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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Voltou!


Era grande a fila
O shopping estava reabrindo
E todos estavam lá...
Devidamente mascarados.




Aleluia, por isso!
E também levavam suas crianças
A economia, finalmente, voltou...
Mas, a pandemia essa não acabou.




Porém o que importava realmente
 Era a vida voltando
Contudo, por detrás da máscara
A morte estava acenando...



Sorrindo!
E dando boas-vindas aos voluntários
Que transbordando esperanças
Traziam, pelas mãos as suas crianças!



Lino
15 de junho de 2020





segunda-feira, 8 de junho de 2020

No escuro





Correu de encontro
Ao que seria sua salvação
Com o sorriso aberto
E a certeza de plenitude
Olhos fechados, aquela história
De salto no escuro!



Cantada em verso e prosa
Pelo, glorioso, Neimar de Barros
Um verdadeiro "profeta"
Dentro de sua época de ouro
Onde faturou alto...
Com seu livro Deus Negro
Que tive a oportunidade de ler.



Mas, como eu dizia.
Saltou sem titubear no escuro
Em direção aos braços de Deus
Que estava lá, mas não o amparou
Ele acreditou na misericórdia
Do todo poderoso, mas não sabia...



É que, não era bem assim
Pois tudo, passava pelo merecimento
Algo, que ele não havia alcançado
E não foi, sua desesperada fé
Surgida, estranhamente, em última hora
Que lhe deu a esperada salvação.



Na verdade, nada perdeu
Pois já estava tudo perdido
Contudo, poderia muito bem...
Ter errado sozinho.
Subtrairia um remorso...
Sofreria menos no além!



Enganando-se pela vida inteira
Como, enfim, acertar no ultimo suspiro.




Lemos
08/06/2020





domingo, 7 de junho de 2020

Respeito!

Eu creio em Deus!
Não é preciso empurrá-lo
Pela minha goela abaixo
A fé de cada um, tem o seu...
Devido tamanho.

Exijo respeito!


Lemos

07/06/2020

sábado, 6 de junho de 2020

Lacunas




Todos os dias me surpreendo
Com histórias que ouço
Ou que simplesmente se criam
Por si só, na minha caminhada.





Algumas ficam pendentes
De alguns detalhes
Que são ou não acrescentados
Em uma próxima ocasião
Por isso sempre estou atento
Com a mente aberta a novos fatos
Que sei que logo serão descartados
Para dar lugar a outra realidade
Que também terá seu prazo de validade.





Assim como...
O tem, tudo no mundo.
Dá pra contar nos dedos
Fatos que se tornaram definitivos
Dentro de algum contexto
Vi teorias cairem por terra
Diante de alguma outra
Até mesmo sendo mais duvidosa.




Que nem tudo é para sempre
Não está em questão
O que mais me espanta...
É a perene mutabilidade
Que tem as afirmações
E a altíssima velocidade...
 Com que morrem as convicções
Com que passam as ocasiões.





E vejo será a mesma brevidade
Com a qual convivem as emoções
Mesmo assim continuo a fazer planos
E me dou por quase feliz
Quando os realizo parcialmente
Pois assim mesmo é vida
Nunca a vivemos inteira...





Dado as lacunas que ficam
E a volatilidade com que é confeccionada
Isso se dá com a alegria
Como também acontece com a dor
Tudo tem hora de começar
E também de acabar.





A dor sempre nos parece mais duradoura
Devido a urgência que temos em mandá-la
Para algum lugar esquecido
Porém, das eventualidades
É a que mais é provida de obsessão
E nunca tem pressa de ser removida.





Falo de dor física e também emocional
Não sei precisar qual delas é a pior
Mas, acredito ser aquela do momento
Todavia, sei que a alegria maior
É aquela que mora nos sonhos
Pois ainda não acabou!






Lemos
Seis de junho de dois mil e vinte.




quinta-feira, 4 de junho de 2020

Botando banca




Do meu jeitão, resta a lembrança
Botava banca e me garantia
Preservei por anos essa ousadia
Até o evento de nome “Você”
Foi assim, que me conheci
Como um ser mutável
Não aceitei de pronto essa realidade
Que se esfregava na minha cara.



E por isso, passei um tempo agoniado
Depois olhei em redor
E vi, que tudo tem mais de um lado
Foi quando meu lado coerente
Enfim, veio à tona
Estava submerso a tal profundidade
Que chegou frio e rígido
Até meu velho coração.



Que acreditava bater dentro
Do peito de um super-herói
Tal era a minha simulação
Que, naquele dia caiu por terra
Foi assim, que me vi como gente
E baixei a minha bola
E passei a entender a vida
Como uma gigantesca escola.



Daquelas do século passado
Onde não era crime castigar
O mau aluno que não se aplicava.
Escola da qual não dá pra fugir
Pois fugir da verdade...
É como fugir da sua essência
Que pode ser blindada ou burilada
Mas, não deixa de ser unicamente sua.



