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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Vício!

Vício
Triste sina
Que condena
A vida
A não valer a pena
Por não ter qualidade
Por não ser
Vida!
De verdade.

Vício
Uma mentira
Que convence
E vence a vontade
Trazendo um falso prazer
E levando à insanidade
Que é, do vício.
A grande verdade

Vício
Um gosto
Que causa constrangimento
Que traz desgosto
Aos entes queridos
Que feridos
Choram sua existência
E que depois se cansam
Muitas vezes desistindo
Do amigo ou familiar
Que se deixa levar
Ao sabor da brisa.

Vício
O caminho errado
Que se levasse
A lugar nenhum
Não seria tão mal
Porém, é fatal!
E leva à morte o corpo
E também a alma
Não há crença
Que anuncie salvação
Não há religião
Que preveja bom lugar
Àquele que não se ajudar!

Vício
O grande tormento
Do mundo moderno
A falsa saída
Que engana a vida
E leva ao inferno
O bálsamo do tolo
Que pensa flutuar
Quando está a afundar!

Lemos vinte e oito de dezembro de dois mil e onze.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Travas

Acaba-se mais um ano
Onde; um ou outro plano
Foi, enfim, realizado
Foi pouco?
Vamos convir, que o tempo
Está se estreitando
E quê: Na cauda desse
Outro ano está chegando
Onde, haverá lugar
Para as metas não alcançadas
E para outras, que serão traçadas
Para; o que não deu certo
O futuro estará aberto
E, também, o nosso coração
Que ás vezes infantilmente
Atropela a razão.
No trabalho, no jogo, no amor
Nunca se é, completamente pleno
Fica, sempre, um vazio
Seja lá onde for
Trabalho é bom, e necessário
Mas tem que saber dosar
Amor nem sempre, é prazeroso
Há de se sopesar
Jogo, só pela ludicidade
De outra forma, pode nos arruinar
Entretanto, outro ano vem aí
É bom, a gente repensar
No amigo, que não acolheu
Na vitória, que não valeu
No perdão, que não concedeu
Quanto, às metas pessoais
Que são, para muitos
A razão de viver
É revê-las; com bastante carinho
Ser feliz é bom!
Mas nunca; se é feliz sozinho
Já tomou, sozinho uma cerveja?
Ou até mesmo, um ótimo vinho
A cerveja não refresca
O vinho, não aquece
Sem uma pitada de carinho
Trezentos e tantos dias
Em quantos deles abraçou seu filho?
Seu amigo sua esposa, ou seu irmão.
Outro ano está chegando
Bom momento, para prestar atenção
Fazer dos enganos; uma ponte
E sobre ela, sereno, passar
Reconhecer as limitações
Que nada mais são, do que travas
Que impedem, de se machucar!

Lemos vinte e sete de dezembro de 2011.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Tive medo!

Vim, me procurar
Onde julguei
Que deveria estar
Não me encontrei
Apesar de ter
Vasculhado, o lugar.
È:
Deixaram-me vasculhar!
Questionei a verdade
Blasfemei; até cansar
Tive medo
Afinal!
Só restava outro lugar
Onde foi parar?
O bem que fiz
Não era?
Para agora, ser feliz:
Nos braços do pai
Vivi aquilo
Que achei ser a verdade
Mas meu coração
Mentia, de vez em quando
Mas era
Oito ou oitenta
Verdade não se inventa
Ela é plena, por si só.
Os lamentos meus
Poderão ser:
Os de qualquer irmão
Num tempo que virá
Só há, uma maneira
De agradar á Deus
O padre fala!
O pastor também diz:
O corpo e a alma
Em harmonia
É isto; ser feliz
Perdoar!
Dar a outra face.
Isso, ninguém faz
Também é duro
Abdicar de bens materiais
Ou de um compromisso
Para ajudar o irmão.


Querendo, agradar ao pai
Não se deve:
Deixar, mentir o coração

Não estou onde acreditei
Que deveria estar
Entretanto, não arredo pé
Tenho medo!
De, me localizar
No terrível
Segundo, e último lugar
Penso, em nascer de novo.
Voltar ao convívio
Daquele meu povo
Mas sei, ser impossível
Não há meios de voltar.
É, esperar o veredito
Seja ele:
Feio ou bonito;
Lá no fundo:
Ouço alguém, a me chamar
Depois, eu volto.
Amigo Chico!
Estão me orientando a esperar!

Lemos. Vinte e cinco de dezembro de dois mil e onze.

sábado, 24 de dezembro de 2011

É só esperar.

Amanhã será natal
Que legal
Viva Jesus!
Mas, Maria continua
Sofrendo naquele hospital
Que pena!
Não era essa a cena
Que esperava
Que coisa feia
Sem árvore e sem ceia
Natal!
Fenomenal!
Mas Chicão; continua mal
E no dia seguinte
Volta ao hospital
Na triste missão de sofrer
Esperando a decisão do Pai
Que já decidiu, bem lá atrás.
Antes mesmo de Chicão nascer
Viver e aprender
É a sina de todo mundo
Mas nunca se aprende o suficiente
Viver é aprender
Mas ninguém aprende a sofrer
E, é por isso que se sofre demais.
Aprende-se a amar
Aprende-se a odiar
Alguns aprendem a ajudar
E são felizes por isso
Ajudar;
É dever; é compromisso.
Entretanto; quase ninguém.
Sabe disso!
Realizações pessoais
Aspirações normais
Do ser humano
Que tem; os planos seus.
Mas que pouco, ou nada sabe.
Dos planos de Deus
Que viu seu filho mais próximo
Sofrer até morrer
Também somos filhos
Cada qual sobre seus trilhos
Que levam a diferentes lugares
São apenas dois
E sem direito a PROCON depois
Deixa pra lá
Ninguém vai mesmo, prestar atenção.
Vamos cantar e dançar
Beber e pular
Afinal;
Amanhã será natal
Quanto; à Maria e Chicão
Eu e você, seu vizinho, seu irmão.
Já está tudo agendado
Por hoje, é celebrar.
Alguns não verão o novo ano.
Os, que tiverem a graça.
Podem comemorar
Depois; é só esperar.
Outros natais virão
Para os que por aqui ficarem
Que, enfeitem suas fachadas.
E soltem seus fogos de artificio
É muito bom viver
Contudo; tem hora.
Que bate;
Uma vontadezinha de morrer!
Lemos; vinte e quatro de dezembro de dois mil e onze.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Podemos pensar!

