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terça-feira, 15 de abril de 2014

Já deitei muita prosa














Tanto fez, que afinal!
O balde entornou
A vaca voltou pra casa
O leite derramou

Chamou de vaca
A melhor amiga
Só pelo prazer
De uma briga

Mas quando precisar
De qualquer ajuda
Certamente vai chamar
Aí, então, a coisa muda.

E a vaquinha vem
Pois não tem rancor
E lhe quer bem
Mesmo sem ter valor

Mas comigo não!
Também lhe tenho amor
Não gosto do seu jeito
Dessa, falta de respeito.

Já deu, e passou da hora
Fique com sua idiotice
Estou indo embora!
Não suporto tanta tolice.

Tanta amizade boa
Que você antes tinha
Perdeu-as à toa
Só lhe restou a vaquinha

Que de vaca, nada tem.
É por demais superior
Pessoa total do bem
Mulher de imenso valor

Mas tolerância tem limite
O meu já se findou
Cuide bem sua vaquinha
Para não se ver sozinha
Perdida em sua estrada
Afirmar-se só. É igual a nada!

De minha parte, acabou.
Tanto é que estou partindo
Não foi por mim que entornou
Pode dizer que estou fugindo

E não estará fugindo à verdade
Pois dela, ninguém escapa.
Busco minha identidade
Assim, como fará um dia a vaca.

Que pro brejo, ainda não foi.
Por conta da compaixão
Ou por, não ter achado o boi
Destinado à sua missão

Dona ignorância!
Hora de acordar
Pequena é a distancia
Pra corrida acabar

O que não mata, engorda.
Antigo dito popular
Feito só pra consolar
Se a morte soa como castigo
Nem toda obesidade é salutar!

Já deitei muita prosa
Para quem está partindo
Cuide bem da Mimosa
Adeus querida! Estou indo.


Lemos

14/04/2014.








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