Powered By Blogger

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Louco.




Tem alguém
Debaixo do trem
Que se atirou
Ou que!
 Alguma pessoa empurrou
Com ou sem intenção
Dentro ou fora da razão

Ou talvez alguém
Que embriagado
Louco...
Ou até mesmo desnorteado
Acreditou ser ali
Um bom sítio, para se dormir.

Não gostaria de ficar aqui
Esse cotidiano me causa depressão
A vida sendo banalizada
A ponto de um alguém
Dizer porque, e a que vinha
"Tira ele debaixo do trem
pra liberar a linha".

Triste sei!
 Que quando a linha for liberada
Cada qual seguirá seu caminho
Sem lembrar-se de nada
Dura a vida, triste a morte
Mesmo sendo, fava contada
Vida é moinho, vida é estrada!
Moer ou ser moído.
Vida! Cantada e chorada.


Lemos


Vinte e oito de fevereiro de dois mil e catorze.





Não mentia.




Quando eu passava na sua rua

E você me chamava de seu

E eu respondia que não

Não mentia...

Era o que dizia, meu coração.


---------x---------



Hoje, depois de tantos invernos

E tantas águas debaixo da ponte

Muito distante da sua rua

Continuo sendo, o mesmo eu.

Não mais, me chama de seu.


------x------



Entretanto, agora sou seu.

Pois não tenho outro pensamento

Que não esteja preso ao passado

É só fechar meus olhos

Para vê-la, aqui ao meu lado!





Lemos

Vinte e oito de fevereiro de dois mil e catorze.



quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

De quando em vez.

Ver para crer
Ou:
Crer sem precisar ver
Depende:
De quem
De quando
De onde, e de porque.
O que não impede
De se arrepender!

Razão!
Aquém do coração
É saber dizer não
Não nos torna popular
Entretanto:
Não traz, conta a pagar
De quando em vez
Pode-se, até relevar!

Já deixei meu couro
Pendurado em uma porta
A minha espinha, antes ereta
Hoje, encontra-se torta
Por isso, não ando em linha reta
Alguma convicção está morta
Partiu no caixão
De algum herói ou vilão.



Lemos 

Vinte e sete de fevereiro de dois mil e catorze.








São o que são.


Medo!

O pássaro para de cantar
Ao ouvir, o piado do gavião
Que caça para comer
É esse, o seu destino
Do qual não se desvia
Senão; a sua espécie
Não mais existiria.

Quanto ao outro pássaro
Tem na mudez, a sua defesa
Mas nem sempre percebe
A indesejável presença
A tempo, de calar ou se esconder
Assim o é, e assim tem que ser.

As coisas, são que são
Não cabendo questionamento
Na natureza, tudo tem seu lugar
E também, a sua hora
Espécies se extinguindo
E, outras tantas evoluindo.

Metaforicamente...
Também temos, nosso gavião
Entre, outros tantos predadores
Entretanto, atravessamos milênios
Mudando conceitos e valores
Melhorando aqui, e piorando acolá
Segue a humanidade:
É ver no que vai dar!


Lemos vinte e sete de fevereiro de dois mil e catorze.





quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Pra lá de torta.





Num canto
Tomado pela tristeza
Sem qualquer encanto
Sem prosa, sem verso
Sem canto!

Dominado pela depressão
Abandonado...
Pelos amigos
Que nada eram
Além...
De pessoas conhecidas
Que foram:
Cuidar, de suas vidas

Acabou seu canto
Hoje só quietude
E muito pranto
E...
Mais pranto...

Saúde plena?
Coisa do passado
Fé!
Há muito que se foi
Quem mandou por?
O carro, adiante do boi

Jamais ouviu.
O que a velha vó
Tinha a lhe dizer
Hoje!
Só lágrimas
O que resta fazer?

Empenou a vida
Está, pra lá de torta
Quanto à boa Inês
Há muito que está morta
Correr, pra onde?
Bater, em qual porta?

Já vi o filme.
E posso dizer
Que nada acabou
Prós e contras
Coisas da vida
Já dizia Gabriel:
“Pra quem sabe olhar para trás”
Não há, beco sem saída!



Lemos vinte e seis de fevereiro de dois mil e catorze.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

De igual pra igual



Eu pensei que podia sozinho
E segui apressado
Arredando as pedras
Que encontrava no caminho
E assim fui acreditando
Ser o rei independente
E bem firme fui pisando
Em coisas e também em gente
Não almejava recompensa
Pois sentia-me recompensado
Pela minha saúde minha ousadia
E minha duvidosa valentia
Mas o caminho foi-se estreitando
A saúde foi minando
A ousadia, foi embora
Juntamente com a valentia
Agora depois de tanto tempo passado
já me doí a solidão
E não me vejo recompensado
Hoje penso o que não pensava
Já não consigo correr
Nem ver o caminho a frente
Até mesmo já considero morrer
Como uma saída decente
Da longa estrada que sonhava
Já antevejo o final
Nenhum semelhante me olha
De igual pra igual
Bem feito pra mim
Que me julgava o tal!
Agora sei:
Que prepotência pode ser fatal!