Onde quer que eu vá
Levo comigo minhas lembranças
E alguma vontade de voltar
Para poder escolher um rumo diferente
Uma outra trajetória
Mas, acredito que poucos estão satisfeitos
Com o andar da sua história.



Mas, máquina do tempo, só no cinema
E quem quiser interferir no final
Tem que ter coragem de agir agora
Mesmo o preço sendo alto
Não há qualquer garantia de sucesso
Pois, o mundo gira à nossa revelia
Respeitando uma ou outra vontade
De algum vivente privilegiado.



Em um determinado momento e lugar
Temos a doce hora de sorrir
E a esclarecedora época de chorar.
Hoje!
Não mais boto banca de invencibilidade
Pois aprendi, que isso não existe
E que jamais no mundo existirá
O que vence dez, vinte ou cinquenta vezes
Em algum dia perderá.



Mesmo assim...
Não poderá se declarar derrotado
Outras batalhas virão...
Pois a vida tem bem mais 
Do que um ou dois caminhos
E nos puxa ou empurra...
Sempre a seu bel prazer
Acredito sermos marionetes
Que volta e meia esboçam atitudes
Que são toleradas ou refugadas.



De acordo com os caprichos
De Deuses ou Deusas...
Com suas inúmeras vaidades
Não penso pouco e acredito
Pecar sempre por excesso
E nunca pecar por escassez
Céu e inferno, sempre mencionados juntos
Estão em patamares opostos
Um é desejado, mas pouco buscado
O outro é concorrido pela maioria
Que em palavras o abomina
Mas que corre célere em sua direção.


Lino

Quatro de junho de 2020










quarta-feira, 3 de junho de 2020

Pelo mesmo nome





Dizer que não sabia
Não salvará sua pele

Embora, supostamente, melhore seu dia.

As informações pulam em você
Que se esquiva e finge que não vê
Guarde essa sensação de bem estar
E fique vendo o tempo passar.



Alguma coisa, o tempo lhe dirá
Como já vem mostrando
E que, comodamente...
Finge não ser com você
É com você, e com todo mundo
Com o justo e também com o pecador
A paz que sua vista grossa traz
É coisa temporária...
Que acaba quando tudo ruir.



Quando, os sonhos equivocados
Caírem por terra
E a realidade, enfim, mostrar-se
Nua, fria e maculada
Tudo lhe parecerá bem claro
E a outros que como você
Dão festas, cantam e dançam
Ao som de músicas duvidosas
Estampando uma risada amarela.



Não verá o céu tão azul
Nem a vida assim tão bela
Abra bem os seus olhos
E, apure seus tolos ouvidos
É hora de defender o mundo
Uma guerra em que há...
Apenas um inimigo multiplicado
Mas, que atende pelo mesmo nome
E se encontra em todas as imediações
Desse imenso e frágil mundo.



Sei que dói minha chatice
Porém, alguns como eu...
Já viram a dor ficar Maior
E sabem o que está por vir
As duras promessas se cumprem
Entretanto a esperança espera
Que todos se unam
E um dia, de alguma forma...
Possam voltar a sorrir.


Ou, quem sabe, a esboçar...
Um arremedo de sorriso
Que aos poucos poderá se tornar
Algo mais substancial
Só sei quê! 
Seguindo nessa toada
Logo, nos veremos...


No dia do juízo final!



 Lemos
Três de junho de dois mil e vinte




terça-feira, 2 de junho de 2020

Ainda não!


Muito choro e pouca vela!
Foi o que restou
Nessa triste novela
Onde não cabe a despedida
A quem iluminou nossas vidas.


Sinal dos tempos...
Dizem os profetas do já feito
Que pegam os ganchos do mundo
E, tomam bondes…
Dos quais nem sabem o itinerário.


Querem aparecer!
Sob a luz do extraordinário
Os que choram...
Ou são sensíveis, ou então...
Aprenderam pela dor
Não serão desmantelados
Pois a dor e a melhor vacina…


Em um mundo dominado por ela
Ela nos fortalece e ensina
Embora às vezes duvidamos disso.
A grande maioria enxerga o amor
De uma mesma maneira quase sólida
E não dá importância à dor…
Quando ela dói na casa do vizinho.


Muitas vezes o sofrimento vira piada
Quando é na China ou Estados Unidos
Vivemos a globalização
Mas, não aprendemos a união
Não importa a fome alheia
Tendo a mesa, e a barriga cheia!


Choro, sem companhia e sem vela
Pouco horizonte a ser mirado
Pra quem tem olhar verdadeiro.
Ao se ver, faltando pedaços.
Só é sobrevivente
Quando se salva inteiro.


Não seria esse o meu caso
Pois já perdi membros por aí
Sigo mutilado...
Ainda sorrio!
Para incomodar meus ais
Sofro!
Mas, ainda não decretei
O meu...
Não aguento mais!