Mundo louco!
Hoje aprendi mais um pouco
E muito me valeu
Mais ainda acho pouco
O bastante que hoje sei
E lamento demais
Por algumas pessoas
Que mesmo sendo, algo boas.
Negam-se a aprender
O que a vida e o mundo
Tem a nos ensinar
E recusam-se a aceitar
Algum sabor amargo
Que a vida, tem a dar.
Bem e mal, fazem parte.
Da difícil arte
Que é viver
Para saber:
Um pouco do mundo
Há, de se conhecer.
Saber a sua essência
A sua verdade
A essência é a mesma
Pode se ausentar
Conforme o vento
Mas não se esvazia
Quanto à verdade
Essa muda a cada dia
E com todo mundo
Um grão de areia
Uma gota d’água
Não está mais ali
No próximo segundo
Saúde vira doença
Doença; jamais vira saúde.
Nem, cura-se sozinha.
Tampouco completamente
O corpo desgasta-se naturalmente
Morrem células, morrem neurônios.
Muda-se, de religião.
Mas Deus continua firme
E cada vez mais forte
Na sua missão
De ser; Pai de todo mundo.
De amar cada filho, igualmente.
Podemos pensar!
Então por que recusar?
A humidade de aceitar o aprendizado
Que a vida nos traz.
Sem desmedidas ambições
Mas também, sem a frivolidade.
Do; não estou nem aí!
E sem a tola resignação; do tanto faz!

Lemos vinte e um de dezembro de dois mil e onze

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Onde quero ir!

Uma simples resposta
Em certo dia
Causou imenso mal
Acabou com minha biografia
Mesmo estando eu na razão
Que estrago fez aquele não
Quando, sempre dizia sim.
Todos juravam:
Gostar demais de mim
Contudo; ao negar
Um mero favor
Vi, evaporar-se
Todo aquele amor
Ninguém quis!
Saber de meu compromisso
Afinal!
Nada tinham a ver com isso
É apanhando, que se vive
Ao dizer não:
Não perdi amigos
Na verdade, nunca os tive!
Minha boa biografia
Encontrou seu fim
Em contrapartida
Tenho mais tempo
E aprendi a gostar
um pouco mais de mim
Continuo amando o semelhante
E gosto de mim, a todo instante
Já sabendo dizer não
Vejo nesse episódio
Minha maior lição!
Já não tenho, amigos para exibir
Mas só vou; onde quero ir!

Lemos 14 de dezembro de dois, mil e onze.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Faz parte!

Sem razão
Não consigo pensar
Pela emoção
Não posso agir
Por medo de mentir
Para a minha verdade
Que até então
Parecia prevalecer
Não tem nada a ver
Com o eu anterior
Que sabia sentir sabor
Em pequenas iguarias
Contudo, por ver demais
Por demais saber
É que:
Não me atrevo a dizer
O que antes via
Como, suprema verdade
Vejo hoje, crianças sorrindo
Contudo; não tão cristalino
Como lá atrás
Vejo médicos, e até professores
Mentindo descaradamente
Para alunos e pacientes
Sem, sequer, enrubescer
Quando antes,apenas se omitiam
Com o intuito de proteger
De alguma dor maior
Que poderia advir:
Da real; proporção da verdade
Que, apesar de incontestavel
Para alguns, nem sempre é benvinda
Que nem sempre; está em alta
Mas, no breve depois
É inquestionavel, a sua falta
Mentir para proteger
É mentir, do mesmo jeito
E, depois da mentira
Nada, fica perfeito
Nada soa natural
o ideal, mesmo não sendo ideal
É, falar a verdade
Doa, a quem doer
Que, pelo menos, o amanhã
Doerá bem menos!
Estava sem razão
E quase pirei
Não conseguia pensar
Porém pensei
Talvez, pareça e seja bobagem
Segue a vida; segue a carruagem
A vida imita a arte
E dela;
A mentira e a verdade
A desatenção, e a hipocrisia
Egoísmo; etc....
Tudo;
Faz parte!

Lemos,seis de dezembro de dois mil e onze.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Ainda se via alguma.

Vi o dia raiar
Mas não vi ninguém comemorar
Ali não
Não naquele lugar
Lugar frio
Coração vazio
Era a tônica dali
Todos queriam ir embora
Da forma melhor
Não da pior!
Ali; todo gesto de carinho
Era sempre pouco
Todas as visitas
Eram,quase, que nenhuma
Fé!
Ainda, se via alguma.
Mas de repente desaparecia
Diante de alguma pontada
De revolta, ou mesmo de dor.
Um lugar abençoado
Mas; de alguma forma, indesejado.
Quase quê:
Ninguém queria estar ali
Nem como hóspede
Nem como trabalhador
Tampouco, como visitante
Ali só pelo amor
Ou pela dor
Pela dor, buscando remédio.
Pelo amor; levando esperança.
Como o bom padre Juarez
Ou os médicos palhaços
Os reis da alegria
Dos quais me orgulho
Ter conhecido um dia
E também Ribamar
O velho e bom pastor.
Que mesmo:
Um pouco escandaloso
Ali; derramava todo seu amor
Pelo irmão e semelhante
Provando mais uma vez
Que o Altissimo
Está em todo lugar
A todo instante.
Aprendi que; mesmo.
Não sendo um lugar gostoso
Muita gente vai
E que: De alguma forma
Dali, todo mundo sai
Algum para seus lares
Outros:
Para os braços do Pai!

Lemos três de dezembro de dois mil e onze.

sábado, 20 de agosto de 2011

Perto do fim

De lá pra cá
Nada diferente
Somente a sua promessa
Ecoando em minha mente
Não deveria dar atenção
Não foi a primeira
E talvez nem seja esta
A última vez
Sei que não presta
Mas fazer o quê?
Se já virei freguês
Mas pelo menos
Já atentei ao fato
Por hoje nada
Não se resolve no ato
O que já se arrasta
Há tantos anos
Estou mudando
Até tenho planos
Já os tive também um dia
Bem lá atrás
E eram bem diferentes
Almejava um futuro radiante
Não sei por quê
Veio assim tão escuro
Mas tudo isso
Está perto do fim
Direi não à tristeza
E talvez sozinho
Ou melhor, acompanhado.
Possa gostar
Um pouco mais de mim!

Lemos, 20/08/2011

sábado, 30 de julho de 2011

A primeira vez.

A primeira vez.

