Powered By Blogger

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Onde o doce pode se acabar

 


O sonho, precisa ter limite

Aquele que se sonha acordado

Aquele onde só se quer

A lei da vantagem 

Onde, o bom e o melhor

É sempre a prioridade

 

Sem limites para sonhar!

Diz respeito, a outro sonho...

O que se sonha dormindo

Embora, se vá com o acordar

Esse não permite interação

Até porque não tem previsão

E tampouco qualquer roteiro

 

Ele chega de mansinho

E toma conta da situação

A qualquer momento

Ele pode, mudar sua direção

Onde o doce, pode se acabar

Ou o tormento, virar grande festa.

 

Sonho, a ser sonhado dormindo

Ou sonho, para sonhar acordado

Acredito que, o sonho dormindo

Venha de dentro da alma.

E que o sonho desperto

Seja cria do egoísmo

Pois, dentro dele não há

Presença relevante de pessoas.

 

Embora os dois, se sonhe sozinho

Ambos, podem se distorcer no caminho.

Um, se finda ao despertar

O outro, pode ser infinito

E não, raramente desesperador

Diante da resposta da vida.

O do sono, às vezes é reparador

Pois o despertar seca a ferida

E desfaz,qualquer agonia interior!


 

Lemos

28/09/2022

Tarde.

 

 

 

 


segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Sobre amor e dor, a rima mais antiga

 


Para falar de amor

Não é preciso ter amado

Para falar de dor.

É desnecessário ter sofrido

Está cheio de exemplos

Por esse mundo afora.

 

Para viver o amor

Tem que tê-lo dentro de si

E por um grande período

O ter, regendo seus sentimentos

Quanto à dor, tem que a sentir

Para saber como ela é

E falar com propriedade.

Afinal!

Nem tudo que os olhos veem

Reflete a realidade.

 

Lemos

26/09/2022

 

Noite.

 


Ser idoso não basta, tem que ser miserável.

 


Não basta ser idoso

Isso, ainda não é o suficiente

É preciso algo a mais

Para ter, um suposto reconhecimento

Tem que ponderar o imponderável

Se quiser ter algum entendimento

Velho! Eles chamam de melhor idade

Mentira escandalosa, até para eles

Que chafurdam na miséria alheia

E andam em carros luxuosos

Mas, aquele que trabalhou uma vida inteira

Para enriquecer os patrões e o país

Não merecem um honrado final

Já que não existe final feliz

De vez em quando gosto de ver

As notícias do dia ou da semana

Para não ser pego de surpresa

O popular, último a saber

Mas, isso me deixa depressivo

Pois os que colocamos no poder

Vivem apenas para nos esculhambar

E torcem descaradamente

Para o cidadão idoso morrer

Não tem a sabedoria e nem a paciência

De sentar e esperar, o lógico acontecer

Bondosos, hoje dizem que vão devolver

A gratuidade no transporte público

Para os menores de sessenta e cinco anos

Porém, com algumas pequenas exigências

Estarem cadastrados em um sistema

Que prove as suas fragilidades financeiras

Pelo amor de Deus governantes!

Parem, com essas macabras brincadeiras

João Dória, não sentimos sua falta

Bruno Covas... Deus o tenha!

Não precisava, ter deixado esse triste legado

Não o condeno, é para isso mesmo

Que o governante é projetado.

E já sei que isso não vai parar

Fumaça e fogo, amiúde, andam juntos

O próximo alvo, será a farmácia popular

Remédios são itens caríssimos

Aposentados como assalariados

Não têm condições de comprar

Começo a me despedir dos netos

Já não alimento a ideia

De vê-los um dia se formarem

Menos ainda:

De assistir aos seus casamentos.

Governante, celebre a vida!

Com a certeza, que sua missão...

Será plenamente cumprida

Destruir sua própria casa

E criticar as guerras e misérias

De qualquer outro país.


E, sempre, e fielmente cuidando de:

Favorecer as elites

Entretanto, cuidado; até terrorismo

Precisa ter seus limites.

 

Lemos 26/09/2022

Noite.

