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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Óbitos continua





           Cinco


E realmente...
Nunca mais voltou.
No entanto...
Também não encontrou a paz.
Pois o remorso seguiu o corroendo 
Ao longo dos anos
Por ter abandonado a esposa
No exato momento...
Em que ela mais precisava dele
Contudo, se ele tivesse ficado.
Talvez, não suportasse
Aquela desgastante realidade.




Era o tal...
Se ficar o bicho pega
Se correr o bicho come!
E o bicho o estava comendo
E talvez!
O esteja comendo até agora...
Caso ainda esteja por aí.
Quanta a mulher...
Há anos!
Faz companhia pra doce mãezinha.



Lemos
29/11/20017






quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Óbitos!

Um



Nunca mais foi a mesma
Depois daquele período difícil
Que terminou de maneira infeliz
Passou a dura etapa
Mas, junto com ela.
Foi-se também sua essência
Aquele sorriso espontâneo
Deu lugar a um rosto sem expressão
Oriundo, de uma alma triste.




Sem dúvida, a doença de sua mãe
Inevitavelmente a adoeceu também
Assim como a morte
Também ceifou uma parte de sua alma
Aquela parte...
Na qual brotava seu sorriso
E assim, ficou muito difícil
Para ela e para as pessoas com as quais convivia.




Mesmo assim, não desistiu da vida
Não declaradamente!
Mas, era notório, que morria lentamente.
Posto quê...
Não há vida plena...
Quando o sorriso não vive!




                  Dois


Estudava e aprendia muito
 Mas, isso!
Não lhe trazia qualquer contentamento.
Os elogios dos colegas e professores
 Assim como os do marido e filho
Não a incentivavam em nada
Apenas estudava para não ficar em casa
Onde as tristes lembranças a atormentavam
A ponto de beirar o terror.




 Amor!
Ela fazia, apenas por fazer.
Era como se estivesse cumprindo
Uma difícil obrigação
Quando na verdade, seu marido compreendia sua dor.
E isso tornava ainda mais penoso o relacionamento


                                        
                  Três

    
Assistia todos os seriados
Os famosos enlatados americanos
Desde que o tema fosse hospital
Nessa parte...
O marido já não era tão solidário
Fugia desesperado para o quintal
 E somente retornava...
Quando a Tv era, enfim desligada.
 E naquele dia nada mais se conversava
Sob a pena de um terrível quebra pau.
Era cada qual no seu canto
Ainda havia muito a ser chorado!





                   Quatro


E no primeiro natal sem a Matriarca
A família se reuniu para celebrar
O nascimento da Maior Verdade
E ela lá estava sem sorriso e sem palavras
Sentia-se roubada pela vida
E blasfemava sem parar
Seu marido já bastante envelhecido
E um tanto quanto retorcido
Saiu a comprar cigarros
Para nunca mais voltar!



Lemos
29/11/20017









sábado, 25 de novembro de 2017

Sorriso idiota!


Olá, como vai?
O meu nome é Fulano
Sobrenome, De Tal!
Por aqui, tudo parece igual.
É José, João ou Mané!
Ninguém vale pelo que é.


O que se tem...
É o que vai à balança
Tenha- se ou não alguma fé
Nem sempre a fé alcança
Algum merecimento ou graça.


Meu sorriso, apesar de espontâneo.
Tem ares de idiota
Pela sua inconveniência
De querer se sobrepor as dores
Impostas por condições
Físicas, econômicas e sociais.


Por aqui se suporta o hoje difícil
Sabendo que amanhã haverá mais.
E que o dia seguinte me encontrará
Um pouco mais forte
 Porém, um pouco mais triste.
Por saber a iminência da certeza
Que ainda tem muito que piorar.


Sei que meu sorriso sem propósito
Irá se manter ativo.
Como minha alma a gritar
Que mesmo arrasado...
Ainda sigo vivo!



Lemos
24/11/2017







domingo, 19 de novembro de 2017

Casamento!

Casamento!
Quatro pés em nova estrada
Não!
Não é um quadrúpede...
São duas pessoas com promessas boas.
Casamento!
Família reunida celebrando
O fundir de duas, em uma só vida.



Assim diz a poesia
Casamento!
O dia mais feliz da vida
Mas, depois tem o depois.
E muita coisa nova virá
O saldo de tudo isso
Só mesmo o tempo dirá!



Casamento!
Muitos convidados
Cada qual com seu melhor sorriso
E com sua mente a todo vapor
E a língua bem afiada
Nesse tipo e evento
Não passa nada despercebido
E ainda tem o que a imaginação dita
Mas, aos leigos a coisa é bonita.




Para sempre!
Na saúde e na doença
Bonito de se falar
Gostoso de se ouvir!
Já aplaudi várias vezes
Mas ainda não vi se cumprir.



