Powered By Blogger

domingo, 28 de junho de 2015

Medo!




Por ser...
Pássaro assustado
Não mergulhou
Naquele abraço
Sabia que do fundo
Não voltaria jamais
Já havia passado
Por algo parecido
E antevia o resultado
De se doar totalmente.



Sabia o que era
Começar novamente
E ao ver os braços abertos
Chamando-o imperiosamente
Tremia dos pés à cabeça
Relembrando a despedida
Não foram benfazejos
Os beijos e abraços
Que lhe deu a vida!


Lemos

24/06/2015

1000





Seguir!
Pela estrada escolhida
Não consistiu...
No grande...
Acerto de minha vida.
Foi quando o ímpeto
Atirou-me fora dela
Que a vida...
Principiou bela
Não aceitei conselhos.



Preferi errar...



Ou acertar sozinho
Isso me deu sabedoria
Para compreender
E também empreender
O melhor caminho
Assim que o vi!
Não fosse desse modo
Sequer estaria aqui!


Lemos

28/06/2015

sábado, 27 de junho de 2015

Feliz!


Não acho bonito, nem feio...
Ser feio!
Acho feio demais...
Ser horrível
Por pura convicção.
Em pleno sábado de sol!


Lemos 27/06/2015

Venho por suas mãos!






Boa Noite!

Chego hoje nessa casa
Com a alma limpa
As mãos...
Praticamente vazias
E a consciência tranquila
Venho a convite
De alguém...
Além de especial.



Com quem...
Muito tenho aprendido
Pois esse alguém
Não precisa cuidar
Das coisas que escreve
Que faz ou que diz...
Pois suas palavras
Assim, como suas atitudes
Brotam da sua alma
Que é manancial
De bondade e sabedoria!

Meu humilde e sincero abraço
Para...

Maria Del Socorro Duarte!


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Implacáveis!





Minhas defesas
Foram reforçadas
Mas, mesmo assim
Você entrou de novo
Em minha vida
Talvez...
Uma chave esquecida
Em algum canto.



Quem sabe!
Uma tranca corrompida.
Pela eloquência
Que tem a paixão.
Tomei as precauções
Todavia, mesmo assim
Você entrou!



Com suas lições
Nada admiráveis
Porém!
Implacáveis e...
Intermináveis!



Lemos

26/06/2015

Excesso de futuro


Por pressa!
Perdi a paisagem
E cheguei cedo demais
A festa não tinha começado
Por ter pressa fiquei
Tomando sereno e...
Destilando veneno
Por ter pressa
Não aprendi o caminho
Nem ouvi a verdade.



Por ter pressa
Chutei o traseiro
Da minha sorte
Mandando pra longe
A promessa...
De felicidade
Mesmo assim não controlo
O meu excesso de vontade
Excesso de futuro...
Cujo nome é ansiedade!


Lemos
26/06/2015


Nada disse!





Ei!
O que você leva aí
nessa mochila surrada?
Pela sua cara de assustado
Não pode dizer
Não ser nada...
Pode dizer não ser
Da minha conta
E terá toda razão.



Respeito sua individualidade
Mas podia ao menos
Respeitar minha curiosidade
Que sempre satisfiz a sua
Em nome da boa amizade
E da camaradagem
Mas se quer assim
Tudo bem, eu aceito.


Mas, nunca mais me chame
De amigo do peito
Dito isso...
Virou as costas e saiu
O outro nada disse
Apenas e tão somente sorriu
E foi levar sua contribuição
Para o desempregado
Ao qual faltava o pão.


Ajudar sem publicar
Ensinar sem dar sermão
Não se sentiu ofendido
Seu nome era discrição!



Lemos
21/06/2015


Esquecido!






Preciso sofrer mais
Para aprender a ser gente
O muito que sofri
Não foi suficiente
Tanto é!
Que entrei no mesmo buraco
Ou sou...
Esquecido!
Ou imbecil...
Ou, então, muito fraco!
Que venha a dor
Para me consertar no amor!



Lemos

26/06/2015

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Medo da chuva!





Uma casinha na colina!
Uma mulher desnutrida
E uma menina catarrenta
Um cachorro esfomeado...
E um grande medo da chuva
Que me lembra
O que aconteceu

Há um ano atrás!


!

Amo la sombra y la oscuridad (Drácula de Bram Stoker)



Dizem-me louco!
Mas, o que fazer?
Se é...
No escuro que me vejo
E na solidão que me encontro
É afastando-me que vejo
O mundo com mais detalhes
Pois é de longe!
Que entendo ao menos um pouco
Os sentimentos das pessoas
Que em vão tentam se aproximar
Talvez por empatia
Talvez, por curiosidade.



