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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mundo torto.

Mundo torto!

Triste por ver
O amigo sofrer
Ao deixar de ser
Como antes era
Padecer, a dor do amigo
Que, outrora, independente
Não passa um bom momento
Não tem esperança nem alento
Triste; por demais querer
E não poder atender
A minha vontade
De me aproximar
E sereno procurar
Levar algum conforto
Mundo torto!
Onde; quem adora falar
Hoje não pode
Sequer se comunicar
Onde; quem quer dar a mão
É impedido pelo fraco coração
Que tem, amor pra dar
Mas, agora, só consegue
Nada mais do que chorar!
É assim:
Para alguns tem jeito
Mas para outros é o fim!


A.V.C.

Lemos vinte e quatro de novembro de dois mil e dez.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nem o bobo da corte.

Pareço bobão?
Sendo ou não
Confesso, não saber
Embora, bem o quisesse
Contudo; confesso que sei
Que algumas pessoas
Embora boas
Vêem-me assim
E me tratam como tal
Não fico triste
Nem levo a mal.
Sendo eu
Bobão ou não
Alguma lição
Esta dúvida me deu
Bobalhão: Um dia desses
Uma criança me chamou
Achei engraçado
E ri, até cansar
Se alguns amigos
Enxergam-me como bobão
Naõ seria:
Uma inocente criança
A me tirar:
Da graça e da razão
E nasce assim:
Um novo ditado
“Nem mesmo o bobo da corte
Deve ser subestimado!”

Lemos 16/11/2010.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Num canto:

Quieto num canto
Nem riso, nem pranto.
É asssim que vejo
O resignado
Que tolo acredita:
Já ter dado
tudo o que tinha a dar.
Quando ainda há muito
A ser executado.
A ser festejado
E também chorado.

É assim, que já me vi
Quieto num canto
Em um nefasto dia
No qual, me arrependi
Por ter acordado.
Quando; segundo minha visão
Fui cruelmente injustiçado
Mas, quem não o foi um dia?
E nem por isso, tudo acabou
Como; a falsa intuição dizia.

Resignar-se;
Somente com a morte
Pois não há volta
Contudo; não admite revolta
Por ser fato consumado
Esconjurar a morte
É mais que pecado
É blasfemar
Contra a vontade do Pai
Pois é assim:
O Pai chama; o filho vai!

Já me quedei em um canto
Sem chorar; nem sorrir
E hoje; nem sequer sei
O nome do papel:
Ao qual, enfim, me prestei
Só sei, que prudentemente:
Optei, por continuar
E agora: Já não tenho
Nem medo de sorrir
Nem vergonha de chorar!

Lemos; 12/11/2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Poucos amigos?

Poucos amigos!
poucas festas
Entretanto,não faz mal
Amigos não precisam de festas.
Quando o próprio encontro
já é uma celebração.
Se, estar presente
Um na vida do outro
É o melhor presente.
Ter verdadeiros amigos
É; a plenitude de ser gente!
Aquele, que não tem um amigo
Na certa não é merecedor
Posto que,amor só vem
Quando; se dá amor
Quem não tem amor prá dar
Dá festas para se rodear
De pessoas, nem sempre boas
Que comem e bebem
Que cantam dançam e sorriem
E depois se vão
Sem nada deixarem
Porque nada trouxeram.
E sem nada levarem
Porque nada havia
Além; de um imenso vazio.

Lemos, 10/11/2010

Quase um calamidade.

No dia em que se chora
É quase que impossível sorrir
Porém no dia em que se ri
É muito fácil vir a chorar
Riso depois do choro
É onde, se ri melhor
Choro depois do riso
É dos prantos o pior
É quase uma calamidade
Por nos jogar nos ombros
O pesado fardo da realidade.
De que tanto a alegria como a dor
Cada uma no seu devido tempo
São sempre passageiras
Sendo mais marcante a segunda
Pela enorme e lúgubre sombra
Que projeta sobre a primeira!

Lemos, dez de Novembro de dois mil e dez.

domingo, 3 de outubro de 2010

Véspera de eleições.

