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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

inservível!






Ás vezes penso que sou burro
Ao ver as coisas não dando certo
Vendo as mulheres irem embora
Quase tão logo quanto chegam
E me pergunto onde errei!
Algumas delas sequer chegam a me conhecer
Ou então me faço entender rapidamente
Como inservivel ou dispensável
Procuro dar o meu melhor
Sendo um sujeito agradável.











Mas, será que meu agrado desagrada?
Que minha subserviencia incomoda?
Com os amigos acontece o mesmo.
Volta e meia, vejo algum partindo.
Talvez seja minha carencia que assusta.
Ou alguma piada que não cai bem.
Acho que sou burro…
E amiúde, me vejo sozinho.












E já estou me acostumando assim
Mas de vez em quando recaio.
Quando uma mulher, linda ou não.
Volta o olhar para mim.
Como em um círculo vicioso
Onde o amanhã já se faz antevisto.
Gritando sua inexorabilidade
Dizendo em altos brados
Que não há como combater a verdade.










E mais uma vez me assusto
Compreendo ser burro e também louco
Ao clamar por um mundo justo
Onde ao meu modo de ver…
Todos temos algo bom a merecer!.
Mas, quase que resignado…
Quedo-me quieto no meu lado
Onde só o que pode me assustar sou eu
E também me consolar
Das agruras, as quais me imponho.
Em busca do meu velo dourado.










Até um dia, finalmente, aprender...
Que felicidade tem mais de um lado
E que certamente não é o meu
Mas,não abro mão de viver
Mesmo que de forma não espetacular.
Só mesmo meu canário
Parece não me abandonar!




Lemos. 1 de agosto de 2018