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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

O depois (reeditado)

 


 

Houve um tempo chamado “nós dois”

Pode ter sido bom para você

Mas, me doeu o depois.

Ao descobrir o quanto estive só

Durante o episódio “Nós dois! ”.

 

Acompanhado e sozinho

Durante uma quase eternidade

Refém de uma ilusão

Que era minha única verdade

E brilhava em forma de você.

 

Hoje, sem sua presença.

Habito em um mundo

Onde vidas se pronunciam

E convivem...

Em harmonia ou não

Mesmo assim, todos vivem.

 

Todos saboreiam seus manjares

Todos choram os seus males

E engolem amargas verdades

Mas cantam suas paixões

Sem sentirem-se escravos

No silencio do depois.

 

 

 

Lemos

09/11/2017 

Suprassumo da sociedade

 


Desde quando?

Essa, é a pergunta que lhe faço

Desde quando, se descobriu?

Como grande sumidade

Desde quando?

É grande assim...

Acima dos outros mortais

Essa é a pergunta!

Que insiste em gritar 

Pois não consigo imaginar

O quanto você cresceu

O quanto, se tornou melhor

Que o restante das pessoas

Desde quando?

Se fez, assim, tão superior

Desde quando se promoveu

Como o suprassumo da sociedade

Lamento dizer, que essa arrogância

Não faz qualquer sentido

Pois como bem o dizia

Minha não tão velha avó

Quem tem o mínimo de sabedoria

Prefere ficar quieto e só

Dizia ela também...

Que somos oriundos do pó

E que é certo que sabemos

Do pó ao pó, fatalmente voltaremos

Alguns com certo cerimonial

Outros tantos sob desprezo total

Por isso lhe pergunto novamente

Desde quando, e até quando?

Sua soberba vai ter hora e vez.

Assim como desisti...

Tem ainda, muita gente na fila

Nem sei porque ainda lhe aviso

Quando deveria ser alheio e frio

E simplesmente seguir...

Ao que meu pai sempre dizia:

"Orgulho só enche, o que está vazio"

Desde quando?

Essa repetida pergunta, se calará.

Jamais voltarei a repeti-la

Ao seu tolo ouvido de mercador

Só acordará desse trágico engano

Quando o mundo lhe bater com jeito

Valorizar-se é muito bom

Mas superestimar-se...

Horrível, e escandaloso defeito!

Hoje, liberto-me e fujo

Da sua desagradável companhia

Meu vocabulário, enfim, se esgotou.

Seja, o que acredita ser, e pague o preço

Sigo o meu caminho buscando harmonia

E isso, destoa de sua presença

Sou apenas aquilo que sou

Enquanto você acredita  

Ser a divindade que pensa

Malhei demais em ferro frio

Saio de mansinho agora

Sem a falsidade de um abraço

E sem qualquer tipo de curiosidade

Se havia alguma, já se acabou

Vi na vida, alguma etapa passar

E uma imensidade de água rolar

Vi também, algumas esperanças

Que se realizaram ou fossem perdidas

Presenciei, arremedos de honradez

Mas nunca vi, um narcisista mudar

Nem um ditador renunciar

Não me quebrou em nada

Por isso não lhe falo com rancor

Pois vai ao inverso do que sou

Calo-me agora para você

Tudo na vida tem seu tempo...

E o nosso certamente se acabou

E se me perguntar, até quando...

Lhe respondo, já andando...

Que, acabou, significa acabou!

 

Lemos 30/12/2022

 

 

 


quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Marcas do tempo

 


Chegou chegando e causando em mim

Veio calorosa, afável e, aparentemente feliz

Fez-se amiga e muito mais

Presenteou-me com sorrisos e paz

Cresceu em meu coração espaçoso

E eu, simplesmente, deixei acontecer!

Por necessidade, comodidade...

Ou talvez...

Por não vislumbrar uma outra opção.