Supôs
E deu como fato
Foi este ato
Que lhe quebrou
E não foi esta
A primeira vez.
Sua fértil
E tendenciosa
Imaginação
Torna difícil
Sua missão
De ser humano
Entra ano. Sai ano.
E sua desconfiança
Sempre causando
Um ou outro dano
Em seu corpo e alma
e também no mundo
Poderia tentar
Respirar fundo
Manter a calma
Para então ponderar
E quando,enfim, falar
Dar um tempo
Para poder ouvir
A outra parte
Que por você
É sempre julgada
E, nove em dez vezes
Condenada!
Uma fica para
Segunda instãncia.
A seu ver:
Ninguém é honesto!
Ninguém presta!
Será, que no mundo?
Só tem você:
De pessoa honesta!
Sendo desse jeito
Só sobrou você
O ser humano
Perfeito!
Parece ser isso
Que sua alma diz
Tudo bem!
Nunca ouvi falar
De santo ou santa
Que vivesse feliz.

Lemos, 30/07/2011

Ora ora!

Não deu trégua
Estava mesmo
Disposta a brigar
E brigou
Quase até cansar
Mas não cansou
E por isso mesmo
Mais e mais brigou
Quem se cansou
Fui eu!
E por conta disso:
Ganhei a rua
Fui para o bar
Sem pressa em voltar
Não era dia
De ficar em casa
Ouvindo desaforos
Não que seja melhor
Estar no bar
Mas aturar pinguços chatos
É quase nada
Comparando com mulher
Mal humorada
Que se julga patroa
Por trabalhar fora
Ora ora!
Se que ser patroa
Então
Que pague empregada
Que fatalmente se cansará
E dará o fora
Lamentando a hora
Em que foi aceitar
A desafortunada sina
De trabalhar
Para outra empregada
Já no bar acalmei-me
Tomei cerveja
Pedi ao Pai
Que me proteja
Joguei bilhar
Voltei pra casa
Quase, no outro dia
Sabendo que:
Quem trabalha
Tem que ir trabalhar!
Que bom!

Lemos, 30/07/2011.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Foi lá!

Foi mal!
Ter estado
lá no hospital
Demorou:
Mas a verdade
Enfim; chegou
A seu gosto
À seu jeito
Se alguém não atentou
Tudo bem!
Ninguém é perfeito.
Foi lá!
No claro e barulhento lugar
No qual que fui parar
Abatido e rabugento
Sonolento e remelento
E; cheio de dor
Que fui dar valor
Ao amor e a saúde
Que Deus me ajude
A não mais precisar
Bater com os costados
Naquele horrível lugar
Não sei o quê
Enfermeiros e enfermeiras
Tem tanto a conversar
Parece não haver
Nada ou ninguém
Para cuidar.
Já sei, o que fazer
Abandonar as frituras
A deliciosa pimenta
Deixar de beber!
Preço alto:
Mas não, alto demais
Ninguém merece
O torturante gotejar
Do soro, quê:
Só faz o corpo inchar
E aumenta a sensação
De estar morrendo
Enfermeiros, enfermeiras
Nem aí
Com a voz do Brasil!
Só pensando, naquilo

Cada qual, à seu jeito
Quanto ao paciente
Que tenha paciência
Amanhã terá outro
Ali, no mesmo leito
Triste a olhar
O eterno soro amarelado
No seu torturante gotejar
Jurando, a si mesmo
Fazer o possível
E também o impossível
Para não voltar
Olhando, volta e meia
Para a saída
Que seja logo
E com alguma vida
Antes; que venha
A feia copeira
Com a horrível
E nauseante comida!

Lemos, 28/07 2011.

domingo, 19 de junho de 2011

relatório

Sem relatório.
Por favor!
Não vai ser agora
Não quero saber
Onde esteve.
Nem mesmo porque
Chegou a esta hora
já é bem crescido
Sabe, onde tem o nariz
Sabe, onde pode estar
E tudo aquilo
Que pode, ou não cheirar
Deve tambem saber
Com quem andar
E o quanto, e quê
Pode beber!
Quem sou eu?
Para poder ditar
Qualquer lei
Se, bem lá atrás
Já me rebelei
Depois me conformei
E segurei a barra
Procurando chegar
Um pouco mais cedo
De alguma suposta farra
E quando precisei
Apresentei relatório
De veracidade
Algo duvidosa
Contudo:
Nem sempre enganosa.
E, por isso mesmo
Encontro-me aqui
Cumprindo meu papel
De pai e de amigo
Mentir pra mim
Não representa nada
Entretanto, mentir para si
È realmente aí onde:
Mora o perigo!

Lemos, 19/06/2011.

domingo, 5 de junho de 2011

Bem lá atrás

Um dia de nós dois
Um péssimo dia
Poderia ter sido melhor
Mas o pior é o que
Vem depois!
E depois e depois.
Daí pergunto
O que fazer?
Já faz tempo o prazer
Que tive;
Ao lhe conhecer.
Reciprocidade
Bem lá atrás:
Pode ter sido.
Grande verdade!
Entretanto; agora:
Péssima hora
Para refletir
Ao sentir
Tamanha ingratidão
Cada qual tem sua razão
Para querer desistir
Mas, de onde vem?
Esse medo de partir
E abandonar, cruel realidade.
Precisa-se encarar a verdade
Priorizar o razoável
Só assim; têm-se meios.
De sair andando
Sem olhar pra trás
Já chega! De tanto faz
Já chega! De tanto fez
Passou da hora
De ser refém
De ser freguês
Taí!
O mundo para ser explorado
Como já o foi um dia
E talvez lá na frente
Diante de realidade diferente
Ser, sondado novamente.
Até que um dia
O Criador nos chame
Mesmo, que pela dor.
Mesmo, que pelo amor.
Mas; por enquanto.
Fica, o medo, e o respeito.
Embora que insatisfeito
È o coração
Quem dita à sentença
Amor, amiúde, é bom.
Mas volta e meia é doença!

Lemos, 05/06/2011.

sábado, 4 de junho de 2011

Tá nervosa.

Tá nervosa

E daí?
Como se fosse eu
O culpado
Da merda que fez
Já nem ligo
Afinal!
Não é esta
Primeira vez
Será que dói?
O ato de pensar
Meu Deus!
Como é difícil
Se comunicar
E ainda tem
Os de lá
Cambada de travados
O que vou dizer
Pode até ser feio
Mas sua atitude
Mostra bem
O lugar de onde veio
Não quer se pronunciar
Tudo bem
Já estou acostumado
A ser posto de canto
Mas sorrio por dentro
Fique com sua representação
E com seu simulado pranto
Segue a carruagem
Não me torturarei
Por tamanha bobagem
Também não desprezarei
Meu necessário e bom jantar
Quanto a você tente dormir
Se for capaz
Tenha certeza!
Que não me tirará da graça
Nem tampouco
Roubará a minha paz!

