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quinta-feira, 16 de julho de 2015

É tarde!



Quando falou sem pensar
Assinou uma sentença
Por ter falado o que não deveria
Na verdade pensou...
Mas deveria gastar
Mais alguns segundos
Para repensar
É tarde para voltar
Já gritei!
Meu descontentamento.


Se vai lamentar
Que seja a favor do vento
Em direção oposta a mim
Não foi bom ouvir sua arrogância
Ouvir seu pranto
Não me será bom ou ruim
Mas vendo seu vulto se afastando
Aponho meu carimbo de fim
De uma jornada que prometia
E acabou assim!


Lemos

11/07/2100

terça-feira, 14 de julho de 2015

Não preciso e nem mereço





Enquanto eu morria
Por conta da paixão
Você esportivamente
Dava saltos em meu coração
Que já estava quase parado
De tanto bater apaixonado
E não ver retorno algum
Mas depois!
Que abandonei a morte
E pus o pé na estrada.


Vejo-a, agora, jurando amor
Em mensagem apaixonadas
Mas, longe estou!
E longe permaneço
Uma vez, pude suportar
Duas?
É castigo que não mereço!
Meu coração não quer mais
Servir de trampolim...
Para seus saltos ornamentais!


Lemos
14/07/2042


A última chacina!


Foto da Nataly.



Mais nada!


Vi um homem sendo executado
Bem ali no meio da rua
Não me dei por achado
Aquilo já era uma verdade crua
Coisa rotineira ali na periferia
Tão certo como o nascer
De um novo dia
Enquanto o mundo fosse mundo
Não me dei por achado
No entanto, não deixei.
De dar uma olhadela
No que seria, apenas...
Mais um inevitável capitulo.
Da interminável novela
Que é a natureza humana
Na qual a violência fala mais alto
Que a bondade e a decência
Não sei se deveria ter olhado
Porém olhei!
E, por ter olhado, ditei a minha sorte.
Aquele olhar inocente e curioso
Decretou minha sentença de morte.



Foi quando o executor
Lançou-me um olhar ameaçador
E mandou-me deitar no chão
Respondi a ele quê...
Deitado eu não morreria
E realmente não morri deitado
Ao chegar ao solo
Estava mais que despachado
Por uma poderosa rajada
De metralhadora Lewis
Mesmo morto, ainda pensava:
O quanto a morte é sedutora
E se daria realmente
O descanso prometido
Talvez depois!
Pois naquele momento
O frio matador
Arrastava eu e meu companheiro
De última viagem
Duramente pelo meio fio
Até onde se encontrava
Uma mangueira vermelha
Com a qual despejou
Fortes jatos de água
Em nossos corpos ensanguentados.



Disse ele que era...
Para chegarmos limpos
Diante do diabo...
Foi quando Severino...
O matuto da rua
E dono da água de nosso
Frio e derradeiro banho
Aproximou-se e reconheceu
O outro morto e eu
Sobre o outro disse:
Nada a lamentar
A meu respeito falou:
-Caso tivesse sentimentos...
Fatalmente, iria chorar.
Mas, não lamentou e nem chorou
Entrou em sua casa
Sob a mira de metralhadora
E acho que está lá dentro até agora
Ainda ouvi sua última frase
“Homem que é homem não chora!”



Então apareceu...
A beata da rua
Com o coração no céu
E a cabeça na lua!
Pronunciou meu nome e...
fez uma comovente oração
Fechou-me os olhos
Com sua mão ensebada
Dali em diante...
Não vi e nem ouvi
Mais nada!



Lemos
14/07/1927



domingo, 12 de julho de 2015

Sozinhos!






Garota interesseira!
A sorte pode também
Ser cruel e traiçoeira
O hoje carinhoso
Otário e bem empregado
Poderá amanhã ser...
O vagabundo agressivo
Drogado ou alcoolizado!



E a promessa...
De fácil prosperidade
Pode se transformar
Em dura, porém!
Justa realidade.
Pois pessoas que se vendem
Não podem cobrar nada
Da vida ou do destino.



E isso vale...
Também, para os meninos!
Que “exploram” maduras
Que acreditam desesperadas.
Sem buscarem qualquer sentido
Para suas existências
E por nada aprenderem
Veem-se sozinhos
Diante de suas falências!



Lemos
12/07/2099



Simples assim!






Entenda!






sábado, 11 de julho de 2015

Real!




Garota interesseira
Diz ser agora
Sua vez e hora...
Sua hora e vez!
Mas no apagar da luz
Vai, finalmente, ver...
A besteira que fez!

Lemos

11/07/1921




Apenas ela!






Mulher, marido...
Filhos, filhas
Netos e netas
Numa vida
Aparentemente
Limpa e bela
Mas!
Na prova dos nove...
Sobrou apenas ela!

Lemos

11/07/1947!

Inverno!







Ares de bendito





Eu estava lá!
E de lá pra cá
Foi longa a estrada
Foi duro o caminho
Sem ninguém
A me amparar
Caminhei sozinho!
Mas, foi melhor assim.
Pois foi mesmo sozinho
Que reencontrei a mim
E a minha verdade
A qual havia abandonado
Para correr atrás
De um maldito sonho.


Sonho!
Que se apresentou
Com ares de bendito
Mas, daquele sonho.
Só o sonhar foi bonito
Pois vivê-lo foi pesadelo
Atroz e desgastante
Morria só de lembrá-lo
A cada instante.
Mas, felizmente!
Recuperei-me da morte
E não mais
Acredito em sonhos
Muito menos em sorte!


Lemos
11/07/2015



quinta-feira, 9 de julho de 2015

Deixa saudade!



Humanização...
Está na ordem do dia
Última palavra...
Em demagogia!
Onde todos querem
Parecer o que não são.


Esbanja amor
Dia após dia
O amigo cão
Em sua curta biografia
Carimbando a realidade
Que todo cachorro
Deixa saudade.


Nas pessoas as quais amou
Por ter amado de verdade!
Na foto!
O bom e velho Lobinho
No bar...
Fazendo nova amizade!


Lemos
09/07/2015

Não morre!





quarta-feira, 8 de julho de 2015

À frente!





Meia noite
Não é noite
O suficiente...

Pra quem tem
Dor de amor
Ou dor de dente

Há ainda
Muita noite
À frente!

Lemos

06/07/2015