Esse eterno juramento
Com o qual se tem que concordar
O padre precisa ouvir o sim
Senão voltam pra casa
Sem ver o sonho dourado
Enfim, se concretizar!





Lemos
19/11/2017





quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Novos amores!




Choro sem perguntar
Pois a resposta está no ar
É a razão de o meu caminhar
Mesmo não me levando
A qualquer lugar
Não quero uma resposta
Que respiro diuturnamente
O meu agora nada deseja à frente
Precisa primeiro...
Resolver o presente!




Hoje!
Quero comer beber, respirar.
E sentir gosto na comida
E alguma leveza no ar
Desejo ter olhos para as cores
Sabedoria para novos amores!
E coragem para enfrentar...
Possíveis novas dores.




Quero dar!
O nome de Esperança
Ao que estará por vir
E quê:
O meu sorriso seja verdadeiro
Mesmo na adversidade
Só dessa forma poderei me ver
Como uma possível verdade.




Que até então tem se escondido
Da sua autentica essência
Primando pelo medo
De ser enganada por minha aparência
Que com um sorriso encantador
Por dentro é puro terror!



Lemos
14/11/2017


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Cone de pó!




Sem qualquer experiencia
E abundante em amor
Caiu de braços abertos
No mar da aventura
Deu tudo de si
Mas, pecou pelo exagero
Não imaginou o outro lado
Pensou grande, pensou errado!



Agora!
Chora de arrependimento
E não vê vida à frente
Apesar de toda juventude.
Vê- se acabado para o amor
Por maximizar o sofrimento
Só o tempo poderá mostrar
A verdade que não pode ver
Dentro do copo de aguardente
Ou no pequeno cone de pó.



Caso, a vida resolva esperar
Dentro de um ambiente desesperador
Num mundo onde cada qual
Vive somente para si mesmo
Sem o sequer olhar de lado
Numa eterna confusão
Entre o certo e o errado.



Nada digo, e continuo...
Dentro de meus acertos e erros
Pagando por alguns deslizes
E sonegando alguns pagamentos.
Sem contudo, reclamar
Ou mesmo desejar morrer
Sei que o inferno é logo ali…
Mas, não tenho pressa em conhecer.



Lemos

04/11/2017

Ninguém me notou!



Não e assim!
Desse jeito não gosto
E o assado saía a sua maneira
E eu comia do meu jeito
A contragosto, e parecia satisfeito.

Mas, nem tudo que parece.
Afirma-se como realidade
E minha verdade solapada
Já não respirava plena
E, tampouco, por si só.
Muito mal assistida, quase sem vida.

Teimoso pela natureza humana
Mantinha-me na atmosfera
Princípios pra lá do fim
Que eu insistia em não vislumbrar
Mero instinto de sobrevivência
Mesmo depois da morte evidente
Daquele que assassinado
Conta pra si mesmo uma historia de vida
Vida louca num mundo moderno
Abundante em fantasia
Visando burlar o fogo do inferno!

Vou indo!
Tentando não ver o que fui
Ignorando que já parti
Vendo-me em um mundo
No qual jamais existi
Onde ninguém me notou enquanto gente.



Lemos
07/11/2017








quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O depois


Houve um tempo chamado “nós dois”
Pode ter sido bom pra você
Mas, me doeu o depois.
Ao descobrir o quanto estive só
Durante o advento “Nós dois!”.

Acompanhado e sozinho
Durante uma quase eternidade
Refém de uma ilusão
Que era minha única verdade
E brilhava em forma de você.

Hoje, sem sua presença.
Habito em um mundo
Onde vidas se pronunciam
E convivem...
Em harmonia ou não
Mesmo assim, todos vivem.

Todos saboreiam seus manjares
Todos choram os seus males
E engolem amargas verdades
Mas cantam suas paixões
Sem sentirem-se escravos
No silencio do depois.



Lemos
07/11/2017








sábado, 5 de agosto de 2017

Pelo sim, pelo não!



Fui ontem à nutricionista
Na APAE!
Passou-me uma dieta
Mostrou-me o caminho
Para não ser gorduchinho
E ter alguma saúde
Dieta horrível...
Deus que me ajude!



Mas, já sou gordo.
E tenho hipertensão
Demorei a ouvir
A voz da razão
Leite desnatado!
Ninguém merece...
Tirar a gordura do filé
Até parece!



Pão integral...
E sem margarina!
Suco natural sem açúcar
E com pouco adoçante
Coisa de louco
Ter que comer mal
E além de tudo, pouco!



Pelo sim, pelo não...
Morro magro e assim
Fecha-se bem o caixão!


Lemos
05/08/2017



sexta-feira, 4 de agosto de 2017

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Dia espetacular!

Hoje dia dois agosto de 2017
Estou vivendo um dia espetacular
Porque estou procurando um caminho
Para seguir rumo a mim mesmo
E assim me encontrar
De preferencia sóbrio
E com alguma saúde, pois...
Haverá!
Alguma pendencia a ser resolvida.



