sábado, 31 de outubro de 2015
Nem mais feliz, nem menos triste!
Precisava de um sonho
No qual pudesse me achar
Mas, que não fosse.
Um sonho qualquer
Tinha de ser um sonho
Desses!
Em que se pudesse confiar.
Apareceram alguns devaneios
Mas não me pareceram confiáveis
E por isso mesmo os refutei
Passei sem o sonho desejado
Estou vivo para contar
Sigo nem mais feliz
Nem menos triste.
Mas, sabedor que carência.
Não mata e que a dor fortalece
E que, sonhos são como condução
Na qual se sobe e se desce
Ou, simplesmente...
Deixa-se passar.
Sentindo-se realizado ou não
Mas, sempre a mesma pessoa.
Dentro de o seu existir
Sempre buscando novo sonho
Ou novo lugar...
Aonde ir!
Lemos
30/10/2015
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Escrevendo meus erros
Escrever pra não chorar
A dureza do momento
E também para reter
A grandeza ou pobreza
Que vai ao pensamento
Escrever para se consolar
E depois chorar
Ao ler o que escreveu
E mais à frente sorrir
Da tolice que cometeu
Ao ter chorado quando
Não precisava ter chorado
E era apenas questão de tempo
Pra ter o panorama mudado.
Chorei por tempos
Um amor que perdi
Até o dia em que
O pranto secou
Foi quando finalmente, vi.
Que nada perdi
E que nem tudo acabou
Foi escrevendo que aprendi
Um pouco da minha historia
E depois de me ler
Descobri quão falha é a memória
De quem busca esquecer
Uma suposta dor de amor
Pois fatos não são para esquecer
São partes importantes
Da nossa construção
Que se constitui
Pela razão e pela falta dela
Nem sempre só a dor
Nem sempre a vida é bela!
Hoje escrevo até o que
Nunca na vida vi ou experimentei
Hoje escrevo o que já aprendi
E também escrevo o que não sei
Agora me resguardo
Escrevendo meus erros
E os deixando a vista
Bem junto com meus acertos
Já não me impressionam
Possíveis apertos
Já senti o peso da palmatória
Já tive luta inglória
Mas, ainda não morri!
Bem ou mal, sigo escrevendo.
E, corajoso, continuo aqui!
Chorando ou rindo
Indo ou vindo
Comendo ou refugando
O pão de cada dia
Que por estranha ironia
Pode ser...
O pão que o diabo amassou...
Pelos desígnios do pai
Que jamais designa errado
Tal a sua verdade...
Que não permite a queda
De uma simples folha
Não sendo essa a sua vontade!
Lemos
29/10/2015
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Mar de amores
Vi
em você uma ilha
Onde, me refugiei
Onde, me senti seguro
Hoje
a vejo
Como buraco escuro
No qual, sou prisioneiro.
E
alterno a visão
Entre a noite escura
E o dia ensolarado...
Sentindo a ironia
De
por mim mesmo
Ter
sido enganado!
Ao
ver em você
Tábua
de salvação
Fui
enganado pelo coração
E
caminhei na corda bamba
Agora, sem pra onde correr
Por
não saber do meu norte
Engano-me, não chorando
E,
provavelmente...
Vai
ser assim até minha morte
Que
pelo andar da carruagem
Não
tarda em chegar!
Mas, tudo não passa
De
mera bobagem
Depois
que se acabar.
Comigo, não será diferente
Preço
justo por ter
Falhado
como gente
Que, por ser gente
Deveria
ter raciocinado
Errar
é humano
E
noventa e nove por cento
Constitui
em pecado
Por
isso digo...
Ser
tarde para chorar!
E
por isso mesmo!
É que não pranteio
Meu
erro foi ver
Bonito
o que era feio
Ao
optar pela ilusória ilha
Onde
me sentiria senhor
Fui
mais uma inocente vítima
Dos
perigos que envolvem o amor
E
assim me vejo aqui
Sem
forças pra escalar
As
paredes desse profundo poço
No
qual entrei por mim mesmo
Um
velho com status de moço!
Com
algum charme e ginga
Suavemente
encorajado
Pelo
convincente...
E, medicinal vapor da pinga
Aquela maravilha cheirosa
Lá do alambique.
Pinga
e poesia!
Combinação
perigosa
Que empresta certa euforia
E, magicamente, transmuda
Alguma
desgraça iminente
Em
bela propaganda enganosa.
Tingida
das mais diversas cores
Prancha, aparentemente segura
Para
aventurarmo-nos no perigoso
E
por vezes sinistro
Mar
de amores!
Lemos
28/10/2015
Mistério
O
amigo!
Sumiu na estrada
Sem deixar
vestígios
Nem aparentar
razão
Oxalá, esteja feliz!
E, que
tenha partido
Por sua
opção!
Lemos
29/10/2015
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Melhor, enquanto gente!
Quero
ser mais eu!
Não
para me sentir...
Acima dos outros
Mas,
para ser melhor.