E assim fomos seguindo, sem que sequer

Eu tivesse qualquer tipo de pensamento

Não via outra opção, nem achava necessário

Que houvesse uma outra saída

 

Você foi se tornando, cada vez mais afável

Cada vez mais importante

A cada dia mais tocante, e mais tocável

Foi, onde fui me emaranhando

E seguindo, sem nunca me preocupar

Em marcar ou decorar o caminho

Dessa maneira viajei por alguns anos

Que durante a festa, foram os melhores

Que imaginei que alguém poderia viver.



E aquilo, como um milagre de amor

Foi crescendo enquanto eu sem saber

Ia diminuindo, dia após dia...

Sem sequer me dar conta da dimensão

Do sonho escravocrata, no qual eu flutuava

Nada mais ouvia, além da sua voz

Nem respirava onde não havia o seu perfume.



Até que um dia, sua amabilidade foi diminuindo

E eu nada percebia, dentro da redoma em que me via

Seu perfume, que foi descontinuado

Ainda viaja por minhas narinas

Não vejo, meus cabelos embranquecidos

Parei naquele tempo, por décadas

Depois que você saiu do meu mundo ‘encantado”



Você me encontrou triste, porém inteiro

E me deixou pequeno, apenas um pedaço do que fui,

Porém incapaz, de rir ou de chorar

Ao me ver, escrevendo essas melancólicas memórias

Consigo lembrar vagamente do meu mundo

Que era supostamente normal, antes do evento, "você".

Mas, que não me levaria a tais divagações

A vejo, de vez em quando por aí

Com o mesmo sorriso, já com marcas do tempo

Porém, nem por isso menos encantador.



Contudo, encantamento também é suscetível

De prazo de validade, pelo menos

No que tange a minha pessoa

"Decifra-me" ou te devoro, frase marcante

Não a decifrei, jamais a decifrarei!

Entretanto, não fui devorado

Sobrou, uma mente calejada para relembrar...

Duas mãos! Cansadas para digitar.

Fazendo uma reconstituição não fiel

Pois como já sabemos eu, estava sob magia.



Sem poder voltar para ver, e o relógio segue adiante

E os tijolos coloridos, já não mais pavimentam a estrada

Talvez, nem você mesma, possa se traduzir

E ainda há estrada à frente, para todos

Os que caminham sobre a Terra.

Foi boa minha viagem, e acredito que também o foi

Para você que se deixou viajar.


Sei lá por qual cargas d’água

Essa história de amor se fez escrever

Da forma ambígua como foi escrita

Ver entrar em minha vida...

Um sonho que eu não sonhava

Uma alma, que por si só se afirmava

Como, incompatível com meu modo de ser

Pois me enxergava como o menor dos caminhos...

Uma pedra sem valor, que jamais brilharia.



Mesmo assim, pisou em minhas pegadas

Talvez para mensurar o tamanho dos meus passos

Não nos tornamos, felizes para sempre

Já sabíamos de antemão que isso não existe

Foi você quem soprou o apito inicial

E por isso mesmo, sentiu-se no direito de decretar o final.

A única frese que me sobrou

Foi dizer que, ponto final nunca é aplicável...



Pois, todas as histórias que conheço

Ainda reverberam pelo mundo

E impactam, positivamente ou não...

Dentro da vida das pessoas.

Me deixando a certeza de quê...

Tudo que extraiu de mim

 

Foram coisas boas!

 

Lemos 28/12/2022

 

 

 

 


terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Cinzenta paisagem

 



Não era medo!

Não era indolência

Não era fraqueza...

Apenas, ele estava sem palpite!