 

 


domingo, 25 de setembro de 2022

Assimilando o golpe

 


Não gosto do termo, correr atrás

É uma confissão velada de estar atrasado

Ou der ter sido abandonado à sorte

Correr atrás, sempre me soou estranho

Talvez, por nunca o ter feito.

Dou o perdido, como perdido

Não corro atrás do ônibus

Ou, para tomar o trem

Trocando tudo isso em miúdos

Jamais na vida me vi correndo

Atrás de algo, ou de alguém.

Toda oportunidade que é perdida

Deve ser tratada como ocasião já ida

O tempo sempre segue em frente

Mesmo porquê pela lógica

Nada no mundo segue, senão adiante

Mas, sem liberdade de expressão

Passamos a ser assinantes

Da triste ironia da contemplação

Onde o mundo, faz e a gente assiste

Passivo, submisso e resignado

E não é exatamente esse tipo de resignação

Que põe a vida nos trilhos

Aceitar uma perda, não deve ser visto

Como fracasso ou prejuízo

É pensar na sequência do existir

E, elaborar nova meta

Ou abordar a antiga de maneira diferente

Aí quem sabe, a vida lhe de um retorno

O tal de feedback, palavra da moda

Que faz alguns, se sentirem mais importantes

Pelo simples fato de pronunciá-la

Seja, corretamente ou não

Mas, correr atrás no esporte é válido

Pois não dá para todos largarem na frente

Mas, no relógio da vida

Vejo tudo isso de forma diferente

Mas respeito os que correm atrás

Quase todos os santos dias

Por dormir um pouquinho a mais

O tempo, é uma das coisas

Que a pessoa deve saber respeitar

Afinal!

O relógio é imparcial e não perdoa

Abrem-se as cortinas

E o espetáculo se inicia

Quem perder o começo

E, quiser ver na íntegra

Tem que tentar no outro dia

Se ainda estiver em cartaz

Tempo de dever, tempo de lazer

Tempo de oração

Tudo tem seu lugar e hora

Tempo perdido nunca é recuperado

É máquina, sem possível conserto

Tentar recuperá-lo, pode dar

Em um desastre irremediável

O ideal seria assimilar o golpe

E esperar o round seguinte

Entretanto, para os que correm

Atrás do prejuízo ou do lucro

Eles tem, todo meu respeito

Pois cada um é cada qual

E merece viver do seu jeito

Que somente a vida e o tempo

Podem mudar ou não

Na existência, acredito

Que tudo tem a sua razão

Mesmo que seja didática

Ensinando-nos o que se deve

E o que não se deve fazer

Um tombo ou uma trombada

Podem mudar uma trajetória

Seja ela certa ou errada

Mas, no final sempre teremos...


Uma história!

 

Lemos

25/09/2022

 

 

 

 

 







sábado, 24 de setembro de 2022

Marca de fazendeiro

 


Mau aluno, porém, bom aprendiz

Assim era visto pelo mundo

Quase que autodidata

Dado à velocidade com que aprendia

Disciplina, não era o seu forte

Tinha um gênio praticamente indomável

Que ao meu ver era sua marca

E o que ele tinha de melhor

Quando necessário, se vergava

Mas, forte que era, nunca quebrava.



Bom aprendiz, mau aluno

Porém, dono de sua existência

Eram poucas as regras que seguia

Mas, só quando não havia escolha

Rebelde, mas jamais indolente

Mil tombaram ao seu lado

Contudo, como bom sobrevivente

Não abandonou suas promessas

E nunca perdeu a sua fé.



Aprendia o que julgava precisar.

Refugava o lugar comum

Que via, como marca de fazendeiro

Gravada a ferro quente

Como uma fatídica tatuagem

De impossível remoção

Mau aluno, bom professor

Muito do que agora sei

Foi com ele que aprendi.



Não herdei seu gênio de gladiador

Entretanto, aprendi a me cuidar

E por isso mesmo aqui estou

Empilhando, algumas dezenas de anos

Fujo das banalidades, assim como

O diabo foge da cruz

Se é que isso é verdadeiro

Com tantas vacinas, Butantã, Pfizer e afins

Pode haver alguma contra medo de cruz

Quem sabe, elaborada, a partir de luz!



