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domingo, 31 de agosto de 2014

Se pudesse!




Aparentemente!
Não havia razão
Para tanta infelicidade
Era o que lhe gritava
A “amiga” que se dizia...
Dona absoluta da verdade.
Mas, quem foi ao médico.
Aprendeu a ler rabisco
Era essa a verdade...
Que ela que tinha.


De tanto assinar
Contratos desonestos
Aprendeu a ler
O que vai à entrelinha
Abominava anjos
Detestava duendes
Fada madrinhas
E fada do dente.


Levava na mente
E no coração
O que finada vó lhe dizia
“Gato escaldado tem medo
De água fria!”
Sabia estar com um pé
No capacho da depressão
Mas sua experiência
Mantinha-a
Com o outro pé
Bem firme no chão.


E o olhar fixo
Em um ponto azul
Talvez até pra lá
Do misterioso horizonte
Mas entre...
Uma realidade fria
E um talvez enigmático.
Assim como o é...
Todo e qualquer talvez
Deu um passo atrás
Contou até três
E depois, novamente...
Até três!


Incontinente, virou-se.
E serenamente caminhou
Não para trás...
Mas sim para o lado
Em que olhava.
Com o olhar aparentemente
Apagado e vazio
Só ela sabia
O quanto seu coração
Havia sentido aquele frio
Oriundo da traição.


Sabia o sentir o cheiro
Antes de, desavisada pisar...
No que o cachorro fez
Poderia até se enganar
Mas, que fosse por si mesma.
Pela sua própria intuição
Bastava de ser marionete
Lutaria por sua razão
Mesmo, que não a tivesse.
Lembrou-se de outro ditado
“Salve-se que puder!”
Salvar-se-ia então...


Se pudesse!

Lino



31/08/2014


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Tanto esperei









Quando chegou
Achou ser
A bola da vez
Esbanjou beleza
Mostrou sua altivez
Sem qualquer sutileza
Falou declamou poesia!
Discutiu politica, religião.
Escancarou sabedoria
Não se absteve
De dar um sermão
Mostrando a todos
Ser também...
Dona da razão.


E pra fechar...
Sua teatral aparição
Com chave de ouro
Cantou ainda uma canção
E eu que:
Tanto esperei...
Por aquele momento
Já não via a hora
De acabar o tormento.
Mas demorou...
Pra você ir embora
Eu que, triste...
Lamentava sua ausência
Depois daquele dia
Não mais a lamento!



Lemos
14/08/2014


Na correnteza






Penso seriamente
Em afastar-me do G+
Por acreditá-lo
Pequeno demais
Banalizado demais
À exemplo
De outras redes sociais.
Gosto de ler
Para aprender!
Para crescer!

Mas, não sendo santo.
Sendo ofendido
Posso também ofender
E não concordando
Sempre deixo
Meu parecer.
Não peço pra ninguém
Concordar...
Ou deixar de concordar.

Mas, sempre é bom.
Respeitar
Para se fazer respeitado!
Aos amigos peço...
Que me perdoem
Se eu cometer essa fraqueza
Caso o faça...
Apenas estarei seguindo
Minha natureza.


De deixar as coisas
Seguirem o seu rumo
Na correnteza...
Da triste verdade
De que o mundo
Não mudará
Enquanto existirem
Fanáticos...
E imbecis!
Em varias modalidades.


Por enquanto...
Estou apenas pensando
Caso, resolva mesmo!
Minha ausência dirá...

Quando!



Abraços aos amigos.

Lemos
14/08/2014


somel57agora@gmail.com






quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Sopesando





Eu amei!
E por amar corri
Por amar
Também me arrastei
Por amar cantei
Sapateei e dancei
Por amar...
Também chorei
Por amar sonhei
Com melhor dia
Por amar
Escrevi poesia.



Por amar me anunciei
E também por amar
Alguma vez me isolei
Por amar menti.
E, em certas ocasiões
Também, por amar...
Até mesmo, me omiti.
Por vezes, me neguei.
Por amar
Amiúde, me anulei!