Preso em uma situação que não criou ou imaginou

Não tinha metas, não tinha qualquer luz

Que por tênue que fosse

Lhe indicasse o seu Norte

Ele não estava depressivo

Nem ao menos se encontrava triste

Mas, a maneira com que o mundo

Se movimentava em seu eixo

Gradativamente foi o deixando para trás

Tão para trás, que nada via à frente

As pessoas lhe falavam e questionavam

A sua estranha forma de viver

Porém nenhuma delas, esteve realmente

Preocupada em ajudar

Até mesmo, porque ele não queria ser ajudado

E nem mesmo ver o que havia mudado

E qual seria a aula em que havia faltado.

E assim foi seguindo quieto e discreto..

Até o dia, em que passou a ser apenas parte...

Da cinzenta paisagem, na qual o mundo havia se transformado

E, assim como ele, tantas outras vidas haviam perdido o brilho...

Com o qual, todas as vidas se iniciam

Restavam apenas, os sonhadores e os otimistas de plantão

Para os quais o final do arco íris, era logo ali

Sua vida se transformara, em um looping de proporções enormes

Que se movia em câmera lenta, em uma proporção absurda de lentidão

Ele não ansiava pelo fim, pois o fim para ele seria indolor...

Assim como, o era sua trajetória, que muitos denominavam, inútil.

Simplesmente ele, dormia acordava e, até mesmo, trabalhava

Comunicava-se laconicamente, sem jamais demonstrar tristeza ou agressividade

Na tabela de valores, podia-se dizer que era uma boa pessoa

Vícios? Não havia nenhum, nada de dependências

Já havia amado algum dia, mas ninguém sabe como acabou

Ou se realmente algum dia acabou, isso ficou na incógnita

Jamais foi visto discutindo, futebol, política ou religião

Essa última, era para ele mais do que indiscutível

Dado à forma como a entendia...

Para ele, Deus tinha que ser mais explícito, pois ele, nunca se ateve a mistérios

Acredito, que seu agnosticismo o isentava de incorrer em pecados

Só posso afirmar que sempre o admirei nunca tentei uma opinião

Sobre sua maneira de “viver”, a até porque não me competia

Ele não expressava suas opiniões, e nisso eu no admirava

Quando sua jornada se encerrou, não deixou qualquer legado...

Que o lembrasse como pessoa, aos que só o viam de passagem

E tentavam, dar um rumo à própria vida

Contudo, acredito, que assim como eu, alguma pessoa tirou algum sentido de sua existência

E que por mais que planejemos nosso trajeto e comportamentos

O final sempre será o mesmo, com forma não programável de terminar

E que todo final, seja ele, feliz ou triste, acaba no mesmo

Como disse uma pessoa a qual amei muito, ao se ver em seu leito de morte...

“O tudo sempre acaba no nada”

 

Lemos, 27/12/2022

 

 

 

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Em seu momento mais feio!

 


Não gosto de acordar do pesadelo

Prefiro, vencê-lo antes

E, somente assim, acordar sereno

Para um novo dia, ou o mesmo dia

Não se sai inteiro, de um mau sonho

Ainda mais, quando o mundo

Está bem para lá de ruim

Que, infelizmente é a forma

Com a qual, hoje ele se apresenta.



Sonho, é para algo ser reparador

Mas, nem sempre repara a nossa alma

Afligida por todos os transtornos

Que a vida invariavelmente, nos impõe.


 

Gosto de escolher entre opções

Mas, amiúde elas se apresentam ruins

E na minha limitada percepção

Busco a que me parece mais palpável

Nem sempre acerto nas escolhas

Mas, certamente, não é peculiaridade

Pois assim, é a vida das pessoas

Que, às vezes erram por muito

Quando acreditam terem acertado.



Contudo, sempre afirmo, quê...

O maior dos erros é não se manifestar

Pois assim, a pessoa se conforma

Em no mundo, nada significar.


 

Não gosto de acordar de pesadelo

Também sei, que acordar de devaneio

Pode até nos matar, ao ver o mundo

Em seu momento mais feio!

 

Lemos

18/11/2022

 

 

 

 


domingo, 9 de outubro de 2022

Meu próprio veredito!