Meu velho, osso duro de roer

E, dono de um enorme coração

Teimoso como a mais velha mula

Corajoso como um rei leão

Imenso como uma montanha

Dono da razão, estando com ela ou sem

Chutava a bunda dos dogmas

Que os homens de Deus impunham

Mas, nunca blasfemou contra o Pai

Que sabia, ser o único caminho.



Às vezes quando não havia jeito

Levava desaforos para casa

Ou, pelo menos, até as proximidades

Nunca teve medo de lutar

Porém, ele sabia perfeitamente

Dos filhos que tinha para criar

E criou a todos, com igual dedicação

E dentro das suas possibilidades

Todos cresceram e todos venceram

Pelo fato de estarem vivos e serem honestos

Quando muitos de seus amigos

Se perderam, ou já morreram.



Aprendi, que cada pessoa

Deve sempre manter a sua própria essência

E servir ao proposito para o qual...

Veio a este mundo imprevisível

Seguir os seus anseios, desviando-se

Caso seja mesmo algo necessário

Há pedras que não podem ser removidas

Havendo necessidade de contorná-las

Foi isso, que meu velho fez.



Removia os obstáculos possíveis

E se desviava dos que não podia remover

E assim, sempre chegava a meta

Nunca tentou buscar a perfeição

Pois perfeição, era ser padrão

E pensar dentro da famosa caixinha

Algo que nunca fez e jamais faria

Pois subserviência, fatalmente o mataria.



Morreu sim, como todo mundo morre

Mas, foi de morte natural

E um pouco mais novo, do que estou agora

Em seu tempo, as pessoas viviam menos

Não posso dizer que morreu feliz

Pois acredito, que ninguém sorri à morte

Só digo que morreu bem

Por ter vivido do jeito que quis

Com algumas ressalvas, é claro!

Algumas pedras, alguns amores

Certos governantes, padres e até doutores.



Sendo o mundo o que é

Não dá para ser feliz em tempo integral

Todavia, pagar por algum erro que cometeu

Dentro de sua própria iniciativa

É menos frustrante, do que seguir ideias alheias.

Menos radical que ele...

Às vezes, ouço conselhos, quando os peço

Mas, antes de segui-los ainda os rumino

Por um bom espaço de tempo.



Ele do seu jeito, eu do meu

Feliz por ter feito parte da vida dele

E tê-lo tido como parte da minha

Somos todos indivíduos...

Apesar disso sei, que a melhor caminhada

Nenhuma pessoa a faz sozinha!

 


Lemos


Domingo  25/09/2022

 

 

 

 


sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Sapato contemporâneo

 


Provérbios chineses e clichês

São parente distantes

Mas, apenas geograficamente

Pois afirmam suas verdades

De forma clara e natural

E às vezes se confundem

Quando proferidos no mesmo idioma.

 

 

Hoje pude comprovar um ditado

Que dizem ser popular

Muito usado nas redes sociais

“Amizade não tem preço, tem valor!

O óbvio, sendo dito com galhardia

Alguns dizem, só sendo verdadeira...

Reafirmando uma realidade

Não sendo verdadeira, não é amizade.

 

 

O mesmo, se dá com o amor

E com quase tudo nesse mundo

O que não é de verdade

Simplesmente não é aquilo

A que, se afirma e se propõe

Mesmo o que é dito pela primeira vez

Pode virar bordão ou clichê

Dependendo de quem falou ou escreveu.

 

 

Uma vez, o craque Romário

 Senador carioca e ex jogador

Disse, que Pelé calado era um poeta

Isso caiu na boca do povo

Nascendo assim um novo dito

Que perdura até os dias de hoje

Tornando-se uma dura homenagem.

 

 

Servindo, assim, em todos os tamanhos

Cabendo em qualquer personagem

Colocar o chapéu até onde o braço alcança

E não pôr os ovos em uma mesma cesta

Ditados bem elaborados

Que cabem em qualquer ocasião

E o macaco velho...

