Estava sozinha em
casa, pois:
Nicolas havia ido pescar.
A casa vazia lhe
causava tédio, por isso, vestiu uma bela roupa e saiu a passear!
Saiu sem rumo certo,
pois não tinha em mente um bom lugar para ir. Resumindo, saiu por sair.
Caminhando vagarosamente,
quando deu por si estava em frente à estação. Entrou, tomou um trem, e foi dar
um passeio na cidade vizinha.
Foi quando ouviu uma
voz: - O que faz uma mulher tão bela andando sozinha?
Grande foi o seu
espanto, ao reconhecer aquela voz. Era o seu amigo de infância, e, primeiro
namorado: O bom e velho Munhoz!
Fazia muitos anos que
não o via, nem ouvia. Aguçou os seus sentidos! Aquela voz soando
inesperadamente. Foi como música aos seus ouvidos!
Tão grande foi a
surpresa, que nem soube o que responder. Estender a mão e dar o seu melhor
sorriso. Foi o que conseguiu fazer.
Ninguém pode com o
destino quando ele quer aprontar. Sentou-se, ao lado do ex-namorado sem sequer
notar!
A última vez que o
tinha visto foi quando se casou.
Nesta ocasião ele
apanhou seus pertences, sua mulher, e se mudou!
Não mudou apenas de
estado civil,
E de cidade. Havia
ido para o Recife.
Acreditou que lá
encontraria a felicidade.
Mudou-se para um
lugar que nem sequer conhecia. Simplesmente, porque sua esposa assim o queria.
Queria, porque lá era
sua terra natal. E, segundo ela seria o lugar ideal!
Para ela realmente
foi, porque Recife é um lugar de gente festeira. Para ele não, pois não era de
muita brincadeira.
Não sei se por ironia
do destino, ou por mera casualidade. Só sei que ambos desembarcaram na mesma
cidade.
Perguntada sobra
aonde ia, ela respondeu a lugar nenhum. Ele por sua vez disse a lugar algum!
Não foi difícil para
nenhum dos dois notar. Que estavam indo para o mesmo lugar!
Ele disse:- É uma
delícia rever você, precisamos comemorar.
Era um convite, que
ela achou por bem não recusar.
Curiosa ela perguntou
sobre o seu casamento. Ele pestanejou. Mas logo respondeu: - Foi quase bom
enquanto durou!
Disse que, os gênios
eram muito diferentes. Foi isso que os separou! Não houve brigas, nem traição.
Por isso o respeito continuou!
Lemos, 26/01/03 22h03min: 07.