Lemos, 04/ 06/ 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Virou freguês!

Brigou com a mulher
Grande novidade!
Faz parte de vida
Mulher não brigada
É mulher esquecida.
Não foi a primeira
Nem será esta
A última vez
Brigou com a mulher
Virou freguês.
Fez bem, em vir aqui
Tome um Cambuci
Não, para esquecer
Até porque; não deve esquecer
Mas sim, pelo simples prazer
Não é sempre, que vem aqui
Mas, quando vem é muito, legal.
Sei que vai viajar
Mas não vá, sem reatar
A sua melhor amizade
Que é; sem dúvida
O grande amor que escolheu
Para dividir sua vida
Não existe, homem só
Que tal; um caldo de mocotó.
Para rebater a friagem
Brigar com a mulher é bobagem
Mas; complica quando
Leva-se demais a sério
Vida a dois tem mistério
Pra existencia inteira
Entretanto, não há nada melhor.
Que uma boa companheira
Mesmo, que rabugenta.
Mesmo, que ciumenta.
Desde, que esteja presente
Na alegria, ou na dor.
É, exatamente, na segunda.
Que se tem, a exata noção
Da dimensão do amor
Que, emana da cara metade
Mulher amorosa e honesta
Do homem, a melhor preciosidade
Por estar sempre evidente
Sob a luz da verdade!

Lemos, 01/06/2011.

domingo, 3 de abril de 2011

Os falsos.

É.
Os falsos
Eles estavam lá
Desolados á beira do caixão
Dava pena ver tanta tristeza
Verdadeiros artistas
Convincentes que era uma beleza
De alguns posso até falar
De outros me atrevo a adivinhar
Representavam.
Com tamanha convicção
A ponto de causar comoção
Eu no meu canto
Quase cheguei a vomitar
Contudo contive a náusea
E saí para respirar
É.
Eles estavam lá
Na melhor forma possível
Até lágrimas eles tinham
Coisa incrível!
Achei inadmissível
Mas tive que admitir
Afinal!
O morto, era meu amigo
Mas; não era meu
Contudo, até hoje rumino
O que aconteceu
Vi gente que mês atrás
Dizia odiar o finado
Afirmando dizer que trocaria
De posição com o morto
Naquele infausto dia
Por que ele e não eu?
Dizia desesperado
Com as mãos na cabeça
Foi ali que cometi
O maior dos pecados meus
Na verdade uma heresia
Só por uma fração de segundo
Desejei ser Deus
Para dar um fim
Àquele desgraçado!
E sua maldita hipocrisia.
Para em seguida entregá-lo
Ao seu legitimo dono.
O diabo!



Lemos, 03/04/2011.

O bom e velho Joel

Quem?
Não.
Não mora mais aqui, o Joel.
Acabou de se mudar
Para melhor lugar
Joel foi para o céu.
Não.
Nada disso!
Joel não morreu
Agora é recém-nascido
Em uma vida melhor
Morto estava:
Antes de partir.
É. Ele sofria demais
A dor e a solidão
O desrespeito
E a cruel desatenção
Agora não sofre mais
Está mais que amparado
Está feliz aconchegado
Nos braços do pai
Não mais lhe incomoda
Sua perna atrofiada.
Seu braço flácido.
Coisa do passado!
Não faz diferença alguma
Onde se encontra agora
Mas; se o amigo deseja.
Encontrar-se com Joel
É hora de mudar!
Aceitar a salvação
Só assim:
Adentra-se, no reino do céu.
Porém, para aceitar a verdade.
Precisa-se de sentimento
E, sobretudo, de sinceridade.
Paz tem-se que conquistar
Uma vez que:
Não se pode, e não tem.
Como se comprar
Sinto saudades.
Do bom e velho Joel
Com ele, aprendi.
O caminho do céu
Mas ainda falta aprender
A forma ideal de trilhar.
Pois se encontram
No tortuoso caminho
Infinitas tentações
E outras tantas
Maneiras de se enganar!

Lemos, 03/04/2011.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Menos do que existe.

Hoje triste
Mas o que fazer?
Quando não se há
Nada a fazer
Quando não dá
Pra dizer nada
Nada a fazer
Pra resolver à parada
Absolutamente
Nada!
Ledo engano!
Sem nada dizer
Pode-se muito fazer
O ato de estar presente
Às vezes é o melhor
Que a gente
Tem a dar
E deve dar
Pode não resolver
Mas ajuda a continuar
A atitude de respeitar
Amiúde, induz ao respeito
Muitas vezes dando jeito
No que parecia não ter
Fazer-se notar
Por alguma qualidade
É maior verdade
Que se pode dizer
Mesmo sem falar
Muitas coisas boas
Que na vida aprendi
Não tenho dúvidas
Que foi com algo que vi
Em inúmeras pessoas
Que não se viram notadas
Por isso:
Mesmo não parecendo
Estar sendo observado
Procuro dar meu melhor
Pois crianças em aprendizado
Ou adultos desnorteados
Andam; aos bandos por aí.
E quê: Assim como eu:
Possam encontrar-se melhor
E aprender; como aprendi
Através dos exemplos que colhi.
Entre, o céu e terra.
Vê-se menos do que existe

Alonguei-me demais
Contudo:
Continuo triste!

Lemos; 30/03/2011.

terça-feira, 15 de março de 2011

Vou calar!

Hoje não quero brigar
Estou na paz
Vou calar!
Estou na paz
E nela:
Quero permanecer
Nada a ver
Com sua estupidez
Com sua arrogância
É a minha a vez!
Nada de ignorância
Não mais serei freguês
De sua intolerância
Não quero saber!
De seus falsos cuidados
E vou beber
Mesmo estando em paz
Nada do que você faça
Poderá abalar-me
Tampouco, retirar-me.
Do estado de graça
Presente, da bondade divina.
Minha maior verdade.
Que a vida ensina
Estou na paz!
E não serei refém
Da imensa maldade
Que se esconde por detrás
Desse seu jeito de menina
Já chega de falar
Estou na paz
E prometi calar
Que Deus:
Não lhe desampare
E que me proteja
E se, não for incômodo.
Passe-me, por favor:
Uma lata de cerveja!

