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segunda-feira, 30 de abril de 2018

O que mais preciso!





Há pouco mais de trinta anos...
Possuía itens, que não tenho mais.
Resquícios de juventude saúde quase plena
E algo que chamava de liberdade
Mas que me aprisionava
Dentro de uma roda viva
A qual chamava de bem viver
E era ditada por certo prazer
Que às vezes me custava os olhos da cara
E alguma ressaca ou arrependimento.



Mas, a aparência de felicidade.
Não dava lugar a qualquer lamento!
Durou exatamente trinta e três anos
Essa liberdade aprisionadora
Que me custou algumas rugas no rosto
E fortes dores nas articulações
Foi quando optei pela “nova vida”
Aquela vida de homem sério
Que algum homem diz ser muito boa
Passei a compreender o termo Esposa
Mas, conhecido como Patroa.



Passei a ter então, a tal Patroa.
E minha vida mudou...
Não poderia ter sido diferente
A boemia, ficou para trás...
Com uma fragrância de saudade
Mas, foi muito bom constatar.
A troca da alegria fugaz
Pela verdadeira felicidade
Trinta anos se passaram...
Como se fossem, apenas, trinta dias.



Não tenho mais aquela mobilidade
Mas ainda me defendo muito bem
O mundo amiúde me acena insistente
Mas não dou atenção, nem digo amém.
Tenho o que quero e o que mais preciso
Minha alma se rejubila
E esbanjo meu melhor sorriso
Chegando às vezes a gargalhar...
Ao lembrar os erros que cometi.



Ao confundir, solidão e carência
Com a mais real liberdade
Minha história!
Poderia ter sido diferente
Embora ainda não tenha...
Aposto o seu ponto final
Porém se acabasse nesse momento
Teria o epilogo ideal.
Na minha maneira de ver
Pois de todas as minhas etapas...
Nenhuma delas me deu tanto prazer.



Como a que vivo nesse momento
Junto de minha “Patroa”
Soberana de minha vida
Dona de todos...
Os meus melhores pensamentos.



Lemos

30/04/2018










domingo, 29 de abril de 2018

La carretera (Viajando em pensamentos)









Não deixei passar
Mesmo assim passou
E hoje...
Vejo-me aqui afogado
Em pensamentos tristes
Querendo ser consolado
Por outros pensamentos
Que em vão tento criar
Mas, que me fogem.
Montados em um tormento
Assim como me escapou um dia
Aquele precioso momento!



Lamento!
Mas, o uísque derramado.
Já perdeu o cheiro
Foi-se em um azedo vapor
A vida é feita de momentos
E o tempo, leva com ele o sabor.
Mas, deixa o arrependimento.
Dentro e uma nuvem de saudade
E a grande verdade
Essa continua por vir
Já esteve por aqui
Mas, foi vilmente assassinada.



E agora!
Sabendo da brevidade do prazer
Não troco um bom momento
Por uma imposição ou um dever
Já não tenho sorriso e nem pranto
Coloco a tristeza na mala
E a alegria, mesmo sem sorrisos...
Ponho-a na geladeira
Para que dure um pouco mais
Não se evita o inevitável
Não se adia o inadiável
Mas, é impossível não mentir.
Quando navegamos a esmo.



E uma vez que o mundo é malandro
Contento-me em mentir a mim mesmo
E às vezes fingir acreditar
Amiúde, tenho historias a contar
Mas as pessoas desaprenderam a ouvir
Tem estradas para todos os lados
Mas, apenas dois lugares aonde ir.
Quando la carretera se estreitar.



E na hora do salve-se quem puder
Já não me preocupo com isso
Nem agarro tudo que vier
Pois já sei que não poderei levar
Nem a um...
Nem ao outro lugar!



Lemos
29/04/2018







sábado, 28 de abril de 2018

Histórias de guerra!








Há muito, que pouco postulo
E que, humilde ou não, engulo...
O que a vida me oferece
Só sei, que minha alma.
Já não mais padece
E aparenta silenciosa calma
Faz tempo quem não reclamo
E bem ou mal, sigo vivendo.
Vejo como muito o pouco que aprendi
Tal o tamanho das cicatrizes que carrego.



Minha pouca sabedoria veio pela dor
É um fato, por isso não o nego.
Aprendi a dividir o meu pouco
Posto quê:
Nunca tive nada em abundancia
E já me penitenciei pela falta
Não me dou por perdido...
Também não me dou por achado
Sei me manter em cima do muro
Até que o vento escolha um lado.