 


Sonhos, são vidas à parte

Podem ser bônus ou ônus

Dependendo como são interpretados

Mas, de uma forma ou de outra

Eles sempre nos trazem de volta

A boa ou difícil realidade

Dentro do sonho, somos meros passageiros

E o que fazemos ou o que nos fazem

Não tem qualquer programação

Vidas extras ou, pequena viagem.

Sempre terminam no mesmo lugar

De onde nos levantamos e encaramos

A luz ou a escuridão da realidade

Onde aí sim, podemos agir

E dar um rumo diferente à historia

Da qual somos o primeiro personagem

E temos a pena e o papel na mão

Para então agirmos no agora

Vislumbrando um melhor amanhã

Nem sempre funciona, mas, o não tentar

É a triste certeza de não funcionar.

Gosto, de dormir e de sonhar

Viajar dentro do intangível

E quando meio acordado, questionar...

O quanto pode parecer real

Tudo aquilo que me é impossível

Quando me sonho morto, adoro acordar

E ver todas as cores da vida

Seja ela, boa ou ruim, feliz ou triste

Acordar de morte, é ressuscitar!

Acordar de festa, é aprender a perder

E sentir desejo e necessidade de ganhar

Sou aquilo que sou e que serei

Durante minha vida inteira

Mas, lá na frente, com algum progresso

E certamente, com algum retrocesso

Ainda serei eu mesmo...

A dar, o meu próprio veredito

Sobre onde acertei e onde errei

Mesmo que seja, afirmação enganosa

E quando, enfim, dormir o sono definitivo

E não mais, acordar nesse plano.

E se houver, mesmo uma outra dimensão

Que seja ela, uma realização da soma

E da subtração a qual somos expostos

Dentro de nossos dias, sejam eles...

Espetaculares ou não!

E, como disse um dia o poeta

“A vida, sempre tem razão”

Porque ela, mesmo nos pertencendo

Amiúde, nos escapa da mão!

 

Lemos

09/10/2022

 

Noite!

 

 


sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Fora do baralho

 


Gosto muito do meu país

Mas, não posso dizê-lo...

O melhor lugar do mundo

Se, mal o conheço!

E se nada vi, do resto do mundo

Gosto do verde e amarelo

Do azul e também do branco

Porém, isso não me torna um patriota

Até mesmo, porque não o sou.



Se fosse patriota, já teria morrido

Meu pobre coração não suportaria

As lambanças dos nossos governantes

Não quero, de forma alguma ser patriota

É desproporcional o custo beneficio

Não daria minha vida por qualquer nação

Nenhuma delas merece tal sacrifício

Quando, quase menino, me obrigaram

A fazer um falso juramento

Diante da nossa bandeira

Jurei, resignado, e face ao momento.



Mas, em caso de alguma guerra

Fugiria no mesmo instante

Se não, pelo medo da morte...

Eu me recusaria a atirar bombas

Em meus irmãos e semelhantes...

Apenas, porque meu governo mandou

Ninguém vai a guerra por bravura

Como nos ensina a enganosa história

Morro de velhice, com os netos no colo

Mas, me recuso a morrer em luta inglória

Liberdade de expressão, dizem os postulantes

Aos altos cargos de nosso país

Isso não existe, dentro da ditadura

Tampouco, nessa falsa democracia

Onde dão os direitos com a mão direita

Para logo os arrebatarem com a esquerda.



Nunca fui patriota, e jamais o serei

Meu tempo de lavagem cerebral

Nunca existiu, e não virá a existir

Gosto, do meu país verde e amarelo

Contudo, viveria em qualquer outro lugar

Se fosse essa a minha sina

Me interessa, aprender coisas novas

Mas, chuto a bunda de umas “verdades”

Que a história, em vão tenta me impor

Todo homem público tem vida privada

Onde se misturam, alhos e bugalhos

Onde somos todos "Importantes"

Quando há eleições...

