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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Nos dois pratos














Muita gente não sabe.

Que o amor...

Também se cansa

Pois sendo promessa

É também esperança

De um dia melhor

De um grande momento

Ou, talvez, apenas.

De algum reconhecimento

No entanto o tempo

É às vezes o precursor

Do, infinitamente, triste.

Cansaço do amor

Que em forma de quimera

Da estreita janela

O seu apogeu espera

E quando ele não vem

Ou dorme, na desatenção.

Vencido pelo cansaço

O amor perde a razão

De ser a meta principal

Aí então a tristeza

Dá o seu lúgubre sinal

Que não sendo compreendido

Pode ser dado como fatal.

E, o cansaço do amor.

É sua forma mais ingrata

Pois é tão grande a dor

Que, inevitavelmente, o mata.

Perto de mim, aconteceu.

Com uma grande amiga

Por ter o seu amor esgotado

Tornou-se de amante

Em, quase inimiga

Depois, então, se aquietou

Assim, como a sua dor.

Demorou um bom tempo

Todavia, agora refeita.

Já vislumbra um novo amor.

Não tome como conselho

Pois conselho não se dá

Mas tome como exemplo.

Que, melhor mentor não há.

Do que um fato consumado

Do amor, o pior fracasso.

É submetê-lo ao cansaço.

Ruim para quem o cansa

Terrível...

Para quem o vê cansado

Mau negócio nos dois

Pratos da balança!




Lino

24/04/2014




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