Amor é vaivém
É ser, e também não ser
Amor...
Pode ser missão
Ou ser apenas dever
Pode ser imaginação
Contudo, sempre é lição.
Mas por ser ironia
Uns aprendem
Outros não!


Amei um dia...
E ainda amo
De vez em quando
Mas vez ou outra
Surpreendo-me...
Sopesando
Imaginando...
Até onde vai dar
E quanto amor...
Pode?
Minha alma suportar!




Lemos

13/08/2014

No fundo do poço!









É seu o sonho





O sonho só tem sentido

Enquanto pode ser sonhado

Mesmo estando o mundo todo

Olhando para o outro lado

O sonho é seu!

E só você pode sonhá-lo

Manter-se firme sobre ele

Como o domador...

Sobre o imenso cavalo

E só sair dele após vê-lo

Domado ou realizado!



Lemos

13/08/2014

Para não vê-la sofrer







Ainda como na sua mão
E ouço suas ordens e desejos
Arrebento-me para atender
De minha vida abro mão
Para não vê-la sofrer
Pois para você é sofrimento
Qualquer possibilidade de um não!
Obedeço porquê!
A vida sem você perde a razão
Chamo de amor doentio
Por ser doença o amor
Doença que não se socorre
 Que só se acaba quando morre
O amor ou a pessoa.


O que leva a questionar
Se amar é mesmo coisa boa
Amo e vivo desesperado
E vejo o mesmo ocorrer
Bem perto de onde estou
Se me afasto vejo gente
Sofrendo por amor aonde vou
E novamente me vejo a perguntar
Vale-se ou não a pena amar!
Mas, enquanto não retomo a razão
Continuo comendo em sua mão!



Lemos
13/08/2014




terça-feira, 12 de agosto de 2014

Acabou a fome



Estou vivo!
Mas pra você morri
De pé bem aqui
Na sua frente
Pode dançar, pular
E até mesmo, sapatear


Estou indiferente.
Do mesmo jeito
Que vi você
Em relação à mim
Não é nenhuma lição!


Trata-se apenas...
Do final
De uma missão...
A minha missão.
De ter sido idiota
Ponto final.
Acabou a anedota
Cujo título
Era o meu nome
Resta alguma vontade
De comer algo...
Mas, acabou a fome!



Lemos
12/08/2014


Nada viu





Não serei eu
A lhe apontar o dedo
E dizer o que deve
Ou não deve fazer
Não serei eu
A ler, o que traz...
Por detrás do seu olhar
Não serei a lhe perguntar
A pergunta...
Que não quer calar!


Pois já lhe ensinei demais
Já lhe critiquei além da conta
Também já lhe questionei
De nada serviu
Foi com o vento tudo que fiz
E também tudo o que falei
Nada viu...
Do que eu tentei lhe mostrar
Por isso mesmo
Nem sequer vou lhe olhar!



Lemos

12/08/2014

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A paz que tinha!





Quando tinha trinta
Ninguém de trinta
Ou mesmo de quarenta
Interessou-se por mim!

Hoje com cinquenta
Apareceu alguém de trinta
O que, mudou em mim?
Por que fiquei interessante assim?

Era o que devia ter pensado
No entanto não pensou
Sentiu-se em paz
Exatamente quando
A paz que tinha se acabou!



Lemos
11/08/2014


domingo, 10 de agosto de 2014

O Pai atendeu!






Disse!
Tudo está perdido!
E foi, pra casa chorar
Chorou até se cansar
Doeu-lhe a cabeça
Foi se deitar.




E, uma vez, deitada
Pôs-se então a pensar
No porque de tanta tristeza
Daquele tamanho desespero
Não teve resposta.

Levantou-se e foi para a rua
E caminhou sem rumo definido
Até que, encontrou um bar
Por curiosidade resolveu entrar
E entrou, algo, ressabiada.

Daquele ambiente
Ela não sabia nada
Para não destoar
Pediu uma bebida
Nada resolveria!