Lemos vinte e cinco de fevereiro de dois mile catorze.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Não me abraça.




Deu sua opinião

Não discordei.

Mas interiormente:

Não concordei.


Não discordei!

Não concordei!

Também, não briguei.

Como era de costume

Aceito as coisas

Do jeito que são

Embora, não me acostume

Engulo o amargo remédio

Entretanto a tristeza

Não me abraça

Tampouco, morro de tédio.

Aprendi a dar valor

E também a preservar um amor

Mesmo que conturbado

Menos mal, com você.

Do que só

Ou pior acompanhado

Talvez você, do seu lado.

Pense de mim o mesmo

Melhor ter um amor

Embora, um tanto desajeitado

Do que viver á esmo.





Lemos


Vinte e quatro de fevereiro de dois mil e catorze.



domingo, 23 de fevereiro de 2014

Besta-fera






Na velocidade

Do sonho

Onde bater

Não é medonho

Na simplicidade do sonho

Onde estudar

Não é enfadonho

Onde comer demais

Nenhum mal faz

Onde ousar

  Não traz conta a pagar

Na impunidade do sonho

Onde quem rouba

Passa batido!

No sonho não há bandido

Não há besta-fera

Pois ao acordar

Tudo volta ao que antes era!


Lemos


Vinte e três de fevereiro de dois mil e catorze.

De poucos segredos




Minha alma

Sem senão

Sem medo

Sem ainda é cedo

Sem escuridão

Minha alma

Ora dura

Ora calma

Sem caminho aberto

Sem mentor

Sem rumo certo

Minha alma

Minha palma

Minha história de vida

De lutas inglórias

De poucas:

Porém grandes vitórias

De poucos segredos.

Minha alma...

Às vezes pura

Outras tantas, sacana.

Contudo sempre ciente

Que ao Pai...

Jamais se engana!





Lemos

Vinte e três de fevereiro de dois mil e catorze.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

O que fazer, então?


Tudo que não presta

Aprendo sozinho

Pois segundo as pessoas

Todas elas!

Só ensinam coisas boas...

E eu que em matéria de lixo

Sou autodidata

O que mais posso ensinar?

Que exemplos, tenho a dar?

Durmo cedo e tenho razão

Acordado:

Aumento minha coleção

Aprendendo mais e mais porcarias

Tenho várias crianças para educar

Mas como?

Se nada de bom tenho a ensinar

O que fazer, então?

Confiá-las ao mundo que sempre está

Coberto de razão.


Lemos

Vinte e dois de fevereiro de dois mil e catorze.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Pai nosso!







Quem é você?

Que se apresenta tão altiva

Dando a impressão

De ser um ser incrível

Quem é você?

Assim tão sonhável

Assim tão intangível

Tão perto, tão admirável.

Será verdade, que é intocável.

Sendo intocável, será a primeira.

Não conheci ninguém

Em minha vida, quase que inteira

Pois já vivi, bem mais que a metade

Por vezes vi desmoronar

Minha maior verdade

E agora na iminência do fim

Aparece você

Tal qual a bela esfinge

Talvez não a decifre

Nem me adiante, sequer um passo

Estou hipnotizado, mas curioso.

Acredito em final feliz

Mas entre decifrar, ou ser devorado.

Às vezes está-se por um triz

Podendo, mesmo, ser o próprio algoz

Mas, não iria em paz comigo

Sem ao menos ouvir

O som de sua voz

Pode até, me levar ao além

Porém, não antes de dizer seu nome!

Entretanto, pelo sim ou pelo não.

Fica aqui o que poderá ser

Minha ultima oração.



Pai nosso.......

Lemos


Achando ser o fim.





Dezenove de fevereiro de dois mil e catorze.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O mundo lá fora.




A decisão foi tomada

E olha, que já faz tempo

Mas a ação definitiva

Espera seu momento

Não sei, se por comodismo

Ou se por covardia

Posso até morrer

Antes do glorioso dia

Já tenho pronta minha verdade

Que hoje é bem diferente

Da que antes via

Por mais que vida peça

A alma, sempre mente

Não acompanha na hora de ir

Assombra-se, no momento de partir

Acontece, que não mais estou

Embora, ainda ocupe o espaço

Por vezes:

 Não me lembro quem sou

Nem respondo, pelo que faço

Desde pequeno sou assim

Não ando no caminho que traço

Deixo os momentos se desfazerem

Pela ação do tempo.

Jamais os desfaço...

Deixo, a porta entreaberta

Para ver o mundo lá fora

Aventando a possibilidade

De que, o pesadelo vá-se embora!


Lemos nada entendendo.

Cinco de fevereiro de dois mil e catorze.