Lemos, 15/03/2011.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Estou cansado!

Só pensando em você
Pensar, nos outros.
Pra quê?
Se é assim
Tão importante
Adorando-se
A cada instante
Mas e o mundo?
Ora!
Que se dane!
O mundo.
Por que deveria
Justamente você
Se preocupar
Sendo que um dia
Ele vai se acabar
E não será esta
A primeira vez
Já se acabou
E tudo voltou!
Afinal!
Acabou?
Ou não acabou?
Não me vou aprofundar
Estou cansado
Não quero pensar
E quanto a você:
Maldito egocêntrico.
Vá se catar!

Lemos, 14/03/2011.

terça-feira, 8 de março de 2011

Em constante alta.

Você me ofendeu!
Você me ultrajou!
Nesse, emaranhado
De chiliques:
Onde a sabedoria
Insulta!
A beleza ofusca.
E a sinceridade magoa.
Não é a toa.
Que:
Já nem sei quem sou
Chego a perder o gosto
De ir aos lugares
Aonde habitualmente vou
Está morrendo o prazer
Que tinha em conversar
Sorri-se:
Ofende sua tristeza
Arruma-se:
Maltrata sua beleza
E assim, por diante.
As pessoas Incomodam-se
Machucam-se
A cada instante
O jeito emo de ser
Em constante alta.
Jeito; brucutu de ser.
Como, sinto sua falta!
Pela sinceridade
Onde, não havia.
Tanta mídia.
Não havia modismo
Apenas, e tão somente:
A verdade!

Lemos, 08/03/2011.

Nada nos bolsos

Caminhava tranquilo
Na volta do bar
Seu segundo
E principal lar
Assoviava uma canção
Dessas que nada dizem
E são apenas
Para se ouvir
E se cantar
No caso, daquele homem
Para se assoviar
Que era:
O que sabia fazer
Além de beber
Beber e beber!
Nada, nos bolsos
E nas mãos, também, nada!
Sem dinheiro
E sem doces .
Para a criançada
Que deixou em casa
Seu primeiro
E subestimado lar
Pra onde não tinha
Pressa alguma em voltar
Não é preciso dizer
Que não tinha emprego
Vivia de biscates
Ou bicos:
Como se costuma chamar:
Estava naquele patamar
Entre, a embriaguez
E a sobriedade
Talvez:
Um pouco mais
Para a embriaguez
Por isso mesmo
Não se surpreendeu
Quando, um pato
Pulou à sua frente
Mas, assustou-se quando
O negro pato lhe perguntou:
-Isso é papel de gente?
Mesmo assustado retrucou:
Pato não fala. Vá se catar!
Porém, o pato não foi
A seu lado pôs-se a caminhar
E de modo nada cordial
Seguiu com enfática
Lição de moral
No inicio o homem
Fez ouvido de mercador
Sequer, olhava para o pato
Seguindo assobiando
A insossa, canção de amor
Que acabara de ouvir
Na vitrola do botequim
Intimamente dizia
Pato mal assombrado
Não cola em mim
Todavia, aquele pato colou
Estava mesmo obcecado
Em mudar a vida
Daquele desgraçado
Que:
Diante de tanta insistência
Não teve como resistir
E perdendo a paciência
Intimou o pato a seguir
Sua trajetória de pato imbecil
_Vá encher o saco do boi!
Disse:
Tem tanta gente no Brasil!
O pato respondeu-lhe; vou.
Mas de mim vai se lembrar
E voando-lhe até os ombros
Sua cabeça começou a bicar
Foram.
Mil e duzentas e uma bicadas
O suficiente.
Para o homem acordar
Tomar o primeiro trem
Para um emprego procurar
Achou o emprego
No começo estranhou um pouco
Mas depois se acostumou
Era melhor, do que ficar louco.
Hoje; vive bem melhor
E já; não vai tanto ao bar
Diz pra quem quiser ouvir
-Nada melhor do que o nosso lar!
Não esquece o docinho das crianças
Nem do aniversário da mulher
Mas pato preto, fanhoso e falante.
Que cara chato!
Nem mesmo em sonho ele quer!

Lemos, 08 /03/2011

sábado, 5 de março de 2011

Amanda!

Bem de mansinho
Foi assim...
Que um anjo
Hoje:
Aproximou-se de mim
Perguntou-me quem sou
Em seguida
Se apresentou
Não disse a que vinha
Mas tanto faz
Trouxe-me um presente
Devolveu-me a paz!
Catorze anos
E muitos planos
Infância interrompida
Por um inoportuno AVC
Porém; temporariamente
Tal, a certeza de
Uma vida inteira
À sua frente
Para viver plenamente.
Um, maravilhoso anjo:
Que naquele momento
Retirou-me:
De um nefasto pensamento
Que assolava-me a mente.
Ali naquele hospital
Onde me encontrava
Não; por mero acaso
Apesar de não constar
Nos meus planos
Entretanto; o criador.
Sabe do que precisamos
E com todo seu amor
Nos conduz
Através da vida, e dos anos.
Sob, a sua divina luz.
Certamente dormirei em paz
Mas por enquanto
Continuo acordado.
Feliz:
Com o presente que recebi
E com mais; um testemunho a dar
De como, uma simples criança.
Pode, ter tanto a nos ensinar.
Não poderia ser diferente
Um anjo:
Na figura de uma criança
Será,esta, certamente
A minha, mais grata lembrança!

Lemos, 05/03/2011.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O chicote do corpo.

Quase sem nenhuma
Experiência de vida
Tinha o hábito de questionar
E o péssimo costume de julgar
Era como, querer escrever
Sem sequer, ter aprendido a ler

E assim; ano após ano.
Engano atrás de engano
Colecionando desafetos
Pois, rico em imaturidade.
Abusava da sinceridade
Que,quando, esbanjada a toa
Invariavelmente, magoa

Quase nada sabia
Mas acreditava piamente
Nas bobagens que dizia
Às vezes chegava a ser profundo
Eram somente minhas
Todas as verdades do mundo

E assim fui crescendo
Devagar e quase parando
Posto quê: Julgando-me pleno
Estava me enganando
Obstruindo a realidade
Importava-me, apenas:
Gritar, aos quatro ventos.
A minha verdade!

Demorou bastante
Para que desembotasse
Minha juvenil visão
Foi preciso muito apanhar
Da vida e do mundo
Até, absorver alguma lição
Meio século já se passou
E posso dizer com convicção
Que nem tudo aquilo se acabou.

