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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ao seu olhar


Fiz de tudo
Desdobrei-me
E mesmo assim...
Continuei pequeno
Ao seu olhar
Nunca a interessei
Não seria me doando
Que iria lhe interessar
E foi assim quê.
O que nunca existiu
Deu o seu veredicto...
De fim!



Lemos
18/11/2016

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Para pensar!




Teria a terra prometida...
Sido promessa mal cumprida?
Ou, apenas, bem passageiro
Recolhido em dado momento
Por falta de merecimento.
É caso para se pensar
Sem que para isso
Venha a blasfemar!


Lemos

15/11/2016

O que me convém




Por vezes deixei de ser
O que precisava ser
Para ser...
O que tinha que ser!
E assim, sou o que sou.
Não o que aparento
Não o que me convém
Segundo a sociedade
Quê, autoritária...
Grita-me insistentemente
Sou alegre e triste
Às vezes sou feliz
Mesmo que fugazmente
Por ocasiões acerto
Mormente erro...
Sou gente, enquanto gente!



Lemos
15/11/2016


terça-feira, 6 de setembro de 2016

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Muito igual!


Meu sonho me abandonou
Desembarcou antes da estação
Não sei ao certo se chorou
Quando de sua despedida
Que fez sem se despedir.


Meu sonho se foi
Cansou-se de minha indolência
Que o estava matando
Meu sonho sonhava por mim
Enquanto eu me via descansando.


Demorei a sentir sua ausência
Posto que, não o observava.
Dormia profundamente, quase morto.
Enquanto meu sonho devaneava
Buscando meu melhor
E dia a dia me vendo pior!


Meu sonho acordou
Já era mais do que hora
Havia passado o momento ideal
Eu que nunca sonhava
Via tudo muito igual
Tampouco sonho agora
E nem lamento o fato
De o meu sonho ter ido embora!


Lemos
05/09/2016








domingo, 4 de setembro de 2016

Sou Rei!

Ainda tenho!
O meu belo quintal
Com laranjeiras em flor
Ainda tenho!
Minha blusa surrada
Da qual gosto demais
E não troco por nada
Ainda conservo!
Meu velho sorriso amarelo
Que me move na vida
Para novas empreitadas.



Ainda tenho!
Alguma fé...
Mesmo vendo o mundo
Do jeito que é
Não busco me enganar
Mas, tendo meu quintal.
E minha bela família
Ainda ouso sonhar
Ainda tenho!
Amigos de verdade
Mesmo que, distantes.



Pois, para o coração.
Nenhuma distancia...
Pode ser o bastante
Para dissolver o amor
Nem para apagar
Da amizade o valor
E mesmo vendo...
O universo se deteriorando
Ainda canto qualquer coisa
De vez em quando.



E mesmo quando
Tudo parece sem jeito
Ainda encontro um modo
De respirar esperança
Ali no fundo o meu quintal
Que me remete...
Aos meus tempos de criança!
Onde ao morder...
Uma pequena goiaba
Todo meu temor se acaba.



Dando vez...
A uma página branca
Onde novo parágrafo
Põe sequencia na história
Que bela ou não, algum dia...
Será a minha biografia!





Lemos
04/09/2016


Conversa fiada!




Desistir jamais!
Isso é pura conversa fiada
A teimosia é burra!
E, amiúde não leva a nada.
Nem a lugar algum
Já desisti por inúmeras vezes
Sem prejuízo nenhum!



Desistir sim!
Quando se faz a opção errada
Ou, quando nada promete.
A antes tentadora estrada
Não tem cabimento prosseguir
Em empreitada já falida
Deixa-se de empreender
Novo projeto e vida.




Lemos

04/09/2016

Indo e vindo!




Sem sede de procura
Agora!
É só comprar remédio
Comprar comida...
Comprar mistura.
Levar e buscar os netos
Ir às reuniões da escola.


Saudades!
Das noites aventureiras
Das mulheres festeiras
De um tempo em quê...
Assim como agora.
Não fazia planos
E mesmo assim...
A coisa andou.


