Powered By Blogger

terça-feira, 27 de julho de 2010

O plenamente

Deixei a dor falar por si
E não restou muito de mim
Foi quando me fiz o favor
De não deixar falar a dor
Com tanto ardor
E ao censurar a voz da dor
Encontrei-me com mais amor
Para com minha pessoa
E foi assim que coisa boa
Começou a acontecer
Foi assim que pude ver
Que a vida por outra janela
Já me parecia algo bela
Não que a dor deixou de doer
Mas ao parar de remoer
Toda aquela minha tristeza
Meus olhos enfim se abriram
Para toda a beleza
Que pode ter a vida
Quando devidamente vivida
E sabendo; que o plenamente:
E algo que não existe
Já não me surpreendo
Nem tão alegre
E tampouco tão triste!

Lemos vinte e sete de julho de 2010.