A estranha mulher que encontrei no caminho
Quando voltava da padaria
Foi a quarta pessoa que vi naquele dia
E a segunda com quem conversei
Pra ser mais exato; a primeira a quem escutei
E que coisas estranhas e interessantes
Aquela enigmática mulher me falou
Era véspera das eleições
Quando educadamente me interpelou
Desejando-me um bom dia
O que lhe respondi prontamente
E sereno continuei a caminhar
Quando novamente sua voz se fez soar
Dizia a mulher: espere um pouco.
E sua história começou a narrar
Contou-me ter vindo da Bahia com onze anos
Trazendo um filho na barriga e muitos planos
Que ao longo do tempo não deram em nada
Chamou-me a atenção sua aparencia cansada
Dizia ter trinta e oito anos de vida
Apesar da feição um tanto envelhecida.
Enormes seios, descansavam sobre sua barrriga
Foram, mais dez filhos desde o primeiro
Ao longo de vinte e sete penosos janeiros
Esboçou,então, um sorriso algo triste
E logo em seguida perguntou-me:
_Em quem o senhor vai votar?
Respondi que ainda não havia decidido.
Pois sou partidário do voto secreto
Ela, não se fez de rogada
E, apontando para um cartaz
Que se encontrava do outro lado da rua
Disse-me:
Não vote; naquela piranha!
Pois a desgraça será tamanha!
Respondi-lhe que não iria votar
E recomecei meu caminhar
Quando, novamente, a mulher me chamou
E com voz baixa me questionou
Se não me incomodaria, se me desse um presente
Respondi que não, desde que não lhe fizesse falta
Seu grau de pobreza era muito aparente
Visto que portava uma grande sacola
Com alguns produtos recicláveis
Em suma: era ela, uma catadora.
Dizendo, que não lhe faria falta
E que era, um grande prazer me presentear
Em uma sacola menor, começou a vasculhar
A primeira coisa que dali retirou
Foi, um pequeno pombo negro, já morto
Fiquei observando, com o olhar meio torto
Contudo, não me dei por achado
Depois saiu da sacola um monte de papel amassado
Um minúsculo carretel de linha amarela
E por fim, um pirulito embrulhado
Novamente a voz da mulher, com certa emoção
Aceite meu amigo, pois é de coração!
É claro que aceitei, e coloquei no bolso da bermuda
Estava eu, preste a seguir quando me perguntou meu nome
E logo em seguida disse-me o seu
Disse chamar-se Silma, e fez questão de frisar
Não ser Dilma, aquela do cartaz!
Observou-me, que eu devia ter lavado os olhos ao acordar
É certo que eu havia lavado, mas pelo jeito muito mal
Aceitei a critica de modo cordial
E ofereci-lhe um pão para, então, seguir caminhando
Foi quando veio, enfim, o tópico da conversação
Aquela mulher, me perguntou se eu tinha filhos
E que idade, tinham eles no momento
Respondi, ter um filho de vinte e dois
Quase caí quando ela me ofereceu para adoção
Sua pequena filhinha de dois
A qual não tinha condições de criar
Interiormente, questionei se a informação procedia
Mesmo, não sendo ninguém para julgar
A sanidade mental daquela mulher
Afinal!
Aparência; muitas vezes conduz a nos enganar
Até mesmo porque, ela falou peculiaridades da criança
Subiu-me um nó na garganta
Apertei a mão suja da mulher, e segui meu caminho
Já em casa, lembrei-me da alegria com que comeu o pãozinho
E quanto; ao pirulito que dela ganhei
Foi o melhor doce; que na vida degustei!

Lemos domingo três de outubro de 2010.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O início do fim

Deixo o legado
Do pouco que fiz
Aos, que nada fizeram
Por um mundo melhor.
Não, parto infeliz
Pois o pouco que fiz
Foi tudo, o que pude
E, o insuficiente que dei
Era tudo o que tinha
No momento a dar
Não levo remorso
De quem muito deve
Que a transição:
Seja branda!
E a terra, bem leve
Que o Pai me acolha
E que este mundo
Fique melhor sem mim
É este, o meu discurso
Para o inicio do fim!

