durante minha vida inteira
Mas, lá na frente, com algum progresso
E certamente, com algum retrocesso
Ainda serei eu mesmo...
A dar, o meu próprio veredito
Sobre onde acertei e onde errei
Mesmo que seja, afirmação enganosa
E quando, enfim, dormir o sono definitivo
E não mais, acordar nesse plano.
E se houver, mesmo uma outra dimensão
Que seja ela, uma realização da soma
E da subtração a qual
somos expostos
Dentro de nossos dias, sejam eles...
Espetaculares ou não!
E, como disse um dia o poeta
“A vida, sempre tem razão”
Porque ela, mesmo nos pertencendo
Amiúde, nos escapa da mão!
Lemos
09/10/2022
Noite!