E depois, viramos inúteis cartas...

Do lado de fora do baralho.

 

 

Lemos

07/10/2022

 

 

 

 


terça-feira, 4 de outubro de 2022

Meio vivo!

 


Lembro-me de um tempo

No qual vi você brilhando

Mas, já passou há muito

Depois vi você se apagando

E desaparecendo no nevoeiro

Sem olhar para trás

Vislumbrando algo à frente

Vi você indo com sua suposta verdade

Sem nenhuma frase... 

Nenhum balão de pensamentos

Talvez fosse essa, a sua verdade!



Depois disso, não sei...

Só ficou a neblina e o silencio.

Agora está de volta

Economizando ou, quem sabe...

Sonegando palavras.

Não sei!

Por onde você passou

Tampouco sei, com quem andou

Nem o que comeu, bebeu ou cheirou.



Só sei...

Que não me apetece mais...

A sua companhia...

Seja para trabalhar, jogar bola

Ou até mesmo, pescar

Fim de uma era...

Amizade que, já era!

Tenha, se possível for

Um bom, ou razoável dia!



Quero! De coração...

Que exista algum caminho

Que possa ser percorrido

E algo a ser plantado e colhido.

Pois, seus argumentos

Já não se fazem valer

Por ter,um dia

Abdicado de uma verdade

Que aparentemente era definitiva.

Do fracasso enquanto gente

Passou a ser uma prova viva.



Que, um dia me convenceu

Não tenho mais créditos a lhe dar

Mas ainda tenho.

Alguma coisa boa a lhe desejar.

Desde que, longe da minha estrada.

Posso estar agindo errado

Porém, não darei minha mão

Ao peso da palmatória.



Ao escrever a sua historia

Sem saber alterou a minha

Dando-me uma nova visão

Das várias nuances da vida

Trazendo-me um certo medo

De por qualquer dos dois pés

Um milímetro a frente.



Difícil, ser gente nesse mundo cão 🐕

Onde o que parece ser.

De repente já não é mais

Onde o riso pode ser apagado

A um simples pestanejar

Ou, a um toque de indecisão

Onde, não cabe correr

Ou até mesmo se encolher

Diante da possível ou suposta ameaça.

Resta-nos dormir, havendo sono

E acordar no dia seguinte

Caso, esse dia venha a existir.



Comer o que tiver à mesa

Abraçar alguma esperança

Sem confiar em qualquer certeza

Pois pode ser chuva passageira

Que induz a travessuras, plantios.

E outras tantas besteiras.

Que podem nos dizer

De que matéria somos feitos

E mover de alguma maneira

Os nossos peões...


Quê, com aparência insignificante

Podem levar ao sucesso

Ou ao mais desastroso caos

Já não tenho palavras, gestos

Ou qualquer outro tipo de ação.

Já morri algumas vezes.. 

E, outras tantas acordei meio vivo.

As minhas canções prediletas

Perderam-se no vazio

Assim como algumas...

Das minhas vontades e verdades.



Não vejo mais, aquele pequeno brilho

Em meio ao carvão, que a um simples sopro

Traria de volta a chama.

Não tem como voltar ao antes fui.

Vejo meu sorriso no espelho.

E já não acredito nele

E essa lágrima salgada

Que, teimosa, me escorre ao rosto

Já não me diz a que vem

E desconfio que ela é mentirosa.



Só meu estômago não mente.

E clama por alguma comida

Mesmo, de duvidosa qualidade

Meu avô dizia...

Que o melhor tempero é a fome.

Uma imperiosa verdade

Em meio a um mundo enganador.

Que nos ensina, desde tenra idade

A cantar alguns hinos.

Que não dizem respeito a nós.

Quê, enquanto massa, protestamos...

Falando e batendo em latas...


Entretanto...


Nada de termos voz!

 

 

Lemos

16/05/2016

Reeditado em 04/10/2022