Porém um pouco mais experiente
E, extremamente, mais moderado.
Já não me atrevo a julgar
Por vezes, já fui jugado.
Poucas delas absolvido
Na maioria fui condenado
Já dizia; minha boa mãe.
Ser a língua:
O chicote do corpo.
Sabedoria admirável:
Verdade inquestionável!

Para o velho ou para o menino
Uma simples frase
Pode estabelecer um destino!

Lemos, 28/02 2011.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Formandos 1974

Todos felizes em se reencontrar
Foi muito bom!
Aliás, mais do quê:
Muito bom!
Um maravilhoso presente
Para todos os presentes
Muito além de:
Uma confraternização
O glorioso encontro
De uma feliz geração
Todos; radiantes pelo encontro.
Todos, com histórias.
Boas de ouvir
E de se contar
Todos:
Com o melhor sorriso
E o mais sincero abraço a dar
A alegria estampada
Em todos os semblantes
Cada um que chegava
Iluminava ainda mais
A quem já se encontrava
Formandos de setenta e quatro
Nunca vi gente tão parecida
Encontro, maravilhoso!
Verdadeira.
Celebração da vida
Sendo eu; um deles.
Agradeço a cada um
E também aos professores
Sem bons amigos, e sem mentores.
Não se vai a lugar algum
Reunir esses amigos e amigas
Idéia extremamente genial
Pô-la em prática;
Pode não ter sido fácil
Mas foi sensacional!
Dos que não puderam ir
Lamentamos a ausência
Dos que não quiseram ir
Agradecemos a transparência
De não se apresentarem
E enaltecemos a decência
Pois quem:
Aparece, apenas para constar.
Nada tem,mesmo; a acrescentar!

Lemos, 27/02 2011.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tinha que ser assim?

A cada um o seu final
É algo, mais que natural
Se tudo no mundo, tem fim.
Sei da suprema vontade
Do nosso, Pai celestial
Mas: Tinha que ser assim?

Após vencer tantas batalhas
E possivelmente; alguma guerra
Precisava, meu bom amigo
Partir, tragado pela terra?
Foi exatamente, o que ocorreu.
No mangue que tão bem conhecia
Com um saco, de caranguejo às costas.
Que Pedro; desapareceu!

O companheiro olhou pra trás
E lá, Pedro não estava mais
Foi dessa forma.
Que o pai o chamou
E para, seus braços o levou
Fica; para os amigos a saudade
E para quem os deixou.
A glória!
Do escuro manguezal, para:
A divina claridade!

Lemos; 26/02/2011.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O amargo sabor.

O amargo sabor.
Ensinados a se odiar
Não dá pra acreditar
Mas foi assim
Do começo ao fim
Foi quando conheci
A malfadada história
Que começou
E terminou
De maneira inglória
No semblante do irmão
Que permaneceu no mundo
Um desgosto
Surdo e profundo
Quanto às pessoas envolvidas
Delas:
Não tive conhecimento
E não sei de suas reações
Contudo; em algumas delas.
Deve ter ficado
Um misto de emoções
E o amargo sabor
De Não ter, valido à pena.
A falta de discernimento
Amiúde, nos condena.
Ao pesado fardo
Do arrependimento
E eu:
Que nada tenho com o caso
Até agora, estou comovido.
Que alguém!
Com situação análoga
Possa ter aprendido
A verdade é só uma
Veio ao mundo
Tem que ser reconhecido.
Doa a quem doer
A verdade; sempre é maior.
A sua falta.
Traz um futuro pior
Do que poderia ter sido
Não há dúvida mais atroz
Do que questionar
Ter ou não
Sido uma dádiva
O fato:
De um dia, ter nascido.

Lemos, 20/02/2011.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Hora de acordar!

Dois irmãos!
Separados:
Em certa ocasião
Pelos acasos da vida
Induzidos a se odiar
Quando poderiam
Muito bem se amar
Criados, em lugares diferentes.
Por diferentes pessoas
Um criado pela mãe
O outro pela tia
Em uma cidade
Não muito distante
A grande distancia
Era mesmo:
A mente daquelas pessoas
Que; embora sendo boas.
Não tinham, noção da besteira.
A que estavam entregues
Criando enorme barreira
Totalmente desnecessária
Foram vinte e um longos anos
Sem sequer uma palavra
Entre aqueles irmãos
Que nunca se avistaram
Que nunca se procuraram
Sequer por curiosidade
Mas; o tarde demais chegou.
Quando a um deles
O pai chamou
Hora de acordar
Pra nada ter a fazer
Hora de chorar
Ao ver o belo e forte irmão
Coberto de flores
No negro caixão
É da natureza humana errar
É, também, humano chorar
Mas por que; não?
Fazer o impossível para evitar!

Lemos, 19/02/2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tal qual criança

Levou a paz
Mas não são ainda:
Favas contadas.
Vidas mudadas
Pra nunca mais
Isso, não existe.
Mudança é essência
Não fique triste
Tenha fé e paciência
Exatamente por ser vida
Há de se vivida
Com ou sem espernear
Prognóstico ruim
Não quer dizer
Ser ali; o fim.
Tem que continuar
Encarar a mudança
Tal qual criança
Que acaba de nascer
E ver a luz.
Do escuro para
A enorme claridade
Ou da luz:
Para a escuridão
Não significa
Quê:
Não mudará novamente
Viver; é isso.
Sempre buscar o melhor
Ali; ou lá na frente.
Vereditos, diagnósticos
Todos têm:
O seu começo e fim
Seu prazo de validade
O que importa mais
São, os anseios seus.
Tudo; no devido tempo.
Pois há; o tempo dos homens.
E o tempo de Deus!

Lemos, 16/02/2011.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bem viver, é sonhar!

De lá, pra cá
Foram muitos anos
Muitos sonhos
E muitos planos
Alguns quase perfeitos
Outros quase sem jeito
Mas pelo sim, pelo não.
Estou aqui, firme.
E quase forte
E cheio de planos
Para os próximos dias
Os próximos meses
E também anos.
Planos:
São eles que dão
Vida a vida
E brilho aos olhos
E também ao sorriso
Bem viver é sonhar
Mesmo não estando
No paraíso:
Que um dia, foi a terra
Sigo calado e planejando
O bom cabrito, não berra!
Alguém me disse:
Que, a sorte é irmã
Acredito; não piamente
Contudo, não como maçã.
Nem ouço, papo de serpente
Tampouco, miro seu olhar
História e folclore
Foram feitos:
Para se respeitar
Tudo, que dizem por aí
Pode mesmo ter acontecido
Verdade ou não, tanto faz.
Mas é, sempre bom
Manter um pé atrás!

