Powered By Blogger

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ser pai.


Muitas mentes
Muitas vidas
Fáceis ou difíceis
De serem pensadas
De serem vividas
Pais que protegem
Que ensinam
Errado ou não
Pais que sempre

Tem Razão!

Dor, pior do que ver
O filho ser contrariado
Não existe!
Sou pai:
Por isso mesmo
Sou feliz:
E, também triste
Contudo, já fui
E também, já vi
Meu filho, ser contrariado
Fiquei pesaroso

Mas concluí:

Meu filho, estava errado
Naquela ocasião:
Em outras tantas
Ele estava com a razão
Ser pai
É saber sopesar
O momento de calar
E também, o de falar
Ser Pai:
É a antiga arte
De ser exemplar
Não tem, que ser perfeito
Mas:
Diante dos filhos
Tem, que agir direito!
Tem, que falar direito!
Tem, que impor respeito!

Muitas mentes
Muitas almas
Para Deus cuidar

E saiba:

Que ele cuida
Deus não se descuida
Minuto sequer
Segundo sequer
Está escrito
Todo homem tem
O dever de saber
É, crer ou não crer
Não tem meio termo

Deus, é pai!

Por isso, não descuida.
Dos amados filhos
E procura mantê-los
Sempre dentro dos trilhos
Aqui na terra

Segue:

O mesmo diapasão
Ter o filho
Sempre à mão
Para elogiar
Pra repreender

 
Deus ensinou!

Por que então?
Não fazer!

 

Lemos, divagando até demais.

Vinte e seis de junho de dois mil e treze.

domingo, 16 de junho de 2013

Não lhe assustou!

O passado inteirinho
Estava lá
No que seria:
Apenas um evento
Lá estava
Um rebento
Dois rebentos
Três rebentos
E:
Os rebentos dos rebentos
Lá estava:
Aquele homem
E as mães:
Dos seus rebentos
O passado estava lá
Não lhe assustou
Posto que o conhecia
E o amava a seu jeito
Mas; amor é amor.
Amor é para sempre
Custe o que custar
Doa a quem doer
Amor; é um presente.
E nesse quesito 
Aquele homem:
Foi, deveras, presenteado
O passado estava lá!
E, por isso mesmo
O bom homem
Sentiu-se realizado
Agora sabe!
O que é prazer
Satisfação de ter vivido
De ser o que é
O passado lá estava
E não lhe assustou
Porque no passado
Não foi covarde
E graças a Deus:
O remorso, não lhe arde!



Lemos dezesseis de junho de dois mil e treze




sábado, 15 de junho de 2013

Não saí pra beber!



Vida
Pra ser vivida
Aproveitada
E depois morrida!
Foi assim:
Com muita gente
E daqui pra frente
Não será diferente
O melhor:
Foi assassinado
Em nome:
Da verdade e do amor.
Fala-se muito nele.
Entretanto:
Em seu sacrifício
Pouca gente
Deu qualquer valor.
Eu, que adoro comentar.
Mas sei pouco, ou quase nada.
Acredito, que se o homem.
Não entendeu o amor
Talvez entenda, a bordoada
Vida, pra ser vivida
Mas, que amiúde
É desperdiçada
Por planos absurdos
Que, mormente
Não dão em nada
Ou talvez
Pela falta de planos
Que é o pior dos desenganos
Comer além do saciar
Beber para esquecer
Beber para vomitar
Fazer amor pelo prazer
Fazer amor para procriar
Procriar, sem planejar
São, erros e acertos
Que só se percebe depois
Às vezes:
Tarde para lastimar
Outras tantas:
Tarde, pra comemorar
Mas sempre
Tem-se esperança na vida
Pois raramente, se tem
A percepção
De hora, de ela ser morrida!

É sábado, hoje não saí pra beber.
Vou no próximo
Se até lá; não morrer!

Lemos quinze de junho de dois mil e treze (noite)


Estaca zero!



Um tempo;
Em que o tempo
Não importava
Pois ainda
Tinha-se muito
Pela frente
Mas hoje ele importa
E, muito!
Hoje é diferente
O muito que havia
E parecia sobrar
Já passou.
Para algumas coisas
Até já acabou
É assim, que vê
Quem foi jovem
Bem lá atrás
Não havia 
O que perder
Nada havia:
A temer
Hoje o futuro
Amedronta...
Hoje o passado
Assombra..
Pelo tempo perdido
Nada a fazer
Quanto ao tempo
Que ainda resta
É, gastá-lo com esmero
Daqui a pouco
Volta-se 
À estaca zero!


Lemos quinze de junho de dois mil e treze.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Que merda!