E agora me vejo
Do jeito que estou
Resignado...
Mas, não acostumado.
Com os desígnios da sorte
Mesmo assim!
Não conto com a morte
Para agora, tão cedo.


Já vi mortes estranhas
Que me causaram certo medo
E segui aprendendo a vida
Sem acatar suas lições
Tendo em cada dia
Um novo motivo
Para me felicitar ou maldizer
O fato de ainda estar vivo.


E de desgosto em desgosto
De saudade em saudade
A dura convicção
De que há muito
Já passei da metade
E a constante ameaça
De que o próximo passo
Poderá ser o derradeiro.


E emoção e a serenidade
De saber que o inacreditável
Pode ser o mais verdadeiro
Por isso, não fujo!
Pois sei que de nada adianta
Já fugi algumas vezes
Mas, não me poupei da dor.
Pois o perigo me esperava à frente
Como nos filmes de terror.


Porém, nunca foi o fim
Às vezes eu o atropelava
Outras vezes ele...
Passava, ele, por sobre mim
Deixando em algumas escoriações
Uma centena de lições
Que aprendidas, não as absorvia
Como seria aconselhável
De tudo isso pude deduzir
Como a vida pode ser admirável.
Por vários pontos de vista.


E, ser feliz ou infeliz
Não tem forma de sopesar
Tem cargas que se abandona
Outras se agregam ao ser
Aprendi que ninguém se vai
Deixando cumprido o dever
Ou fazendo deixar de ser...
Vã, a filosofia!


Vou dormir!
Pois há a possibilidade
De um próximo dia!


Lemos
04/09/2016


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Não é assim!





Na real!


Agora!
No país de encantos mil
Quem quiser protestar
Tem que ter...
Coragem para apanhar
E nenhum medo de morrer.


Foi instituído o antigo dever
De permanecer calado
Pelo mal e pelo bem
E a eterna resignação
De cabisbaixo dizer amém!

Lemos

02/09/2016

Pesadelo!


O mau menino...
Ganhou uma fazenda de brinquedo
E foi pra China se vangloriar
Vendeu-a de porteira fechada
Por uma ninharia
O sonho durou...
Apenas uma viagem
Logo no primeiro dia!


E seguiu devendo...
Tinha mais gente querendo
Comprar nosso céu anil...
De um só GOLPE!!!!!!!!!

Lá se foi o meu Brasil.


Lemos
02/09/2016

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Democracia!





Chamam Democracia
Um lugar!
Onde somos obrigados a votar
Sob a ameaça
De vermos morrer
Nossos poucos direitos
De ser humano e de cidadão
A Democracia com a qual...
Sonhamos um dia.
E que não dura...

Até a próxima eleição!


Lemos
31/08/2016

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Nenhum dos dois





Sei sonhar!
Mas, aprendi a acordar.
E me adaptar
À temperatura da realidade
Sei viver um sonho
E até mesmo...
Prolongá-lo um pouquinho
Para acordar bem
E seguir minha história.



Sem jamais pensar em desistir
Da missão que abracei
Ou que me foi imposta
Pelo material
Ou ditada pelo espiritual
Não desdenho e nenhum dos dois
Pois ambos fazem parte e mim
E vivem se alternando
Entre começo e fim.



Mas, nenhum dos dois se acaba.
Antes que se acabe a vida
Que venha, então, a realidade!
Depois de uma noite bem sonhada
E melhor dormida!



LEMOS

11/08/2016 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Meu desgosto




Meus passos
Seguem escrevendo
E contando minha história
Em alguns dias rapidamente
E no momento mais devagar
Posto quê...
Já não há tanto para contar
Daqui para frente!

Poucos prantos a serem chorados
Poucos sorrisos a serem dados
É o que me diz meu coração
Já não vibro diante a beleza
Já não me consome a tristeza
Nem me é apurado o paladar
Apenas meus passos me denunciam
Não mais me agrada falar.

Já fui muito desmentido
E bem pouco acreditado
Uma vez que dizia verdades
Que não eram interessantes
Ao mundo interesseiro
Já passei da metade do meu tempo
E não estou e nem me sinto inteiro.