Jamais me senti melhor
Do que no dia anterior
Da amargura, conheço bem o sabor
Aprendi a sorrir em um dia
E desaprendi no dia seguinte
Logo ali!
Vejo a estrada se estreitando
Não tenho forças...
Para tentar virar a ampulheta
É apenas, uma questão de quando?



Não conto com uma reversão
Da rotação do planeta Terra
Cresci amadureci e envelheci
Ouvindo histórias de guerra
E sei muito bem de sua inutilidade
Onde uma nação se afirma.
Afastando-se da essência da verdade
E assassinando o irmão estrangeiro
Sem mesmo sequer o conhecer.
Não olho para o futuro
Contento-me com o daqui a pouco
Pois o que tenho como imperativo
É a incerteza desse mundo louco!



Lemos
28/04/2018




sexta-feira, 27 de abril de 2018

O mal às vezes tem razão





O meu maior Não!
Foi o silencio da casa vazia.
Onde depois, ecoou longamente
Meu grito de dor!
Dali em diante vivi em função
De reaprender o Amor!
E aprender a arte de manter
Estável uma relação.



Acreditei, ter aprendido
E dei a vida uma nova visão
Sob a perspectiva de nova cor
E, em outra casa para buscar
Novamente a coragem
De engendrar um novo lar
E assim, repleto de esperanças.
Embora com a coragem assustada
Recriei um sonho, mesmo sabendo.
Que poderia morrer no nada!



Assobiador e cantor que sou
Mesmo que desafinado
Acreditei que poderia dar certo
Mesmo ainda respirando o errado
De um erro que me recuso a admitir
Da má condução do relacionamento
Assobio e canto...
Assim mantenho dormente o tormento
E consigo conciliar algum sono
Só mesmo quem o viveu...
Sabe a dor de um abandono!




O mundo girou e segue navegando
Levando e trazendo histórias...
E, também pessoas.
Vejo, a minha como mal contada
E, por vezes errada e mentirosa.
Vejo, meu novo lar ameaçado
Bem antes do que imaginava
O mal às vezes tem razão
Por de vez em quando vir
A serviço do bem.



Ainda ouço, o meu grito de lá atrás
E chego a por um pé pra fora
Mas, não o faço, pois sei.
A dor do quem vê...
Seu amor indo embora!




Lemos
27/04/2018
!09h46min






quarta-feira, 4 de abril de 2018

Férias



É maravilhoso sonhar
que estou em férias
Mesmo estando eu...
Aposentado!

Lemos
04/04/2018

terça-feira, 3 de abril de 2018

Perdido!



Era bonito o lugar!
Porém, me assustava
Pelo fato, de eu não saber
Como havia chegado ali
Via, árvores baixas e um rio
Não muito largo
Mas, aparentemente intrasponivel
Dado às minhas limitações.



A minha direita, os grandes quintais…
Com seus cães de guarda
E outros animais, galinhas, gansos
Marrecos, etc…
Mas, o que eu mais desejava
Era sair dali!
Voltar ao aconchego do meu lar
E rever, os meus malditos e insanos vizinhos.



Além dos quintais eu via a estrada
De terra batida, onde passavam os carros
Em uma velocidade incompatível com a via
Parecia que, assim como eu…
Todos tinham certa urgencia
Em abandonar aquele sitio.




Com certa prudência
Pedi  a uma sinistra moradora...
Que me deixasse
Atravesar sua propriedade
Para, assim, alcançar a estrada
O que, algo relutante ela autorizou
Levantando o arame da cerca
Para me dar passagem
E foi assim, que finalmente....
Mudei de situação.



Senti-me feliz, pois já poderia
Iniciar minha jornada de volta para casa.
Por instantes fiquei observando..
E percebi, que o fluxo daquela estrada
Era mais intenso para a direita
Chamou-me a atenção um ônibus
Cujo itinerário, não consegui decifrar
Dado a forma estranha dos caracteres
Parecia ser de algum país asiático.




Até mesmo porque a mulher que me deu passagem
Mostrou-se confusa diante do meu linguajar
Optei em seguir pela direita
E assim, iniciei meu caminhar
Andei alguns quilometros em passo moderado
O que era o meu melhor naquele momento
Posto que já estava bastante cansado.



No entanto, me desiludi, quando após uma curva
Já não havia maís a estrada
A estrada, já não era estrada.
O que eu via era uma intensa floresta...
Onde, macacos faziam uma enorme algazarra
Nos galhos e cipós das enormes árvores.



Pensei em voltar, mas…
Voltar para quê?
E , para onde?
Não iria dar em nada!
E tudo, continuaria confuso
E dessa forma entreguei-me…
Ao Deus dará!


Lemos
03/04/2018




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