Foi;
Na estrada escura
E nada florida
Que vi...
Mortos lutando
Pela vida.
Foi;
Na rua sombria
Que troquei
A noite
Pelo dia!
Ou:
O dia pela noite
Sei lá!
Mas tudo
Dá no que dá
A não ser
Quando:
Não dá em nada
O que pode ser 
A melhor opção
Quando não há
Nenhuma solução.
Vi jovens envelhecendo
Precocemente
E, abundantemente
Já chorei!
A lágrima que tinha
E, a que não tinha
Já rezei para
Todos os santos
Que conheço.
E até...
Para os que nunca
Ouvi falar
Mas:
A rua escura
Escura continuou
O morto
Não ressuscitou
A dor:
Em algum momento
Passou
Mas depois voltou
Mais forte ainda
E o padre cantor
Achando;
A vida linda.
Contudo; não, apenas, vi
Morto, querendo voltar
Já vi, menino a se suicidar
Já vi, mãe se drogar
E envenenar bebê
Pela mamadeira
Vi também
Trabalhador roubando
Como se fosse preciso
Como se alguém
Tivesse motivo
Para roubar
Poucas razões:
Ou nenhuma, pra rir
E, muitas
Para chorar
Até o mundo
Se acabar!

Lemos, triste demais 14 de junho de dois mil e treze. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Não é bem assim.





Falar sobre mim

Do começo ao fim

O começo foi assim

Meio ao avesso

Meio torto

O fim ainda não chegou

Posto que

Não estou morto

Bem mais fácil

Falar dos outros

Da vida alheia

Embora pareça ser

Coisa muito feia

Aparentemente é

Mas realmente

Não é bem assim

Posso poupar os outros

Mas ninguém;

Poupa a mim

Não preciso me apresentar

Aos olhos do povo

Para tanto.

Teria eu:

Que nascer de novo

Entretanto:

Para nascer outra vez

Teria que morrer

Contudo, não tenho vontade

Acho que ainda é cedo

Duas transições

Metem-me algum medo

Fico por aqui

Enquanto puder

Seja bom, ou mesmo ruim

De certo modo

Acabei falando...

Um pouco de mim!


Lemos seis de junho de dois mil e treze.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Acende-se a chama

Gosto de mar
De sol
De futebol! 
Aprecio um trago
Depois de outro.
E, de outro trago
Mas desaforo pra casa
Isso eu não trago!
Assim como também
Não trago companhia
Camaradagem, só no bar
Depois:
Cada qual para o seu lar!
Quem não tem lar.
O que fazer?
Que fique então no bar
Até ele se fechar
Lá no bar tenho coragem
Até mesmo de cantar
Embora, bem desafinado
Até mesmo de dançar
Um tanto quanto desajeitado.
Lá ninguém reclama...
Após o terceiro drinque
Acende-se a chama
Deus Baco, nos conclama
A transpirar alegria 
O premio é triplo
Bafo de onça
Dor de cabeça
Ressaca no outro dia!

Lemos quatro de junho de dois mil e treze.



Não seria daquela vez.



Chamava-o de pai.
E possivelmente:
O via como tal
Mesmo não sendo ele
O pai original.
Ele,por seu turno
Também a via
Como sendo filha
Era ela sua princesa
De voz mansa e macia
Por ela ele tudo fazia
Mas o tempo
Que de tudo faz
Por menos não deixou
O tempo que sempre passa
E por isso mesmo passou
e assim como o vento
Apagou pegadas
Derrubou folhas e as levou
Tempo e vento
Já dizia o poeta
Trabalham juntos
A não deixam
A obra imcompleta
A menina cresceu
E de linda
Ficou mais linda ainda
Ele envelheceu
E seu coração:
Mais brando se fez
Entretanto, como tudo
Tem sua hora e vez
O anjo do inevitável
Por lá pousou
Não veio pra conversar
Nem pra cantar
Muito menos para orar
Não trouxe:
Nenhuma harpa dourada
Pois aquele anjo
Não sabia tocar
Só sabia, matar e levar
Não perdeu a viagem
Não seria daquela vez
Anjo da morte!
Não perde o freguês.
Sem prosa alguma
Bateu suas asas
Levando consigo
A bondosa dona da casa
Ficou o pai postiço
E a bela filha
Que tinha grande vocação
Assim dizia algum pseudo cristão
Ao ouvir suas palavras
E adivinhar seus pensamentos
Agora mais do que nunca
O caminho natural
Seria o do convento
Adivinhos de plantão
Fizeram suas apostas
Sem qualquer hesitação
Erraram!
Nem lamento, nem convento!
A menina linda
De olhos celestiais
Ouve rock, bebe,e fuma
Entre outras atividades
Das quais não exercia nenhuma
Realmente, tinha vocação
E o velho "pai"
Depois, de dura lição
Hoje dorme ao relento
Enquanto procura um lugar
O sonho acabou:
Nem sombra daquilo
Que um dia; foi um lar!

