Chama-me de pão duro
Porque, não fiz o muro
Não troquei a geladeira
Porque, não volto me arrastando
Com o peso, que trago da feira
Sendo eu, tão pão duro
Onde está, o meu dinheiro?
Se, nunca dou nada
Se, não jogo dinheiro fora
Como então? Ele vai embora.
Confesso, que não sei!
E jamais irei entender
E fico aturdido
Sem saber, o que fazer
Se nada, compro ou dou
Como então?
Meu dinheiro se acabou!
Será? que ficou retido na fonte.
Será? Que caiu quando cruzei a ponte
Ou ficou, no dízimo da igreja
Deus! Por piedade, me proteja
Talvez; tenha ficado na cabeleireira
Que lhe arrumou, quase que inteira!
Pão duro!
Expressão que ouço com tristeza
Eu: Quase, que nu e descalço
E você: No melhor salão de beleza
Sei que a vida, tem algum percalço
Mas a minha, me causa estranheza.
Diz, que eu sou pão duro
Porque, só durmo no escuro
Quem sabe! Para esconder meu desgosto.
Ou talvez! Para não ver seu rosto
Lemos, sexta-feira, 16 de dezembro de 2005.
10:46.