O meu rótulo de Tipo estranho
Gera um interesse sem tamanho
O que me afasta ainda mais
Da louca sociedade...
Que me intitula louco
Posso até ser louco
Mas um louco do bem
Oitenta e nove anos
E não matei nem devorei ninguém
Não me escondo em nenhum buraco
Não coloco criancinhas...
Dentro de um saco
Como diz o folclore popular.



Respeito a humanidade!
Mesmo tendo...
Mais itens a respeitar
Penso comigo mesmo
De maneira quase que constante
Quem não respeita seu planeta
Não respeita seu semelhante
Que tem peso diferente na balança
Posto que a cada dia
Morre pouco a pouco a semelhança
Com a qual um dia foi criado
O próximo já não é tão próximo
E no entanto me condena
Por permanecer afastado.



Sendo que o apartado
Não se envolve em briga
Não promove a  desunião
Nem  é causador de intriga!
Por pouco falar não digo
Palavras ofensivas...
Ou, mesmo, constrangedoras.
Por amar a solidão
Não pronuncio frases acolhedoras
Mas aprendi!
A de vez em quando
Dizer palavras alentadoras
Para que assim o mundo
Sobreviva mais um pouco
Estranho desejo...
É por isso que me dizem louco!





Lemos 19/05/2015


Minhas atuais e inúteis verdades





Nunca mais fui o mesmo
Depois que saí dos holofotes
As pessoas já não chamavam
Pelo meu nome
Não me pediam autógrafo
Nem que posasse para fotografia
Ia eu diminuindo e desaparecendo
Dia após dia.



Meu andar vigoroso
Havia se tornado lento
Devagar também...
Ficou meu pensamento
Que não era pleno
Por estar ligado ao passado.



E, por conta disso.
Para não enlouquecer
Amparei-me na bebida
Foi quando alguém me disse
Ser um beco sem saída
Respondi que não pensava
Em sair para lugar nenhum
E continuei a me afogar
Na confortante aguardente.



Não sofri tanto
Dali pra frente
Por viver sempre alcoolizado
Não via a feiura da realidade
Não percebia o quanto
Estava me aniquilando
Nada via à frente!



Nem lamentava o que ficou
Jogado lá atrás
Não sentia sede e nem fome
Estava a ponto de esquecer
O meu próprio nome
Posto que ninguém me chamava
Ao menos pra perguntar as horas.



Meu Rolex havia sido trocado
Por algumas garrafas de cachaça
Naquela semana não senti frio
Mas minha alma
Desconfiada já se preparava
Tal o estado terminal
Em que me encontrava.



Deitado com a cabeça
Apoiada no meio fio
Dentro do silencio
De meu mundo vazio.
Esvaziado!
Pela minha imbecil vaidade
De acreditar que tudo podia
Por ser celebridade.



Estava ali, menos que nada.
Pois, o nada não atrapalha
E nem desprende mau cheiro
Sequer me lembrava
Que tive pela frente
Um mundo inteiro
De sonhos e possibilidade.



O mundo continuava ali
Mas intocável...
Diante das minhas
Atuais e inúteis verdades.
E ali atirado por mim mesmo
Na fria sarjeta
Resmunguei qualquer arenga
Sobre a coisa estar preta.



Foi quando!
Senti em meu pescoço
Uma suave respiração
Fui beijado na fronte
E levado pela mesma mão
Da qual um dia me desprendi
Segui mansamente
E não mais andei a esmo
Dali em diante.



Não voltei a ser o mesmo
Seria extremamente idiota.
Mas, fora do vicio voltei a trabalhar.
Ainda canto, mas apenas por gostar.
Depois que a vida me beijou
Não deixo a morte me abraçar!
Pois mesmo sendo chutada
A vida voltou para me beijar!



Lemos
24/06/2015


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Não faço as malas






Com olhar distante
E sem qualquer voz
Comparei-me comigo
Lá atrás
Quando ainda sabia sorrir
Quando ainda falava
Em algum futuro
No tempo em que havia
Algum horizonte a alcançar
Ou pelo menos sonhar.



Mas hoje!
Com o olhar perdido
Olho sem ver
E não ouso me pronunciar
Sabedor da minha voz
Não soar convincente
Não me apropriar...
Enquanto gente!
A insegurança me matou
Para o amor e para a alegria.



Não vejo qualquer diferença
Entre um e outro dia!
Não tenho pressa
Nem quero saber da hora
Não faço as malas
Por não precisar de nada
Quando finalmente for embora
Não há qualquer dor
Somente a apatia
De quem se deu por findo
E só espera o dia!



Lemos
11/06/2015