Lemos, 14/02 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Lá em Minas gerais

A pata:
Abandonou o pato
Alegando ser ele muito chato
Reclamando da sua voz
E maldizendo-o
Por não, ser veloz.
Porém:
O pato chato, com sua feia voz.
E também com seu pé chato
Não se fez de rogado
E ganhou o mundo.
Bem devagarinho
E durante
Seu bamboleante caminhar
Não deu voz, e nem vez:
À sua tristeza.
Sabia como ninguém
A arte de se comunicar
Mesmo a sua voz
Não sendo uma beleza
Foi assim:
Que, o pato chato
Da voz feia e do pé chato
Conheceu o outro lado da vida
Passou, por alguns perigos
Mas, por ser amável e comunicativo.
Fez na vida incontáveis amigos
E quanto à insatisfeita pata
Que se sentia infeliz
Hoje se encontra mais triste
E sente saudades daquele pato
Muito lento:
De voz feia, e pé chato.
Mas esse:
Não volta nunca mais
Está, suave e bem feliz
Lá em Minas Gerais
Com uma linda pata
Nem sequer se lembra:
Da pata feia e ingrata!

Lemos, 13/02/2011.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

E os filhos desse pai?

Abandono! É essa a palavra
Que: Não queria dizer
Mas; o que fazer
Se ela pulou, em cima de mim
Sem chance de defesa
Jogar? Não dá; sem cartas na mesa.
Tenho visto, muito abandono
E me entristeço por demais
A ponto, de perder o sono
Alguns, colhendo o que plantou
Como; o pai abandonado
Que um dia; ao pai abandonou.
Mas, e os filhos desse pai?
Nada aprendem com o presente
E nem aprenderam com o passado
E caminham, a largos passos
Rumo á sina, dos abandonados
Fui hoje; a um asilo.
Depósito de velhos desprezados
Não gostei nada daquilo
Que para muitos, parece normal
Mas, acontece o mesmo em orfanato.
Manicômios. E até em hospital
Onde o doente anseia por uma visita
O dia passa; e ele não acredita
Que, vai ficar sozinho
Até voltar para casa
Onde, não terá qualquer carinho
Já não trabalha, nada produz.
Como pode então?
Sonhar com qualquer luz.
O pior de todos:
É, mesmo, o abandono velado
Onde se está só:
Mesmo estando acompanhado.

Lemos, 07/02/2011.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Mas agora

O perigo passou!
Já chega de chorar
Pronto! Já acordou
Já parou de sonhar
Com coisa ruim
Estou aqui
Está bom assim?
Não vou sair
Pode então!
Voltar a dormir
E sonhando
Sonhe:
Com esperança
Como fazia
Quando criança
Esqueça as cacetadas
Que lhe deu a vida
Agora apenas
Você e eu querida
Mas agora:
Volte a dormir
E que amanhã
Possa então:
Finalmente
Voltar a sorrir!

Lemos, 05/02/2011.

O morto indignado

Não entendo a razão
Pois nunca fui aplaudido
Até então.
Por que agora?
Se nunca fui.
Não seria; esta a hora.
Não tive aplausos
Quando me formei
Tampouco, quando me casei
Nenhum reconhecimento:
Quando trabalhei
Nenhum amigo apareceu
Para um trago
Quando meu filho nasceu
Nunca elogiaram
Minha bonita caligrafia
Nem notaram
Minha limpa biografia
Da qual eu tinha tanto orgulho
Até o desastroso:
E derradeiro mergulho
Por qual razão, agora?
Estão a me aclamar
E, batem tantas palmas
Ao me enterrar
Espero-os, no inferno.
Vão se ferrar!

Lemos, 05/02/2011.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Prefiro partir!

Não vou falar

Não quero ser

Algo, repetitivo

Já sabe; quem sou

Quê: Continuo vivo

Não vim, ao mundo

Para lhe atormentar

Entretanto; hipocrisia

Não me é peculiar

Continuo vivo!

E prezo, pela verdade

Que deve ser total

Não existe, pela metade

Por isso mesmo, não falo

Entre mentir, ou omitir

Nem um, nem outro

Prefiro partir!



Lemos; 28/01/2011.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

o bem maior

Saúde o bem maior
Que poucos veem
Quando a tem
Valorizada:
Quando perdida.
A velha dor; do já era!
Mas ignorada
Quando recuperada.
Quando a temos
Não é nada!
Saúde!
O bem mais precioso
O prato mais gostoso
Posto em segundo plano
Desprezada!
Entra ano sai ano
Tem-se saúde
E nenhuma atitude
Para preservá-la
Nenhum gesto
Pra salvá-la
Dos muitos males
Sempre iminentes
Não quero saber!
Diz o sabichão
Vou beber!
Meu fim de semana
Não posso perder
Vou fumar
Para me acalmar.
E para quem aconselha diz:
Vá se danar!
Mas quem se dana é o infeliz
E não pode reclamar
Tendo então:
O resto da vida
Para chorar!
Às vezes; bem pouco tempo.

Lemos, 26/01/2011.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

intelectual

Intelectual,que se vê
Acima do cidadão normal
Por sua pressuposta
Imensa sabedoria
Que poderia se coisa boa
Se não o tornasse
Intragável pessoa.
Pressuposta sabedoria!
Que, dia após dia
O afasta da realidade
Egocentrismo:
Que embota a verdade
Vaidade; que o leva
A um seleto grupo
Onde; cada um é sumidade
E ninguém é amigo
Pois cada qual
No alto, do seu pedestal
Só vê o próprio umbigo.
E quanto, à sabedoria
É privilegio de quem
A utiliza para tornar
Mais útil e agradável
O nascer e terminar
De cada dia.
Dando luz à razão
E tratando com amor
E, sobretudo, muito respeito.
Ao semelhante e irmão!