Lemos quatro de junho de dois mil e treze.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

calar-me -ei



Sua magia
Chama-se nostalgia
Desde o dia
Em que tolamente
A deixou pra trás
Desde o dia
Em que optou
Pelo tanto faz
E realmente:
Tanto fez
Que agora....
Vê-se de fora
Do quadrado
Que era seu
Vê-se longe
Do tapado
Que era eu
Já em si mesma
Não crê
Não se vê
Como antes via
Não promete
Como antes prometia
Já não me remete
Ao paraíso
Como no passado
Lindamente, me remetia
E agora:
Nada tendo pra dizer
Nada diz!
E me induz a calar
Calar-me -ei
Porém, antes peço
Para que você volte
A se gostar
É tempo
De acordar!

Lemos três de junho de dois mil e treze.


domingo, 2 de junho de 2013

lavou, tá novo!

Deu!
O que era seu
Tudo bem!
Não era da minha conta
E de mais ninguém.
Porém já passou
Já acabou.
Quando quis, calou
A boca do povo
Com a velha frase
Cada vez mais idiota:
"Lavou tá novo!"
Tá novo!
Novo dia, novo ano!
Tempo de novos acertos
De novos enganos
"A vida é  minha!"
Outra frase besta que tinha
Para se defender de quem
Apenas queria, o seu bem
Já passou, já acabou
Mais um dia, mais uma fase
Mais um ano, mais um engano.
Empilhando;
Uma e outra bobagem
Sem no entanto desistir
Da vida que é viagem
Da vida que é passagem
De ida, para algum lugar
Onde talvez, descubramos
A diferença, entre falar e calar
Entre, aceitar e recusar
Entre, comer e aproveitar
Entre, comer e cheirar!
Entre, beber e vomitar!
Mas mesmo sendo a vida:
Passagem, ou viagem..
Para quê?
Tanto apanhar!

Lemos dois de junho de dois mil e treze.


Nenhuma lembrança!


Lembrar de Deus
Quem se lembra?
E, em que situação
Para escarnecer...
Para pedir....
Para agradecer...
Para escarnecer:
Mormente!
Para pedir:
Diariamente!
Para agradecer
Raramente!
É assim:
Estando tudo bem;
Deus é quem?
Deus e dinheiro:
Dinheiro primeiro!
Deus na festança;
Nenhuma lembrança!
Mas na hora da doença
Na hora da dor.
Deus é pai
Deus é amor!
O único:
E absoluto salvador !

Lemos dois de junho de dois mil e treze.

A canção de sua voz.


Triste foi:
Aquele dia
Em que dei falta
Da sua alegria
Maldito dia!
Em que se entregou
Ao que chama de sina
Foi-se:
A canção de sua voz
Foi-se também
Seu sorriso de menina
Desapareceu....
O brilho do seu olhar
Também sumiu;
A graça de seu caminhar.
Hoje; é mentira...
A sua verdade
Mas, tanto insiste nela
Que passa a acreditar
Mas sei que sua essência
Está guardada na alma
Bondade é coisa 
Que não se acaba no nada
Quero de volta a sua identidade
E ver de novo, 
Um minimo de vaidade
Uma atraente moldura
Em seu lindo olhar
E seu belos cachos
Voltarem a brilhar
De vez em quando:
Um sorriso.
E sua voz a cantar
Como era num passado
Não assim tão distante
Voltar a se respeitar
E, de novo fazer-se respeitada
Pela imensa maioria
O que, não é o meu caso;
pois continuo lhe amando
E jamais deixei, de lhe respeitar
Por favor acorde!
Ainda tem tempo de voltar.

Lemos dois de junho de dois mil e treze.


Não fica louco!

No imundo botequim
Desprezivel pra você
Bom demais, para mim
Onde a bebida barata
Desce suave até o fim
Onde a comida porcaria
Tem status de iguaria
Copo sujo, a noite inteira
Mãos mal lavadas
Da negra e linda cozinheira
Musica brega na vitrola
Não pode haver melhor escola
Para se viver bem
Assim, com tão pouco.
Mas posso afirmar
Quem vai ao bar, não fica louco.
No bar, tem lugar.
Para quem quer rir
Dá lugar a quem precisa chorar
Sempre há um ombro amigo
Um ouvinte amigo para escutar
O que se tem pra falar
No bar sempre tem
Um médico, um conselheiro.
É no bar que se acha
O melhor mecânico, pedreiro.
Pintor, e até mesmo carpinteiro.
De vez em quando, uma briga...
Mas somente para quem gosta
Porta da rua, serventia da casa·.
É esta, a melhor resposta.
Tanto de casa para o bar
Assim como, do bar.
Ou; de qualquer outro  lugar.
Para o aconchego do lar
Às vezes:
Não assim, tão aconchegante
Entretanto, a melhor solução.
É a que se apresenta no instante!

Lemos dois de junho de dois mil e treze.