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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Motoqueiro Fantasma





Tirar a baba do quiabo

Do weimaraner, o rabo.

A orelha do outro cão

Parece-me meio sem razão

Tirar o álcool da cerveja

Levar a dancinha, sem graça.

Pra dentro da igreja

Afasta o verdadeiro fiel

Deus que me proteja!

Cantar pra Jesus...

Música de péssima qualidade

É algo abominável

Triste realidade...

Com vocês irmãos, o funk de Jesus.

O rap para Jesus!

Dura forma; de se buscar a luz.


Beber pra se alegrar

Beber pra esquecer

Por que não?

Beber, por gostar de beber.

Vou indo a porta está aberta

Nem toda medida é certa

Nem toda razão é cabível

Nenhuma enrascada é tamanha

Num mundo de vampiros...

Batman e Homem Aranha

Motoqueiro fantasma

E muitos ainda por vir.

Ilusões criadas para distrair

E que promovem viagens

Ilusões, que por vezes...

Parecem ser palpáveis.




Lemos questionando.




Vinte e oito de janeiro de dois mil catorze.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Difícil ter razão




Difícil ter razão
Aos olhos do difícil irmão
Que sempre apõe um senão
Visando apenas contrariar
Irmão, que nunca procura agradar
Desses que andam por aí
Que parecem brotar do chão
Como exército de zumbis
Daquele jogo infame
Que presenciei, mas não joguei
E nunca haverei de jogar
É como o infortunado irmão
Que jamais alguém irá agradar
Pois nasceu para chatear e encher
Lamento o maldito dia
Em que paguei pra ver
Hoje; bastante calejado
Já não procuro aprovação
Seja lá de quem for
Esposa, mãe, pai:
E, menos ainda de irmão
Certo ou errado, faço meu caminho
Acertando, ótimo
Mas errando, que eu erre sozinho!
 
Lemos convicto.
 
14/01/2014
 

domingo, 12 de janeiro de 2014

Serventia da casa




De amanhã em amanhã

Foi que cheguei ao agora

E vejo, ser mais que hora

De mudar a sina.

É no dia dia:

Que a vida ensina

A pessoa a se conhecer

E a se merecer

Como ser humano

Filho de Deus que é

É no tropeçar que se aprende

A sopesar e mensurar a fé

Acreditava conhecer-me plenamente

intitulava-me como "Boa Gente"

E na verdade não era tão bom

Nem assim tão ruim

Entretanto o nosso caminho

Não se mostra por si só

Mas, amiúde se insinua

Serventia da casa, é a porta da rua

Frase que  minha mãe não se cansava

De repetir e repetir

Quando algum dos filhos

Demonstrava descontentamento

Frase de efeito!

Que paralisava qualquer movimento

E assim frustrava um possível motim  

Amanhã novo amanhã

Se eu não acordar

Hoje terá sido o meu fim!


Lemos 12/01/2014.



Entre um e outro lamento





Minha sabedoria!
Rendeu-se...
À dura verdade
De não saber o suficiente
Para viver e ser gente
Não basta ter conhecimento
Parcial ou geral
É preciso um pouco mais
E mesmo crendo
Que tudo estava sabendo
Deixava muito a desejar
E precisava saber ainda mais
Precisava menos ver
Precisava menos saber
Para então, aprender
A arte:
De viver em paz
Foi gritando aos quatro ventos
Minha suposta sabedoria
Que tomei vários banhos
De água quente e também fria
E entre escaldado e enregelado
Entre um e outro lamento
Aprendi a ser um pouco mais lento
Sei que querer tudo, não dá
Sei, agora, que pleno não há
E que há varias maneiras
De se chegar lá
Sei que lá, pode ser aqui e agora.
Que pode ser um pouco adiante
Meta! É lugar e hora
Pode ser o lixo que se joga fora
Para engatar novo ideal
Sei que por dura que seja a lida
Sabedoria é dar um jeito
De sempre achar uma saída.

Lemos resignando-se com as limitações.



Rio grande da Serra 12/01/2014