Lemos; 25/01/2011.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Em frente! (enfrente)

Fui em frente

Não digo que não pensei
Pensei até demais
Porém não fui capaz
De dizer não
À falta de razão
Fui em frente
Fez-se ou não
Papel de gente
Não sou o mais indicado
Pra, dar opinião.
Está feito!
Não está por fazer
Se foi ou não
Uma boa lição
Ainda preciso saber
Preciso-me reconhecer
Dentro da minha
Condição humana.
Faz tanto tempo!
Os frutos; estão aí.
E são maravilhosos
Isto , eu posso afirmar
Com plena convicção
Por isso:
É melhor encarar.
Não como lição
Nem como mero acaso
Mas sim:
Como parte da missão.
Não quero servir
Como exemplo
Seja ele, bom ou ruim.
Mas é bom saber
Que se colhe o que se planta
Mesmo quando
Planta-se; sem querer
Como o caso do Passarinho
Que semeou ao acaso
Uma bela planta frutífera
No solo sob seu ninho
A cada um seu caminho
A cada alma, a sua sina.
É; procurar ser feliz.
Nem sempre se capta
O que vida nos ensina
E nem sempre na vida
Tem-se um bis!

Lemos, 24/01/2011.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pão duro!

Chama-me de pão duro
Porque, não fiz o muro
Não troquei a geladeira
Porque, não volto me arrastando
Com o peso, que trago da feira

Sendo eu, tão pão duro
Onde está, o meu dinheiro?
Se, nunca dou nada
Se, não jogo dinheiro fora
Como então? Ele vai embora.

Confesso, que não sei!
E jamais irei entender
E fico aturdido
Sem saber, o que fazer
Se nada, compro ou dou
Como então?
Meu dinheiro se acabou!

Será? que ficou retido na fonte.
Será? Que caiu quando cruzei a ponte
Ou ficou, no dízimo da igreja
Deus! Por piedade, me proteja
Talvez; tenha ficado na cabeleireira
Que lhe arrumou, quase que inteira!

Pão duro!
Expressão que ouço com tristeza
Eu: Quase, que nu e descalço
E você: No melhor salão de beleza
Sei que a vida, tem algum percalço
Mas a minha, me causa estranheza.
Diz, que eu sou pão duro
Porque, só durmo no escuro

Quem sabe! Para esconder meu desgosto.
Ou talvez! Para não ver seu rosto

Lemos, sexta-feira, 16 de dezembro de 2005.
10:46.

Do pó ao pó.

Do pó ao pó.

Ao sair deixe a luz acesa
Não beba todo café
Deixe um pouco pra mim
Sei que vai embora
Mas isso não é o fim
Quantas pessoas se foram
E nem por isso o mundo acabou
Continuará a mesma
E sempre serei quem sou
Doa a quem doer
Lá pelo final verá
Onde é que foi se meter
Mas eu que nada tenho de santo
Fico bem quieto
Aqui no meu canto!
Só depois me manifesto
A vida é uma só
O resto é apenas resto
Do pó ao pó
É bem assim o caminho
Mas como ninguém espera
Sereno e calmo pelo fim
Não será diferente
Em se tratando
De mim!
Haverá outras emoções
Outras angústias
E incontáveis lições
Continuarão os direitos e deveres
Mais jamais:
Abrirei mão de alguns prazeres!

Lemos, 20/01/2011.

sábado, 8 de janeiro de 2011

E ainda dá asa

Condenado está
Aquele que se condenou
Aquele que se rotulou
Como eterno sofredor
Não vai dar certo!
Diz o infeliz:
È sempre assim:
Na minha vez
Mas não percebe:
Ser opção que fez
Assim como e optativo
Ir parar na cadeia
Por ter roubado
Quando a coisa estava feia
Sei que ftalidade existe
Mas tem gente que chama
Algumas enfermidedes
Recusando-se a ver e ouvir
As mais gritantes verdades
Como. Cigarro causa:
Cancer de pulmão
De estômago e;
Disturbios de ereção.
Mulher boa:
è a que se tem em casa
Mas o diabo traz a insatisfação
E ainda dá asa
Para que o idiota possa voar
Depois; a poda
Tornando impossivel o retorno
Ao desprezado lar
Contudo; pouco há a se fazer
Quando o cego é aquele
Que se recusa a ver!

Lemos, 07/01/2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Dando o melhor

Nada sabemos
Mas mesmo assim
Nos achamos
Os donos da cocada
Sempre nos vemos
Dando o melhor
Quando ainda há tanto
A ser dado
A ser melhorado
Quantas palavras
Jogadas fora
Quando poderiam
Serem guardadas
Para o devido momento
Quando geralmente
Elas nos faltam
É:
As palavras assim
Como as pessoas
Ora sobram;ora faltam
Vez em quando ruins
Quando em vez boas
É,algumas vezes acertamos
Contudo ainda há muito
A ser aprendido!

Lemos; 05/01/2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Meu rosto

Foi assim:
Que vi o dia
Ir-se
E eu
Quieto aqui
Sem razão
Sem reação

Foi assim:
Que perdi a noção
De ser
Simples e exato
Por um ato
Ou uma omissão
Perde-se o chão

Perdi meu norte
Por não
Ter ido atrás da sorte
Por não
Ter-me imposto.
No momento crucial
Não mostrei
Meu rosto

Entretanto, agora
Passou do ponto
Não é hora
De dar sinal
Passou o ponto
É circular.
Puxar a cordinha
Na volta;
E, se voltar.
Às vezes
Em se tratando
De ser feliz
Erra-se o alvo
Apenas por um triz!


Lemos, 04/01/2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Bel prazer

Bel prazer.


Não deu certo
Mas por acaso
O mundo se acabou?
Deixe de choradeira
Você tem a vida inteira
Para tentar outra vez
E outra vez
Se não foi agora
Poderá ser depois
Vida a dois
É assim mesmo
Pessoas diferentes
Opiniões diferentes
Que queria você afinal?
Gosta de ser dono
Das pessoas e do mundo
De cada hora
De cada segundo
De todas as coisas boas
E as outras pessoas
Será que não?
O mundo a seu jeito
E ao seu bel prazer
-----x-----
Dono do mundo e da razão
Prazer em conhecer!
Mesmo sendo assim
Nada humilde, e tão egoísta.
Contudo, da próxima vez.
Deixe um pouco pra mim
Pense no seu irmão
Um pouco de sol
Um pouco de mar
Um pouco de razão
Um pouco de ar
Um pouco de manjar.
Apesar de pobre
Também tenho paladar
Talvez não tão refinado
Dono do mundo!
Viva; e aprecie o seu.
Mas se possível
Respeite o meu!
E quanto ao assunto
Que estava em questão
É, mesmo, retroceder.
Não tem outro jeito, irmão.
De reter, o seu bem querer!


Lemos, 03/01/111