Que em cumbuca não põe a mão.

 

 

Tem também o apressado

Que sempre, come cru e quente.

Sapato contemporâneo...

Cabe no pé de muita gente

Dizem!

 Que amanhã será um melhor dia.

Terá, mesmo que caprichar

Difícil ser melhor, que o espetacular.

 

 

Hoje a vida me trouxe um presente

Aqui, no meu doce e humilde lar

Uma boa prosa com amigos

Verdadeiros, é mais do que claro!

Senão não o seriam.

Dormirei feliz o sono dos justos

E amanhã, certamente...

Meu sorriso será maior e melhor!

 

 

Lemos

23/09/2022

 

 

 


quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Naqueles olhos Claros

 


Ele fugia de algo, de alguém...

Ou de si mesmo

Não olhava para trás

Para não ser tentado

A voltar novamente

Como já havia feito antes

Seus olhos lacrimejavam

Mas, resoluto ele seguia

A contragosto, mas dentro

De sua plena convicção.

 

 

Já havia martelado em ferro frio

Para depois se ver frustrado

Habitando em seu próprio vazio

Já não tinha mais, seus dezoito anos

Como no tempo em que tudo começou

Contudo, trazia na alma cicatrizes

Do durante, e da forma como acabou

Não foi ele que escreveu

O seu tumultuado roteiro

Nem traçou seu difícil itinerário.

 

 

Apenas, seguiu os seus anseios

Dentro do sonho extraordinário

Espelhando-se naqueles olhos claros

Recebia o reflexo da promessa

De um mundo mais que encantado

Onde colheria os louros da vitória

De sua realização enquanto gente

Mas por mais belo, que seja o espelho

Inevitavelmente, ele sempre mente.

 

 

Mostrando os caminhos ao contrário

E mudando a rota do navio

Que aponta a proa para o sul

Quando na realidade vai ao norte

E foi por isso, que passou por anos

Comendo na mão, o que lhe era dado

Coletando erros e muitos enganos

Acreditava, estar em seu porto seguro

E sequer olhava, o mundo ao redor.

 

 

Não, ouvia as vozes das pessoas

Que em vão tentavam tirá-lo

De dentro do seu tolo devaneio

Acontece que quem ama muito

Só acredita na inveja do semelhante

E por isso mesmo, se submete à quimera

E se diz, realizado como gente

Envolvendo-se em uma rede invisível

Que se assemelha a um manto protetor.

 

 

Foi, exatamente, isso que aconteceu

Com aquele homem, que ontem vi fugindo

Sem querer, me vi naquela cena

Para os que disseram:

- Que sujeito alterado e louco!

Eu digo, que ao medo não se condena

E que o futuro pode ser medonho

Caso o pesadelo...

Não nos tire do sonho!

 

 

Lemos

22/09/2022


quarta-feira, 21 de setembro de 2022

No seu baú!

 





Em seu baú!

 

 





A velha guarda...

Guarda na memória

Toda uma história

De grande significado

De uma era que a seu ver

 Deveria ser festejada anualmente

Mas, ficaram apenas lembranças

Quase todos os outros já se foram.

Lamentam os que ficaram

Choram o desprezo, e ...

O não reconhecimento.

 

A velha, guarda em seu baú

As memórias de uma era

Onde havia um certo respeito

Pelos já avançados em anos

A velha, guarda em seu coração

As muitas dores

E alguns prazeres que a vida

Lhe trouxe enquanto vivia.

Pois hoje, já não sente a vida

E afirma, que já é vencido

O seu visto, e seu passaporte

Já está devidamente carimbado.

 

 

Canta hits do passado

Apenas para não chorar

Diz que ninguém aprende

As lições que o mundo ensina

Cita, o grande rui Barbosa

E declama em alto e bom som

Poemas de Cora Coralina!

 

 

A velha guarda, inúmeras reflexões

Que jamais ousou compartilhar

Mesmo quando parecia ser aceitável

Teme a todo o momento

Que as máquinas leiam seu pensamento

Que hoje são, o que ela realmente tem

Além, das tralhas em seu antigo baú.

