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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Vai ver















Tem razão ao dizer
Que o seu querer
É poder
Posso dizer que sim
Pelo menos:
Em relação a mim
Sou o que pode
Chamar de escravo
Planto, cuido e colho.
Também cozinho e lavo
Como, na sua mão.
Lavo o banheiro
Também limpo o chão
Você não pede
Você manda!
Você pisa
A coisa anda!
Sou capacho
Onde limpa
Seus lindos pés
Diga-me!
Com quem anda
Dir-te-ei quem és.
Andando comígo...
É, sinal de perigo.
À minha autoestima
Sua prepotência
Sempre me subestima
E resignado
Não penso em fugir
Não existe aonde ir
Não sendo
Em sua companhia
Longe de você
Não quero novo dia
Mesmo...
Que o amor me mate
Não o encaro como combate
Mas sim, como condição.
Como...
Razão pra viver
Sou seu!
Prazer em lhe conhecer!
O prazer e todo meu
Que sou!
E serei sempre seu
Haja o que houver
Venha o que vier

Lembra quando mandou-me
Embora?
Maldita hora!
Pedi pra deixar-me ficar
Não deixou!
Talvez, pra me ver voltar.
Voltei, quando você mandou.
Mande-me, partir novamente.
E pela primeira vez
Vai ver
Eu a lhe desobedecer!
Com a única intenção
De ficar apenas
Pra continuar, a lhe obedecer.

Lino


13/04/2014

foto - cambuci

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