Lemos, 28/09/2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Acabou a sintonia

Deixar prá lá
Melhor do que brigar
Melhor do que gritar
E acordar o vizinho
Calar e se acalmar
É mais que solução
É resolver sozinho
O que não dá
Para resolver a dois
Também não dá certo
Deixar prá depois
Às vezes discutir
Não é mesmo!
O caminho a seguir
Quando, não há
Como se comunicar.
Acabou a sintonia:
Melhor desligar!

Lemos 27/09/2010

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Com ou sem razão

Um ser
Que, sabe ser
Fiel a si
Aqui ou acolá
Lá ou ali
Um ser
Que, sabe ter
Opinião
Com, ou sem razão
Mas quê:
Sabe reconhecer
Quando, o levam a ver
Toda a claridade
Que tem a verdade
Um ser:
Que aprecia
O bom viver
Mas, que sabe chorar
Quando precisar
Que, sabe calar
Pra não chatear
Que, sabe mentir
Pra não magoar
Um ser, quê:
Entra ano
Sai ano
Sabe se ver
E se conhecer
Como ser humano!

Lemos 25 de agosto de 2010.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Amargo remédio

Amargo remédio!
É perder:
Um amor por desatenção
Amargo remédio!
É jogar fora:
Um emprego por lassidão.
Amargo remédio!
É bater:
Por estar na contra mão!

Amargo remédio!
São, as cíclicas palavras
Que o mundo nos diz
E que dão, raiva e tédio
Amargo remédio!
São, as surras que a vida dá
Os desencantos do amor
Os espinhos, que no mundo há!

Queimar-se, ao brincar com fogo
É, um amargo remédio!
Perder, o salário no jogo
É, Amargo remédio!
Extraviar-se, por uma paixão
É, amargo remédio!
Mas, não se toma em vão.

O que arde cura
O que aperta segura
Repetia, minha velha mãe
Era: A teoria do amargo remédio
Sendo, cantada em verso
Era, o saber embarcando
Em meu pequeno universo

Tapando-me, o nariz
Despejava, a Emulsão Scott goela abaixo!

Lemos, quarta-feira, 21 de Setembro de 2005. 15:15.

Arnesto!

O Arnesto foi-se embora
Minha vontade, não valeu!
Havia chegado sua hora
Como um dia também
Haverá de vir a minha
E ninguém; poderá fazer nada.
Da mesma forma:
Como, não pude reter o Arnesto.
Sendo; a vontade do Pai.
O bom filho; sempre vai.
Mesmo, deixando saudade.
Mesmo, deixando certa tristeza.
Mas; o maravilhoso Arnesto.
Foi; encontrar a beleza.
Como ninguém:
Soube cumprir sua missão.
E agora; encontra-se no paraíso.
Digo: Sem medo de errar
Que, o bom e velho Arnesto.
Com Pai; foi se encontrar.
E feliz, se encontra agora.
E, por ter esta certeza.
Não mais; chorarei a sua ausência.
Quem na vida; semeia a paz.
Vai feliz, ao encontro dela.
É esta; a maior certeza.
Que um homem pode ter
A maior riqueza; é preservar a fé.
Deus; vê cada filho.
Exatamente, do jeito que é.
E, o meu irmão Arnesto.
Cada dia, mais transparente.
Cada dia, mais verdadeiro.
Uma lição! Do que é ser gente
Fica; a nossa saudade:
Entretanto; que não seja chorada.
Pois; o Arnesto não morreu!
Apenas; partiu em paz.
Para os braços de Deus
Para ocupar o seu lugar
Entre os abençoados
Valeu! Arnesto.
Já chega de chorar!

Lemos segunda-feira, 24 de setembro 2007 21h44min.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Pela Ação

