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sexta-feira, 18 de abril de 2014

É sua a vida















Foi muito natural
E por isso me assustou
Tanta naturalidade
Foi o que lhe restou
É, a sua verdade!
Verdade que assusta
Chega a ser imoral
Não precisava
Ser, assim tão real.


Realidade profana
Que você adotou
Em sua jornada
Hoje lhe serve
Para se afirmar
Amanhã não será nada
Excesso de frivolidade
Sua ordem do dia.


Tudo é cômodo
À sua biografia
Que você acha genial
O futuro pode não ser
Tão estupidamente cordial
Para não padecer
Tem que cair na real!
É sua a vida!
Tem o direito de geri-la
Ao seu bel prazer
Sua espora poderá feri-la


Avisá-la é meu dever
Entretanto, já está avisada
Lavarei as mãos!
Não posso fazer nada
Nem sequer lhe acompanhar
Terá que seguir só
Se desejar se aniquilar
Vou ficar por aqui
Se alguém perguntar
Direi que não lhe vi


Que me chamem de covarde
Mas, remorso não me arde
Sou o tipo do amigo moderno
Aquele que cuida
Porém, não acompanha
Ao fogo do inferno
Se, espontaneamente cria
Seu inferno particular
Terá que naturalmente
E, particularmente, desfrutar!



Lemos

19/04/2014





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