Meu sorriso é fictício
Meu desgosto.
Esse sim...
É verdadeiro!


Lemos
09/08/2016



Sigo vivo!




Já faz algum tempo
Que não lhe vejo
Nem por isso morri
Desapareceu!
Porém, continuo aqui
Nem mais nem menos eu
Contudo, ainda seu.


Seu!
Mas, com algum orgulho.
Saudades!
Anseios mentirosos...
Por abraços enganosos
Que nunca me pertenceram
Mas, cujos feitiços permaneceram.
Dentro de meu coração.


No entanto, minha alma
Caminhou sobre espinhos
E agregou-se alguma razão
Não me felicito...
Por não me sentir Feliz
Não me parabenizo
Por ser seu amigo.


Que foi o que me restou
Até mesmo por imposição
Dessas que a vida nos dá
É caprichoso o destino
Mas, ninguém nasce pra ser só.
E o tempo...
No seu devido tempo
Dá conta do recado.


Não choro sua ausência
Seria um imenso pecado
Contra a minha dignidade
Ainda lhe amo!
Nada pode abafar essa verdade
Que ainda prevalece
Porém não a ponho sob holofotes
O mundo é uma cornucópia
A cada época, novo pacote.


Por isso ainda espero
Por algo significativo
Mesmo não vindo de você
Por isso continuo vivo!



Lemos
14/07/2016


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Audaz!





Era audaz! 
Mas, não se precavia.
Detestava caldo de galinha
E não sabia o que era prudência
Sabia onde se escondia o perigo
Mas, não se escondia dele
Nem se desviava o caminho
Medo para ele não existia
Dizia sempre que a morte
É consequência do viver.



Recusava ensinamentos
Dizia ele:
-Se vamos todos morrer...
Então para que saber
Os segredos da vida?
Ou do mundo moderno?
Afirmava com convicção
Que todos, um dia...
Estaremos reunidos no inferno
Onde não haverá nem beijos
E tampouco abraços.



Por isso!
Detestava gestos de afeição.
Respeitava à sua maneira
E dessa forma queria ser respeitado
Viveu longamente apesar da truculência
E morreu dignamente
Em um ensolarado dia
Muita gente chorou
O filho da mãe...
Era amado e não sabia!



Lemos
05/08/2016





terça-feira, 2 de agosto de 2016

De repente!





Não bastaria!
O que tenho a dizer
Por isso não me aproximo
Aprendi a reconhecer
O que significa impossível
Então vou me deter
Diante da necessidade
De lhe levar alguma luz
Que fatalmente me apagaria
De qualquer mapa.



Não me ouviria!
Sequer me vê como pessoa
Fico apenas no desejo
Pois não seria coisa boa
Dirigir-me até você
Para lhe mostrar qualquer caminho
Que não seja o que escolheu
Portanto, vou me quedar aqui.
E a contragosto convencer-me
Que jamais lhe vi.



Lamento por sua sorte
Mas, não abomino o dia.
Ensolarado em que a conheci
Nem a esperança que representava
Com imensa maestria
Sonhei com um mundo melhor
A partir daquele dia.



Mas, o que era doce.
Bem pouco durou!
Lembro-me que rapidamente...
Você sem qualquer pudor revelou
O seu lado obscuro
Entretanto, ainda alimentei.
O sonho de felicidade
Mas nenhum devaneio engana
Quando o pesadelo é de verdade.



Mesmo assim desejo-lhe boa sorte
Mesmo que não a mereça
Apenas pela lembrança de um tempo
Em que possuiu minha cabeça
E tudo que a acompanhava
Na época não resisti
De tão louco que eu estava
Hoje pensei em lhe falar
Das promessas negras do seu futuro.



Contudo não se malha em ferro frio
Nem se põe de pé um saco vazio
Deixo a você meu melhor pensamento
E alimento o desejo
De que acorde a qualquer momento
E que seja de dentro pra fora
Que volte a ter sentimentos
Arrependimento tem sua hora
Quero crer que de repente
Tenha um repente de ser gente!


Lemos
02/08/2016