Dizer não!
Antes de ser perguntado
E a grande saída
De quem não quer
De modo algum ser contrariado
É a desculpa do imundo
Que vê; só seu o mundo
Hoje, não estou pra ninguém:
E tudo bem! Segue a vida.
O grande egoísta dono da razão
Que não sabe ouvir um não
Por isso mesmo, não o diz
Escancaradamente:
Como faz muita gente
Que não tem medo da verdade
Hoje, não saio nem por decreto!
Diz: o tolo sujeito
Antes, de alguém lhe pedir
Dono do mundo e da verdade
Refém, de sua vontade
De contrariar
De encher e chatear
Fique; no seu universo
Fique calado, em seu canto
Com, sua falsa cara de santo
Com, seu sol e sua lua
Quem está de saída sou eu
Quem sabe, lá na rua?
Possa,então, voltar a sorrir
Possa voltar s sonhar
E acreditar nas pessoas
E em obras voluntárias
Sejam elas ruins ou boas
Mas que sejam de verdade
Que busquem, algum meio
Pois, de boa vontade
Tanto o céu, como o inferno
Estão quase cheios
Mas; não se deixe enganar
Tanto em um, como no outro
Sempre se arruma, algum lugar.
Contudo; que seja pela ação
E jamais; pela omissão
A minha; maneira de pecar!


LEMOS QUARTA FEIRA QUATRO DE AGOSTO DE 2010.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O plenamente

Deixei a dor falar por si
E não restou muito de mim
Foi quando me fiz o favor
De não deixar falar a dor
Com tanto ardor
E ao censurar a voz da dor
Encontrei-me com mais amor
Para com minha pessoa
E foi assim que coisa boa
Começou a acontecer
Foi assim que pude ver
Que a vida por outra janela
Já me parecia algo bela
Não que a dor deixou de doer
Mas ao parar de remoer
Toda aquela minha tristeza
Meus olhos enfim se abriram
Para toda a beleza
Que pode ter a vida
Quando devidamente vivida
E sabendo; que o plenamente:
E algo que não existe
Já não me surpreendo
Nem tão alegre
E tampouco tão triste!

Lemos vinte e sete de julho de 2010.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Um novo dia!

Discutir:
A nada leva
Quando não há
Aonde ir
Calar:
Melhor do que falar
Quando não há
Nada a dizer
Quedar:
Melhor, do que agir
Não havendo
Nada a fazer.
Em nome da paz
Nada disso:
É se omitir
Nada disso:
É covardia
E amanhã:
Será de novo:
Um novo dia!

Lemos 14 de junho de 2010.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sem querer

Não acreditar
É sofrer
Sem querer.
É querer
Pagar pra ver
Não acreditar
É Não confiar.
É Ter medo
De ser enganado
É Justamente assim
Que muita gente
Engana-se até
O triste fim!


Lemos 10 de junho de 2010.

terça-feira, 8 de junho de 2010

No mundo da lua

Deixar em branco
É o que tem a fazer
Quem já escolheu.
Ser chamado
Ser tachado
Nada diz!
Para quem:
Sente-se feliz
Desaforo foi feito
Para se levar
Para casa e incinerar
Jamais, para retrucar
Deixe falar deixe gritar
Deixe desabafar
Não medir o que diz
É sintoma de infeliz
Desafiar a paz
É coisa de incapaz
Já escolheu
Tudo bem!
Aproveite o que colheu
E deixe o mundo seguir
Para onde tiver que ir
Fique na sua
Não há gente feliz
No mundo da lua
Devanear pode ser legal
Mas viver bem
Isso; não tem igual!


Lemos oito de Junho de 2010.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

a três.

Uma forma de amor
Onde cada qual
Encontra um sabor
Para quem trai
O da aventura
Para o amante
O de imensa vaidade
E para o traído
A falsa felicidade
Às vezes
Com jeito de completa.
A três
Três sabores enganosos
Provados no escuro
E toda segurança
Pode se perder
Além do muro
Ou mesmo ao nascer
Do maravilhoso sol
Sabor efêmero da vaidade
Que pode se desmanchar
À luz da verdade.
sabor da aventura
Que triste se esvai
Na frieza da noite escura
Em que o amante se vai.
E o sorriso do feliz
Pode se romper
Ao ser esclarecido
Por alguma boa alma
E pode dar lugar
Ao imenso ódio
Ou inexplicável calma
Por, enfim, acordar
De um sonho malfadado.
E ao final de tudo
A hora e a vez do oposto
Que; em forma de verdade
Vem ocupar seu posto
Dando novos valores
E tomando novo rosto.
A quem foi enganado
Finalmente! A paz.
E, novo rumo à vida
A quem traiu; a solidão
De quem:
Não inspira confiança.
Amante, é apenas amante
Não quer ficar
Com triste herança
Do fim, de uma traição
Sabe quê: De quem traiu
Só se pode esperar
Ser também traído
O que; não é o ideal
De nenhuma mulher
Ou de qualquer marido!