 

 

Lamenta as obras inacabadas

E as paixões mal resolvidas

E os remendos mal costurados

Que hoje, a expõe para o mundo cão

Come uma jabuticaba, e resmunga

Que não tem o gosto de antigamente

Tempos sofridos, sabor diferente!

 

A velha guarda recordações

De um tempo que diz ter sido

Infinitamente melhor

Mesmo, sem tevê a cabo

Sem ar condicionado

E, sem farmácia popular

Sem gratuidade no transporte

E sem; o auxílio Brasil!

Mas, essa e a voz do passado

O apelo, desesperado pela nostalgia.

 

 

Há muito, não sou um menino

E logo será o meu dia

De aclamar Bartô Galeno

Reginaldo Rossi, Júlio Nascimento

Como fenômenos musicais

Não que não tenham os seus valores

Mas fenômenos, é um pouco demais.

 

 

A velha guarda! Uma época:

Histórica e muito musical

É obvio que não haverá nada igual

Mas, depois teve a jovem guarda

Que ainda hoje conta com alguns setentões

Teve a bossa nova, a Tropicália

Que encantaram muitos corações.

 

 

Porém, a história cuida disso

Por esse imenso Brasil afora.

Esse, espalhafatoso saudosismo

Fica para os livros e museus

As pessoas...

Essas, sempre se vão embora!

 

 

Lemos

Vinte e um de setembro de 2022.

 


segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O melhor lugar!

 





Sei de algumas almas que foram para lá

E, não me resta qualquer dúvida.

Quanto a mim, temo por não poder ir,

e me reencontrar com esses irmãos e irmãs.


Contudo, tudo passa pelo merecimento

E ainda vão rolar muitas águas

Talvez, alguma medida provisória

Ou um perdão oficial, por parte do Pai.


Brincadeiras à parte, fica o tamanho

Desse sentimento chamado Saudade

E os maravilhosos sonhos

Com esses anjos que olham por nós.


Onde os vemos, tal e qual

E acordamos, serenos

Para o novo dia que se inicia

E, não me canso de falar...


Se aqui, às vezes, nos parece bom:

o Céu sempre será...


O melhor lugar!


Lemos 19/09/2022



Balancete

 



Balancete

 

Nunca lavei a roupa que usava

Nem plantei ou cozinhei o que comi

Jamais varri o chão onde pisei

E sequer tracei algum mapa

Nunca li as bulas dos remédios que tomei.

 

 

Não me lembro de ter escolhido

Na vida, alguma parceira.

Mas nunca fiquei só..,

Por uma semana inteira

Não chorei leite derramado

Nunca busquei um culpado

Pelas reviravoltas da vida.

 

 

Tive ilusões, mas não foram perdidas.

Pois ao seu tempo foram substituídas

Sem entrarem para a minha história

Venci algumas batalhas...

Mas, jamais arrotei glórias.

Pois orgulho só enche o vazio

Como diz minha mulher amada!

 

 

Cem anos, pode ainda ser pouco

Diante da longa estrada

Que se abre à frente da pessoa

Que se queda, ou esbraveja.

Sobre as intempéries da jornada.

 

 

Nunca cozinhei o que comi

Nunca desdenhei do que aprendi

Com pessoas melhores do que eu

E que eu não via como tal

Mas, nem por isso me causou desconfiança.

E o respeito que demonstrei

Ainda é minha melhor lembrança.

 

 

Durmo bem quando tenho sono

E se não o tenho fico acordado

Jogando com meus loucos pensamentos

Que ora, me fazem sorrir.

Outras vezes, me trazem tormentos.

Que se dissipam ante a realidade

 

 

De que certo ou torto

Sou eu, e tão somente eu...

A minha única verdade

Que, amiúde, mente

Para minha alma:

 Que algo renitente.

Insiste em que eu

Encontre-me enquanto gente!

 

Lemos

 

20 05 2017

 

.

 

.