Lino
Dois de junho de 2020

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Barbas de molho.







Anunciaram o fim do pesadelo
Quando ele era apenas...
Um sonho pequenino
E morava dentro de um ovo
Não sabiam o que diziam...
Havia ainda, muita estrada
Muita senda a ser percorrida
Não houve choro por aqui
Na época das suposições
Onde tudo se baseava no distante
Pra lá de além mar.





A coisa, andava feia por lá
Mas, por aqui tudo era alegria
Havia muito por vir
Ainda tinha pela frente o Natal
Das castanhas, dos presépios...
E, bem perto de tudo isso
Nos acenava o Carnaval
Que sorridente e estridente
Anunciava sua chegada
Naqueles dias de sonho
Maus pressentimentos eram
O mesmo que nada!




E as ruas se encheram de festa
Onde milhares...
Eram como uma só pessoa
Que cantavam e dançavam
Embalados, dentro da mesma alegria
Os turistas se foram tão logo
Acabaram suas férias...
E também a folia
Mas deixaram para trás
Um gigantesco cavalo de Tróia
Que hoje cavalga feliz
Nos prados verdejantes desse país!




E, hoje!
Mesmo depois da merda já feita
Alguns insistem em remexê-la
Tornando-a assim, mais fedorenta
O ovo enfim, já eclodiu
Barbas de molho...




Brasil!

Lemos 13\05\202o








quarta-feira, 15 de abril de 2020

Nos meus limites






Não vim de muito longe
Nem pretendo ir além
Do que me é destinado
Apesar da nuvem negra
Não deixo de sonhar.



Pois são os sonhos que nos movem
Quando tudo parece se acabar
Não vou aqui dizer que nada acabou
Já que vi muita gente passar
Para o outro lado.



Esses sonhos, sim, se acabaram
Pelo menos, nessa esfera
Mas, não quero ir por esse caminho
Posto que não o conheço.



E muitos que dizem saber...
Mentem ou acreditam em algo
Que foi plantado em sua mente
Por uma fé que lhes foi emprestada
Em algum momento de fraqueza.



Tenho fé sim, mas, muito limitada
Posto quê:
Graças, chegam a quem as merecer...
Bem poucos, nesse mundo cão
Onde muitos agarram tudo
Sem pensar nas necessidades do irmão.



Vejo, a coisa obscura
Com poucas promessas a ofertar
Porem, meus sonhos estão intactos
Dentro dos meus limites do sonhar!




Lemos
15/04/2020





terça-feira, 7 de abril de 2020

Pai Pregüiça





Não vejo em você a certeza
Que gostaria de sentir
Para ter alguma confiança no amanhã
Pois sei de você no passado
Quando éramos apenas uma pessoa
Já senti o gosto e o vi mudando
Como na música do Chico...
O que era doce acabou.



Já não conto, tampouco acredito
Em doces lorotas...
Já não rio de tolas anedotas
Ainda choro por leite derramado
Mas, me consola, o irremediável!
E me assusta o que está por vir
Foi bom ter o calor dos seus abraços.



Porém, me afugenta o som de seus passos
Embora tenha a tentação de lhe esperar
Sei, que representaria o meu fim
A minha velha fraqueza de lhe amar
Por isso engulo em seco
E sequer respiro para não ser ouvido.



O medo de amar é comum
Em quem, por amor foi ferido
Já dizia...
O velho e  sábio, Pai Preguiça
“Cão picado por cobra...
Tem medo, até de linguiça!



Lemos
07/04/2020






segunda-feira, 6 de abril de 2020

Nossa varanda!







É Tomé, precisava ver
Pra então acreditar
Mas, não acreditou
Achou tudo normal
Ainda não crê, pois não sentiu
Afinal, a China fica...
Do outro lado do mundo
A Itália também e longe daqui
Por aqui tudo normal!
E o que dizem os Tomés
Que pagam pra ver...
Por não verem, além do quintal.


Só que você não sabe Tomé
Que o mundo agora é nossa varanda
E que a ficção, já não se confunde
Passou a ser realidade
Não sabe Tomé, que Deus é Pai
E seu filho é a nossa maior verdade
Mas, que bestamente a deixamos assassinar
A coisa está bem pra lá de feia
E não temos a quem rogar.






É Tomé, tentaremos seguir de pé
Não me creio um predestinado
Mas, não quero viver pra ver
Mil caírem a meu lado
E dez mil à minha direita
Isso pode me sair muito caro
E num mundo pós apocalipse
Tudo vira alimento
Não se preserva o que se torna raro.






É Tomé, olhe em sua volta
E veja a merda que se tornou o mundo
Mas, acho que sempre foi assim
Momento de reflexão Tomé...
Onde cada qual quer ser mais esperto
Estive pensando, amigo Tomé
E diante desse tenebroso quadro
Não mais critico sua falta e fé!



Lemos 06 de abril de 2020