Lemos vinte e quatro de maio de 2010.

sábado, 22 de maio de 2010

Está para acabar

Ele vai vetar!
Já teria dado
Se fosse pra dar
Orgulhoso que é
Não vai arredar pé
Da merda que fez
É ele quem manda.
É ele; a bola da vez!
Mas, está pra acabar
Seu ciclo se encerra
Com a triste chegada
Da nova era, a [do] Serra
E todos já sabemos
A nova tendência
Por falta de sensibilidade
E não de competência
Vai desmoralizar
O que por si só
Já foi avacalhado
Será, um tal de:
Vamos encher as malas
Cuecas e meias.
Que fiquem bem cheias
E o chefe condescendente.
Isso não vai mudar!
Já faz parte da história
É parte:
Da, desejada, difícil arte
Que é governar
E, que se danem
Os aposentados!
É o que dizem os seus atos.
E ao povo, mais que sofrido
Só resta seguir votando
Ter forças e também empregos
Para felizes morrerem
De tanto trabalhar
Melhor do que serem
Covardemente roubados
No momento de descansar
Quem já sente na pele
Sabe do que está falando
E triste encarar os fatos
Estou quase me conformando
E os sete.setenta e dois
Como se fosse, grande coisa
Ficam para bem depois!
E para uma grande parte
Falo; daquela que parte.
Prá nunca mais!

Lemos, quase que conformado.
22de maio de 2010

Não vetou!
11 de agosto de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Já me senti assim.

Sem sol; sem ar puro
Sozinho e no escuro
É assim:
Que quero ficar
Pelo menos, por agora
Não preciso ver
E nem saber as horas.
Não preciso respirar
Deixar-me quieto
É um favor completo
Hoje; não quero
Encher o saco
De quem quer que seja
Sinto-me fraco!
E mais, quero ficar
Para não escutar
Sua conversa fiada.
Tampouco, sua linda prosa
Já conversei assim
Pintei; seu mundo de rosa.
Mas, não deu em nada
Foi naquele tempo
Em que, soberbo, me sentia
O dono da cocada.
A cocada, se acabou:
E com ela, o meu ego.
Como pode um homem?
Ser assim tão cego
É por isso que hoje
Nada quero ver!
Nada quero ouvir!
E nada de cocada!
Seja, branca ou escura
Eu e minha tristeza
E minha alma, nada pura.
Que fique você, lá fora!
Com, sua majestade
E seu maravilhoso mundo
Com toda, sua beleza
E, por favor, guarde para si
A sua inquestionável verdade.
Agora; vou me encorujar
Para somente eu:
E ninguém mais sentir
Aquilo, que é só meu
Que meu suposto saber
A seu bel prazer, me ofereceu.
Amanhã, quem sabe!
Queira eu respirar
Ouvir, e também sentir
E talvez; até falar
Entretanto agora
Deixe-me quieto aqui.

E vá logo embora!

Lemos, quinta feira vinte de maio de 2010.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Podemos sonhar!

Pele escura
Pouca cultura
Relegado
A segundo plano
Entra ano sai ano!
Triste:
Como não poderia
Deixar de ser
Pele escura:
Sobrepujado!
Nenhum valor
Agregado
À sua pessoa
Nenhuma coisa boa
A almejar
Nada de sonhar
Vida dura:
Ônus da pele escura
E da pouca cultura.
Muito pouca:
Ou nenhuma cultura
Foi o que restou
A quem tem
Pele escura
Mas, isso é quase
Coisa do passado
Já podemos sonhar
Podemos aspirar
Futuro promissor
Até que enfim!
Alguém:
Que tem o poder
Reconhece nosso direito
E nosso valor
Oxalá!
Não haja retrocesso
Embora lento.
Já se vê algum progresso.
Afinal!
Nem todo mundo é:
Bom de bola!

Se acha que é exagero, faça uma pesquisa sobre o assunto; a começar pelo grau de instrução e salários entre um e outro.
É claro!
Que cada um, deve buscar seus ideais com bastante garra.
Entretanto, um pouco de incentivo sempre é encorajador.
Não sou pessimista e continuo afirmando que:
Podemos sonhar!

