Ás
vezes penso
que
sou burro
Ao ver
as coisas não dando certo
Vendo as mulheres
irem embora
Quase tão logo quanto
chegam
E me pergunto onde
errei!
Algumas delas sequer
chegam a me conhecer
Ou então me faço
entender rapidamente
Como inservivel ou dispensável
Procuro dar o meu
melhor
Sendo um sujeito agradável.
Mas, será que meu
agrado desagrada?
Que minha
subserviencia incomoda?
Com os amigos acontece
o mesmo.
Volta e meia, vejo
algum partindo.
Talvez seja
minha carencia que assusta.
Ou alguma piada que
não cai bem.
Acho que sou burro…
E amiúde, me vejo
sozinho.
E já estou me
acostumando assim
Mas de vez em quando
recaio.
Quando uma mulher,
linda ou não.
Volta o olhar para
mim.
Como em um círculo
vicioso
Onde o amanhã já se faz
antevisto.
Gritando sua inexorabilidade
Dizendo em altos
brados
Que não há como
combater a verdade.
E mais uma vez me
assusto
Compreendo ser burro
e também louco
Ao clamar por um
mundo justo
Onde ao meu modo de
ver…
Todos temos algo bom
a merecer!.
Mas, quase que resignado…
Quedo-me quieto no
meu lado
Onde só o que pode me assustar sou eu
E também me consolar
Das agruras, as quais
me imponho.
Em busca do meu velo
dourado.
Até um dia, finalmente, aprender...
Que felicidade tem
mais de um lado
E que certamente não é o meu
Mas,não abro mão de
viver
Mesmo que de forma
não espetacular.
Só mesmo meu canário
Parece não me
abandonar!
Lemos. 1 de agosto de
2018