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sábado, 20 de abril de 2024

Não me condenem!

 


Não se despediu!

Não era do seu feitio

Apenas, foi se deixando levar

Apesar da velada relutância

Ninguém, quer mesmo partir

Na viagem definitiva

Mas, bem ou mal é evidente

Que todos conhecem essa sina.

 

 

Pois, é o que veremos ao longo...

Dos dias meses e anos

Que nos sãos permitidos viver

Que, o universo nos deixa

Ir acontecendo dia após dia

Ela, não queria ir!

Não por mero egoísmo.

 

 

O que ela não queria...

Era se separar de vez

Dos seus entes queridos.

Dentre os quais também figurava

A meiga cadelinha Doralice 

Não me condenem!

Não fui eu quem deu esse nome

Ao belo animalzinho...

 Infinitamente, melhor e mais afável...

Do que muitas pessoas.

 

 

Mas, voltando a nossa amada amiga

Que, hoje não se despediu

E agora, se encontra tranquila

No melhor lugar...

 Que tenho conhecimento

Mesmo, nunca tido estado lá.

E sabendo de minhas improváveis

Chances de um dia lá habitar.

 

 

Entretanto...

Sei que não irei sozinho para o outro sitio

Caso minhas suspeitas se confirmem.

Ainda luto, por merecer um cantinho

No tão sonhado paraíso.

Sei que minha índole não me qualifica

Ainda não desisti dos milagres

Que vejo cantados em verso e prosa

Na boca dos nossos pregadores.

 

 

Sei que há, algum amor e fé em mim

Não estou no começo, mas...

Acredito, ainda, haver alguma estrada

Onde, eu possa recolher exemplos

Pois sei, que as boas pessoas

Não vieram ao mundo...

Senão para plantar a paz.

 

 

Mas, elas sempre têm alguma reserva

E por isso mesmo, quando partem

O destino, não é outro...

Senão o Paraiso!

 

Lemos 20/04/2024

21;08 hs


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