Lemos. O de pele escura

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dou-me por satisfeito.

Não sou escritor
Apenas escrevo
Das coisas do mundo
Do amor e da dor
E aquilo que mais
Acho que, posso e devo
Apenas escrevo
O que aprendi
E às vezes até
O que ainda não sei
Não sou escritor
E humilde confesso
Que até gostaria
Se a inspiração
E a sabedoria
Viesse algum dia
Não sou escritor
E pegaria mal:
Se; algo vaidoso
Julgasse-me como tal
Gosto de escrever
E por isso o faço
Com certo prazer
E se por acaso
Faço-me entender
Dou-me por satisfeito
E ao suposto notável
Que me criticar
Que faça melhor
E ao invés de se achar
Que se encontre no mundo
E que seja capaz
Pois nem sempre o profundo
Pode ser alcançado
Pela grande maioria
E algum velho ditado
Sendo mal traduzido
Pode ser revertido
Em algo nocivo
E toda verdade
Só e reconhecida
Sob imensa luz:
E, que a minha e a sua
Não seja submetida
Ao peso de uma cruz
Apenas escrevo
E não alcancei
A visão do profundo
E até hoje questiono
Por que; o homem matou?
A verdade do mundo!
Lemos dezessete de maio de 2010.

Hora de repensar.

Voltar para casa:
Que legal!
Pareceu-me um século
Um mês de hospital
A comidinha da mamãe
Que maravilha!
O arroz branquinho
O feijão suculento.
Tudo bem!Que me mantinha
A comida do hospital
Mas, como era horrível
Aquele macarrão grudento.
E o feio e pálido bife.
Que teimava em não ser engolido.
Minha velha cama, que agora:
Confortavelmente me abraça
Como a mãe, ao filho querido.
Traz-me, de volta a vida
Depois, da quase desgraça
Que teria aniquilado
Com a paz da minha família
Hora de repensar:
Algumas das minhas atitudes
Amadurecer, alguns pensamentos
Reeditar minha existência
Melhorar; o meu eu
Buscar ser mais feliz
Aproveitando a vida
Que o Pai me devolveu
Dar; as pessoas queridas
O que elas desejam para mim
Deixar de lado, mas não esquecer
Que estive a um centímetro do fim
Ter tido; um pé na cova
Caiu-me como uma luva
Levando-me, sério, a pensar
Com toda, e mais alguma certeza.
Hora, de louvar ao criador!
E, feliz celebrar a vida
Que é mesmo; a maior Beleza!
Lemos. Segunda feira dezessete de maio de 2007

sexta-feira, 14 de maio de 2010

De si para consigo

De si para consigo.

Quando se deixa de ser covarde
Vem a imensa tristeza
E a dor do remorso arde
Porque até então
Vivia-se iludido, vivia-se perdido
Não se tinha noção
Daquilo, que fazia ou não
Desconhecia-se o certo
Sendo normal andar errado
Covarde não tem sentimento
A não ser a própria alegria
A não ser a própria dor
Ao covarde, o resto do mundo
Simplesmente é nada
Covarde, só vê a própria estrada
Vive de si para consigo
E só enxerga o próprio umbigo
Raramente a covardia se acaba
Mas quando isso acontece
Além de enobrecer
Não deixa de entristecer
Pois só assim; se enxerga
As maldades que cometeu
E as tantas desatenções
Que, amiúde, causaram
Tantas desagradáveis emoções
Mesmo assim; é uma benção
Deixar de ser covarde
Pois a possibilidade de ser amado
Pelo irmão e semelhante
Passa a ser maior e melhor
A partir desse instante.
E se ganha também
Créditos; com o criador
E tem-se, uma vida pela frente
Para viver com mais qualidade
Que maravilha, voltar a ser gente!


Lemos sexta-feira catorze de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Muita paciencia!

Muita paciência!

