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sábado, 30 de julho de 2011

A primeira vez.

A primeira vez.

Supôs
E deu como fato
Foi este ato
Que lhe quebrou
E não foi esta
A primeira vez.
Sua fértil
E tendenciosa
Imaginação
Torna difícil
Sua missão
De ser humano
Entra ano. Sai ano.
E sua desconfiança
Sempre causando
Um ou outro dano
Em seu corpo e alma
e também no mundo
Poderia tentar
Respirar fundo
Manter a calma
Para então ponderar
E quando,enfim, falar
Dar um tempo
Para poder ouvir
A outra parte
Que por você
É sempre julgada
E, nove em dez vezes
Condenada!
Uma fica para
Segunda instãncia.
A seu ver:
Ninguém é honesto!
Ninguém presta!
Será, que no mundo?
Só tem você:
De pessoa honesta!
Sendo desse jeito
Só sobrou você
O ser humano
Perfeito!
Parece ser isso
Que sua alma diz
Tudo bem!
Nunca ouvi falar
De santo ou santa
Que vivesse feliz.

Lemos, 30/07/2011

Ora ora!

Não deu trégua
Estava mesmo
Disposta a brigar
E brigou
Quase até cansar
Mas não cansou
E por isso mesmo
Mais e mais brigou
Quem se cansou
Fui eu!
E por conta disso:
Ganhei a rua
Fui para o bar
Sem pressa em voltar
Não era dia
De ficar em casa
Ouvindo desaforos
Não que seja melhor
Estar no bar
Mas aturar pinguços chatos
É quase nada
Comparando com mulher
Mal humorada
Que se julga patroa
Por trabalhar fora
Ora ora!
Se que ser patroa
Então
Que pague empregada
Que fatalmente se cansará
E dará o fora
Lamentando a hora
Em que foi aceitar
A desafortunada sina
De trabalhar
Para outra empregada
Já no bar acalmei-me
Tomei cerveja
Pedi ao Pai
Que me proteja
Joguei bilhar
Voltei pra casa
Quase, no outro dia
Sabendo que:
Quem trabalha
Tem que ir trabalhar!
Que bom!

Lemos, 30/07/2011.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Foi lá!

Foi mal!
Ter estado
lá no hospital
Demorou:
Mas a verdade
Enfim; chegou
A seu gosto
À seu jeito
Se alguém não atentou
Tudo bem!
Ninguém é perfeito.
Foi lá!
No claro e barulhento lugar
No qual que fui parar
Abatido e rabugento
Sonolento e remelento
E; cheio de dor
Que fui dar valor
Ao amor e a saúde
Que Deus me ajude
A não mais precisar
Bater com os costados
Naquele horrível lugar
Não sei o quê
Enfermeiros e enfermeiras
Tem tanto a conversar
Parece não haver
Nada ou ninguém
Para cuidar.
Já sei, o que fazer
Abandonar as frituras
A deliciosa pimenta
Deixar de beber!
Preço alto:
Mas não, alto demais
Ninguém merece
O torturante gotejar
Do soro, quê:
Só faz o corpo inchar
E aumenta a sensação
De estar morrendo
Enfermeiros, enfermeiras
Nem aí
Com a voz do Brasil!
Só pensando, naquilo

Cada qual, à seu jeito
Quanto ao paciente
Que tenha paciência
Amanhã terá outro
Ali, no mesmo leito
Triste a olhar
O eterno soro amarelado
No seu torturante gotejar
Jurando, a si mesmo
Fazer o possível
E também o impossível
Para não voltar
Olhando, volta e meia
Para a saída
Que seja logo
E com alguma vida
Antes; que venha
A feia copeira
Com a horrível
E nauseante comida!

Lemos, 28/07 2011.