Para
melhor suportar
A
dor que possa vir.
Quero
ser mais eu!
Para
poder servir
Quando
o irmão precisar
Quero
ser mais eu!
Para
entender a vida
E
suas atribuições.
Quero ser mais eu!
Para
interpretar as lições
E
passá-las à frente
Quero
ser mais eu!
Enquanto
gente!
Lemos
28/10/2015
terça-feira, 27 de outubro de 2015
José Ayllón
Gabiroba,
carambola, araçá
Flor de hibisco...
Flor do maracujá
A flor da paixão
Água na fonte!
Sol se pondo
Atrás do monte
Violeiro!
Café mineiro
Vaqueiro na caatinga
Leite tirado na hora
Cavalgada!
Ao romper da aurora
Canário da terra
Manacá da serra
Renascer da fé...
Tonico e Tinoco
Minha infância retornando
Com tudo na mente
Meu Brasil...
Vilmente subtraído
Mas, ainda...
Belo e querido!
Abraço José Ayllón
Flor de hibisco...
Flor do maracujá
A flor da paixão
Água na fonte!
Sol se pondo
Atrás do monte
Violeiro!
Café mineiro
Vaqueiro na caatinga
Leite tirado na hora
Cavalgada!
Ao romper da aurora
Canário da terra
Manacá da serra
Renascer da fé...
Tonico e Tinoco
Minha infância retornando
Com tudo na mente
Meu Brasil...
Vilmente subtraído
Mas, ainda...
Belo e querido!
Abraço José Ayllón
Abreviando-me!
Caso
eu chegasse aí...
Teria
a sua atenção?
Somente
a dúvida
Retém-me
ao chão
Malas
prontas...
Asas
prontas!
Mas,
a insegurança.
Sussurra-me
um não!
Um não!
Que, triste, procuro
Que, triste, procuro
A todo
instante calar
E ceder
ante o desejo
Que tenho
de voar
E ir
até onde está
No entanto
fico aqui
Implorando
para
Que minha
alma vá!
Mas sabedora...
De
que meu penar
É a dor de amor!
Acredito
que ela...
Só vá
mesmo.
Quando
eu...
Finalmente, for!
Finalmente, for!
Tivesse
eu a certeza
De que você...
Iria me recepcionar
Iria me recepcionar
Certamente
cometeria
A misericórdia...
De me
abreviar!
Lemos
27/10/2015
Sofrência!
Da minha saudade
Nada posso lhe dizer
Só posso mesmo
Lamentar sua ausência
Uma vez que já não está!
Até inventaram a sofrência
Para tornar mais triste a vida
Sofrência deve ser:
Existência sofrida.
Mais um tolo gênero musical
Sofrência é coisa fictícia
Mas, minha saudade...
Essa é real!
Lemos
27/10/2015
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Mais um mentiroso
Sem maquiar palavras!
Não
aprendi a mentir
Não
sei exagerar
Gosto
sim!
Mas,
do meu jeito.
Sem
arrancar
O
coração do peito
Sem
lhe prometer o mar
O
sol e o céu
Não fosse utopia...
Não fosse utopia...
Seria
o fim!
Dar
o que não pertence
Somente
a mim.
O
quê!
Lhe dou de pronto
Lhe dou de pronto
É
minha fidelidade
O
meu modesto amor
Que
é agora!
Toda
minha verdade
Dou-lhe
também
A
afirmação
De
que estou
Em
seu momento.
E, gostaria de
Fazê-lo
durar
Enquanto
for bom
Não
apenas para mim
Mas,
para nós dois.
De
futuro nada sei
Isso
vem depois
E
eternidade...
Coisa
que não existe
Em
se tratando de biologia.
Não
somos!
Água
mole
Nem
pedra dura
Que
não se desfazem
Como
a noite escura
Onde
se perdem
Sonhos
e pessoas
Não
vou mentir
Nem
prometer
Um
mundo de encantos
Seria
eu...
Mais
um mentiroso
No
meio de tantos!
Lemos
26/10/2015
domingo, 25 de outubro de 2015
Tocado pela pressa
Não!
Você não
pode
Consertar meu
coração
Não tem ideia
De como ele
se encontra
Não viu por
onde
Nem como ele
andou
Não ouviu
suas batidas
Quando era inteiro.
Não!
Não conseguirá
Remendar meu
coração
E se por
milagre o conseguir
Mesmo assim!
Ele não lhe
pertencerá
Pois foi marcado
Com ferro em
brasa!
Mesmo partido
Ainda é
propriedade
Da grande
mentira
Que se
passou
E ainda hoje...
Mesmo depois
da dor
Ainda cheira
a verdade!
Não conseguirá
Reparar meu
coração
Que bateu de
frente
Na contramão
Da via
expressa
De um amor
sem limites
Um amor
tocado pela pressa.
Pela urgência
de ser feliz.
Não poderá
remendar
Um coração partido
Que já não
procura caminho
E apenas
deseja
Morrer em
paz, e sozinho!
Lemos
25/10/2015
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