Muita lenha!
E:
Uma fogueirinha de nada
Foi assim que vi:
A convocação da seleção
E muita gente
Assim como eu
Também viu
Também sentiu
Na pele, e no coração [
A falta de emoção
Que seria fundamental
Para uma copa ideal
Fazer o quê?
Muita Paciência:
Copa do mundo
Sem publico brasileiro
Esporte sem audiência
É falta de incentivo
E quanto aos atletas
Que se virem como puderem
E sóbrios acatem:
As conseqüências que vierem!

Lemos

terça-feira, 11 de maio de 2010

Onde tudo começou

Onde tudo começou.

Indo e vindo
E o pensamento
Sempre, me traindo
O pensamento
Sempre, apostando
Que, de nada sou
E me levando
Onde, tudo começou
Quando afirmo:
Que já acabou

Indo e vindo
De você, para o mundo
E, da tristeza para você
Que é; o meu universo.
Por mais, que diga que não
Sei, que me tem na mão
E o pensamento
Que, inutilmente desvio
Leva-me, a você num desafio

E, nas idas e vindas
Procuro aprender
Palavras, suaves e lindas
Para, humilde, lhe dizer
Mesmo; que a seguir
Por, uma coisa corriqueira
Apresse-me em partir
Maldizendo, a vida inteira
Arrependido, por vir.

Passaro traído; pelo pensamento
Atormentado, pelo ciúme
Mas que, não sossega um momento
Longe de sua voz, e de seu perfume
Que mal sai, de sua companhia
E já sente, a alma bastante fria
Tentando trair, o próprio pensamento.
Mas só; aumentando o tormento!

Lemos.
Com lindos ladrilhos.
Falo com sinceridade das coisas que aprendi
Sou humilde diante das que ainda não sei
Não me assusto duas vezes com o que já vi
Raramente, insisto em repetir no que já errei!
Há eventos, para os quais digo que já morri
Não busco resgatar, amores pelos quais passei!

Gostaria imensamente, de jamais vir a magoar
Pois não gostei nem um pouco de ser magoado
Mas, como é muito complicada a arte de amar
Sentiria-me indefeso, ante aquele antigo ditado
Em que; só se erra tendo coragem para tentar!
Que venha alguém me avisar, se estiver errado.

Que me diga então; o dono da razão e da verdade
Como se deve fazer para bem viver, sem tropeçar
Que mostre, e consiga provar toda sua veracidade
Se ingênuo enganei, assustado não me deixo, enganar
Alguns grotescos tombos conduzem à praticidade
E, mormente, ensinam a complexa técnica de levantar.

Nenhum manual coloca um homem nos trilhos
Não há lei, que faça alguém mudar sua natureza
Não vejo fórmula milagrosa para se educar os filhos
Nem creio em pré-estabelecidos conceitos de beleza
Nego-me, a enfeitar minha estrada com lindos ladrilhos
Só mesmo o tempo, para afastar qualquer tristeza!

Pronto para cumprir o meu papel no mundo
Acredito estar sempre seguindo os desígnios do pai
Mesmo, vendo o ser humano chegando quase ao fundo
Cego pelo egoísmo; não sabe ao certo para onde vai.
Não querendo ver o planeta, como um lugar tão imundo
Acredito; que a grande resposta um belo dia ainda sai!

Já não me preocupa pra onde vou ou de onde venho
Atenho-me apenas as modestas experiências que vivi
Uso muito bem, o pouco conhecimento que agora tenho
E somente atrevo-me a comentar os livros que já li
Nas minhas convicções não mais me embrenho
Pois já me flagrei, modificando coisas que escrevi!

Lemos

É duro sufocar

É duro sufocar.

Não chorei! Uma vez que...
Ninguém me viu chorando.
Mas; a agonia de meu ser.
Estava, mesmo, me aniquilando.
Chorei, invisível e interiormente.
Um choro; meio que diferente.

Era; um pranto camuflado.
Porém; imensamente agudo.
Embora, sem ser notado.
Um choro, seco e mudo.
Que rasgava, de dentro pra fora.
E que não queria, ir-se embora!

Digo e até juro, que não chorei.
Patética forma; de me consolar.
Todavia, só eu mesmo é que sei.
O quanto é duro de sufocar.
A suprema dor, da humilhação.
E a severidade, da desatenção!

Por ter, sufocado o pranto.
É, que mais sofro atualmente.
Mas quieto, em meu canto.
Não me sinto menos gente
E anseio, por melhores dias.
Evocando, pessoas menos frias.

