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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Obra prima do criador.

Cada um. É cada um
E ninguém é feliz!
É isso que meu coração
Nesse momento me diz
Não falta cobrança
Ao ente amado
Não falta desprestigio
Ao bom empregado
Todos querem monitorar
Contudo, ninguém quer.
Ser monitorado
O mundo a meu bel prazer
Mau humor.
Na hora do dever
É isso que todo mundo diz
Nas atitudes e no olhar
Mas não é sempre assim
No momento de falar
Todo mundo perfeito
Obra prima do criador
Entretanto; na hora H.
Pra onde vai o amor?
Que deveria ter pelo semelhante
É o imenso ego se mostrando
A todo instante
O ser humano se esquecendo
Do material com que foi feito
Não antevendo a hora
Em que ninguém; nem nada:
Poderá dar qualquer jeito.
Hora, em que não choverá.
Em sua verdejante horta
Momento em que a boa Inês
Há muito já estará morta
É bom olhar em volta
Manifestar algum carinho
É até mesmo sentir um pouco
Da dor, que sente o vizinho.
E volta e meia:
Alegrar-se com sua alegria
Não tendo colírio
Chegue mais perto
Ou então;
Use óculos escuros
É o que minha boa avó
Já dizia!
Já o disse também; um dia.
O velho e bom Raul
Lá do alto.
De sua imensa sabedoria!

Lemos vinte e seis de janeiro de dois mil e doze.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Quase além do além.

Falar de relação
Como se fosse simples assim
Como se relação
Fosse arroz com feijão
Relação é mais que um momento
Mais que uma amizade
Relação;
Vai além do casamento
Passa muito de laços familiares
Relação, é bem mais do que
Ser parente amante ou amigo
Pois começa a partir de si
Para consigo
Não é feita para se discutir
Muito menos para se sopesar
Pois não tem peso nem medida
Em algum momento:
Tem toda a grandeza da vida
Em outros, é mais leve que o ar
Depende mais de nós
Do que do mundo
Relação muda a cada segundo
Em um momento ri escancarada
Em outro; é silencio como o nada!
Pra quem, não se encontra
O mundo é perverso
Para se relacionar bem
É preciso se enxergar
Nesse imenso universo
É necessário:
Dar o melhor de si
Para se ajustar bem por aqui
Com seus pais, com seus amigos
E, até mesmo, possíveis desafetos
Se até hoje nem o Salvador
Foi unanimidade
Como pode um simples mortal
Ser o dono da suprema verdade
Relação é acima de tudo
Se gostar sem inflar
Ás vezes até se anular
Para depois voltar
E pela sua serenidade se fazer respeitar
Relação é dormir e acordar
Tendo o que fazer, e o que dizer
Relação é sentir alguma dor
Mas não morrer antes do prazo
É guardar, a vida da flor
Pois com barro, se faz outro vaso
É não criar uma obrigação
Nem ser todo; desatenção
É; olhar para o horizonte
E ver o semelhante como irmão
É alegrar-se, com quem se alegra
Entristecer-se, com a tristeza do vizinho
É falar calmo, mesmo estando tenso
Que a serenidade, logo vem
É respirar; o ar que vem de Deus
E; à sua vontade:
Sempre dizer
Amém!

Lemos sete de janeiro, de dois mil e doze.

domingo, 1 de janeiro de 2012

E daí?

Não apreciei os fogos
Aliás, nunca apreciei.
Não fiquei acordado
Até o sol nascer
Telefone? Não atendi
Posto quê:
Estava dormindo
Réveillon? Nunca curti!
Nem haverei de curtir
Enquanto me entender
Como gente
Sou chato.
E daí?
Pelo menos:
Não perturbo ninguém
Ao contrário; sou perturbado.
Mas como sou racional
Respeito o direito
Que a pessoa tem
De perturbar o vizinho
Tapo os ouvidos
E durmo:
Quieto
E por enquanto, sozinho.
E de manhã ao sair
Para comprar o pão
Deparo-me restos de fogos
E poças de vômito
Espalhados pelo chão
E, eventualmente
Com algum festeiro
Ébrio, e ainda passando mal.
Para o qual certamente
A festa já se acabou.
Vejo pessoas jurando
Não beber nunca mais
Mas nunca mais
É tempo demais
E antes disso:
A ressaca vai embora
Ligo a tevê para assistir jornal
É antigamente, lia-se o jornal.
E vejo acidentes aos montes
Em todas as estradas
Do Brasil e do mundo
Pessoas mutiladas
Dando entrada no hospital
Álcool, drogas e fogos.
Combinação do mal
Álcool, drogas, direção.
Combinação fatal!
Sou chato e dormi mal
Entretanto, estou vivo e inteiro.
Não mutilei minha mão
Não briguei com ninguém
Não vomitei no chão
Amanhã segunda feira
Feliz ou não; irei trabalhar.
Pois nenhum dos festeiros
Estará preocupado
Com as contas
Que me competem pagar!

Lemos um de janeiro de dois mil e doze.