Mas, mesmo assim sou grato à vida.
Por ainda estar por aqui
Buscando um jeito de ampliar
Os meus horizontes
Digo-me feliz, posto quê:
Trago um sorriso no rosto.
Um tanto quanto amarelo
Entretanto, por ser sorriso.
Insinua algo de belo.



Como a estrada que se inicia...
Ou simplesmente continua...
Ao nascer de cada dia!
Ainda penso em você
Como promessa futura
Mesmo tendo me abandonado
À própria sorte
Naquela noite escura.



Na qual eu nada queria ouvir
Porém, tenho comigo que você
Deveria ao menos persistir
Na tentativa de manter-me vivo
Dentro de alguma expectativa
O mundo me preservou
E por isso estou aqui
A despeito de mim e de você.



Aqui!
Nesse mundo cão, onde...
Nem sempre o filho chora
E a boa ou má, mãe vê
Isso se aplica também a amante
Que não ama em tempo integral
Estando ausente em algum instante
O que pode tornar- se crucial.



Embora, possa parecer irrelevante
Vejo uma pequena luz lá na frente
Talvez seja, onde eu possa me achar.
Canto comigo uma canção
Aquela!
Do dia espetacular!



Lemos
03/08/2017





quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Onde comecei

Nas jovens tardes de domingo
Eu era mais pensativo
E um tanto quanto mais feliz
Jovens tardes, jovem eu.
Com toda energia
Que Deus me deu!



Nas jovens tardes de domingo
Meu sorriso moderado
Ao som de belas canções
E na boa companhia...
De melhores criaturas.



Onde uma canção de amor
Falava por si só e encantava
Dado o encanto daquela época
Em que o tempo parecia...
Ser tocado de imensa magia.



Jovens tardes onde o sol
Punha-se lentamente
Como se tentasse prolongar o dia
E assim, perpetuar uma era!
E hoje num agora tão distante
Vejo-me lá, onde comecei.



Satisfeito e feliz com o pouco
Que era muito...
Havia as canções do Rei!



Lemos
02/08/2017



terça-feira, 1 de agosto de 2017

História sem fim



Meu amor me disse
Que o mundo era belo
E meu sorriso encantador
Mas, meus olhos.
Não viam dessa maneira
E, nada dizia...
O meu sorriso amarelo.



Meu amor não sabia
Das pedras que pisei
Pelo longo caminho
Que fiz até chegar a ela
A vida foi prazerosa
Uma ou outra vez
Mas, esteve longe de ser bela.



Meu amor caminhou menos
Berço de ouro, sorrisos plenos.
Sem o desgaste do tempo
Trata-me bem...
Sou bem aceito como passatempo
Que ao perder a graça...
Desfar-se-á como fumaça.



Já fui dissipado assim
Mas, daquela vez não era fim.
Meu amor me olha
E vê apenas ingenuidade
Não sabe que tive que engolir
Todo tipo de verdade
E que aprendi a sair
Sem prestigiar dificuldade.



Por hora sou história sem fim
Mas, já profetizada por mim.
Deixarei meu amor...
Aproveitar o quanto quiser
E vou aproveitá-la o quanto puder.
Dentro de minha pobre expectativa.


De meu pessimismo...
Minha trajetória é prova viva!



Lemos
31/07/2017




segunda-feira, 31 de julho de 2017

O próximo sorriso

Sou fiel, ao meu Eu atual
Como fui fiel ao meu Eu no passado
Aquele antigo Eu moderno
Para a época, hoje ultrapassado.
Sou fiel ao meu Eu de muitas mudanças
De estilo e de comportamento.



Era, daqueles que sabiam falar
E gritar as suas verdades
Hoje já sabendo ouvir
Vejo-me mais interessante
Dentro de um mundo mais veloz
E nem por isso mais excitante.



Sou fiel ao meu momento
Não posso me declarar ao amanhã.
Onde o sol poderá ter outra cor
E a sorte não ser tão irmã
Mesmo assim serei fiel ao ideal
Com o qual poderei acordar.



Passar o dia atrelado a ele
Mesmo que não me dê razão
Para poder sonhar!
Sou, o que me dita o presente
Dentro de minhas possibilidades
Acredito no que a alma diz
Desde que se assemelhe a verdades.



Sou o hoje, e tenho que ser assim.
Pois não havendo amanhã
Já levo na boca o sabor do fim!
Ao qual sucumbirei fielmente
Mas, por hora me guio.
Pela luz que ainda sinto à frente.



E que enquanto estiver acesa
Induz-me a por toalhas na mesa
E a abrir as cortinas
E quando na rua ainda almejar
A felicidade em cada esquina
Pois felicidade, para mim.
Significa o atual e o próximo sorriso
E assim como lá atrás
Acreditar em mim...
É o que preciso!



Lemos
31/07/2017