Pessoas, que entendam o sentimento.
Que amiúde, a elas é dedicado.
E que não venham, em algum momento.
Trazer o pranto, inutilmente derramado.
Que saibam, entender o tormento.
De quem se vê, no amor humilhado.

E assim: Busquem não humilhar
Mesmo, que não tenham nada a dar.

Lemos terça-feira, 11 de abril de 2010.
19:43.

morto por amar

Morto por amar!

Preservando seus “verdadeiros” sentimentos
É que cheguei morto ao fundo do poço
Privando-me de meus melhores momentos
Por amar! Tive que roer, o velho e duro osso.
Por ser dono de todos os meus pensamentos
Foi que, me impeliu a morrer assim tão moço!

Agora; que a Inês é morta e eu também
É que; bom ou ruim o passado não retorna.
Sei que quem ama, passa a ser ninguém.
E que; por parecer sensato o amor suborna.
Vejo também; que ao se idolatrar alguém
A água fervente apresenta-se como morna!

Morto por dentro, e decompondo-se por fora.
É! Como geralmente se apresenta o desiludido
Pois não tendo razão para viver, não vê a hora.
De partir; junto com seu amor-próprio ferido.
Levando na alma; toda sua tristeza embora.
E; o arrependimento de um dia ter nascido!

Fazer sofrer por amor pode parecer um carma.
Que deve, e merece ser muito bem repensado.
Pois, o dom da sedução é uma poderosa arma.
Que fragmenta um pobre coração apaixonado
Aqui no além-mundo, nada disso mais me alarma.
Pois tranqüilo repouso. Sou um morto resignado!

Lemos o morto. Segunda-feira, 13 de outubro de 2003. 20h32min.

O que vem depois

Venha ver e se puder
Diga-me o que fazer
Diante da situação
Foi assim:
Que disse naquele dia
O bom marido da ingrata
E tão bela Maria
Fui e presenciei

Confesso que não gostei
Ma não disse nada
Não era da minha conta
E nada; tendo a dizer
Saí dali mudo como entrei
E a vida seguiu seu rumo
O bom homem:
Como tempo se acostumou
Com o que jamais
E de forma alguma
Acostumar-me-ia
Mas como não dei opinião
Quando me foi pedida
Jurei a mim mesmo
Somente cuidar
Da minha própria vida
Cada qual com o peso
De sua própria cruz
Cada qual com sua treva
Ou com sua imensa luz

Para ser infeliz
Ninguém precisa
De mentor
E para alguns:
Mesmo sendo traídos

É ainda, menos mal
Do que não ter amor
Fazer o quê?
Se o mundo é assim
Com traição,ou sem ela
Sempre se caminha
Em direção ao fim.
Embora ninguém o mire
Como algo corriqueiro
Mesmo porque não o é
Só se morre uma vez
Da morte:
Ninguém consegue
Virar freguês
Mas da traição sim!
Basta querer; amar por dois
Que; é só colher
O que vem depois
E fim!

Lemos terça feira quatro e maio de 2010

Não morri por conta

Dei a mão, e abri o coração
No seu momento crucial
Naquele dia; fui um cara legal
E logo depois fui esquecido
Não morri por conta
Pois já havia visto
Algo bastante parecido

Havia, apenas presenciado
Não tinha sido comigo
Mesmo assim, fui solidário
À dor do meu amigo
Foi; para mim, triste lição
No entanto, não me livrou
Do crivo da ingratidão

No seu momento difícil
Lá estava eu; mais que presente
Dando o melhor de mim
Quando; quem era esperado
Naquele episódio tão ruim
Fez-se, então, de rogado
Não apareceu!
Não lhe disse nada
Afinal! Segundo ele
Era sua, a estrada
Seu próprio caminho
E quê: na sua vez
Havia se virado sozinho

Porém; você não se virou
E hoje já tão distraída
Não se lembra quem sou
Nem que fui eu que a coloquei
De volta ao mundo e à vida
Portanto, aproveite-a como quiser
Mas não se esqueça que assim
Como homem tem que ter H!
Mulher tem que ser mulher!

Lemos, 16 de abril de 2010.