Muita gente não sabe.
Que o amor...
Também se cansa
Pois sendo promessa
É também esperança
De um dia melhor
De um grande momento
Ou, talvez, apenas.
De algum reconhecimento
No entanto o tempo
É às vezes o precursor
Do, infinitamente, triste.
Cansaço do amor
Que em forma de quimera
Da estreita janela
O seu apogeu espera
E quando ele não vem
Ou dorme, na desatenção.
Vencido pelo cansaço
O amor perde a razão
De ser a meta principal
Aí então a tristeza
Dá o seu lúgubre sinal
Que não sendo compreendido
Pode ser dado como fatal.
E, o cansaço do amor.
É sua forma mais ingrata
Pois é tão grande a dor
Que, inevitavelmente, o mata.
Perto de mim, aconteceu.
Com uma grande amiga
Por ter o seu amor esgotado
Tornou-se de amante
Em, quase inimiga
Depois, então, se aquietou
Assim, como a sua dor.
Demorou um bom tempo
Todavia, agora refeita.
Já vislumbra um novo amor.
Não tome como conselho
Pois conselho não se dá
Mas tome como exemplo.
Que, melhor mentor não há.
Do que um fato consumado
Do amor, o pior fracasso.
É submetê-lo ao cansaço.
Ruim para quem o cansa
Terrível...
Para quem o vê cansado
Mau negócio nos dois
Pratos da balança!
Lino
24/04/2014
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