Mas não seria um gole
Que a arruinaria
Ainda mais do que estava
Bebeu!
A bebida era forte.

E mais forte
Foi o tranco que levou
Logo se recompôs
A forte bebida a acalmou
Pediu mais uma!

A segunda dose
Não queimou.
Como havia
Queimado a primeira
Já um tanto entorpecida
Pediu quase sem voz...
Uma terceira.

Depois chamou um taxi
E retornou a sua casa
Com a cabeça latejando
E o estômago em brasa
Dormiu rapidamente
Sem precisar de uma razão
O porre lhe amenizou a solidão.

É claro que...
No outro dia estava de ressaca
Nunca havia experimentado
Semelhante sensação
Por isso mesmo jurou
Que não mais beberia
Mesmo sendo reconfortante
Não dá vida ao próximo dia!

O que ela precisava
Não era de bebida
Mas sim de boa companhia
A mesma, boa companhia
Que havia desprezado
Em um infeliz dia.

Dia!
Em que se achou melhor
Que as demais pessoas
E optou então por ser só
Mas a decepção é, sem dúvida
O melhor conselho
Já não se via tão linda
Diante de seu espelho.

Espelho que teimosamente
Lhe intitulava
A mais linda e a melhor
Cada vez...
Que falava ao espelho
Sentia-se ainda pior.

E olhando, mais atentamente
Via a solidão fungando
Em seu delicado cangote
E seus seios arfando
Em meio ao seu generoso decote
Que não tinha...
Ninguém pra compartir.

Foi nesse desespero
Que se viu órfã
Sem saber aonde ir
Mas, após aquela revelação
Que lhe trouxe a bebedeira
Entoou baixinho
Uma espécie de oração.


Pai!
Não me deixe na mão
Mantenha meus pés
Sempre firmes no chão
Faça de mim maior
E infinitamente melhor
Que eu deixe de ser
Egoísta e arrogante
Faça Pai!
Com quê
Eu ame e respeite
Meu semelhante!

O pai atendeu
Dali pra frente
Ela enxergou-se
Como gente!



Lemos
10/08/2014


Veio a emoção!





Iniciou-se a emoção
No dia em que
Passei na sua rua
Crianças corriam
Uma delas era sua
E eu como pai que sou
Parei para admirar
Aquelas belas criaturas
Felizes a brincar.


Aí veio a emoção
Quando você chegou
Sorridente ao portão
Para seu filho chamar
Era hora de almoçar
O menino passou
Correndo por mim
Mas não...
Tão rápido assim
Consegui o agarrar!
Antes do caminhão
O atropelar.


Ainda, logrei chegar...
Até você, e a segurar.
Antes de vê-la desmaiar.
Desmaiou e voltou.
E vendo o filho...
Começou, então, a chorar.
Um choro aliviado
Daqueles que não dói.


Em seguida só tive olhos
Para os seus olhos azuis
Gratos, a me mirar
Imagem linda
Que de minha mente não sai
Como, também, a frase.
“Esse menino precisa  de pai”
Pai divorciado!
Mãe solteira!
Assunto...
Para uma vida inteira.


Ninguém!
Pode afirmar que não
E foi ali...
Que começou...
A verdadeira emoção!
Que continuou
A vida e o amor...
Sempre estão com a razão!


Lemos
10/08/2014


sábado, 9 de agosto de 2014

Dentro da baleia





















Não vim
Pra ser problema
Tampouco, solução
Na verdade nem vim
Pra entrar na sua vida
Mas, as nossas vidas
Encontraram-se
Não sei se...
Estavam destinadas
A uma união.



Nem sequer, sei se destino
Tem algo a ver com coração
Que o poeta disse...
Ser terra que ninguém pisa.
Mas desejo e amor
São como fatalidades
Jamais se anunciam
Insinuam-se veladamente.


E quando damos por conta
Já abocanharam a gente
Muitas vezes vinga
Outras tantas
A coisa pode se tornar feia
Nessa hora, como Jonas...
É que saímos...
De dentro da baleia!



Lemos
09/08/2014