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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Suprassumo da sociedade

 


Desde quando?

Essa, é a pergunta que lhe faço

Desde quando, se descobriu?

Como grande sumidade

Desde quando?

É grande assim...

Acima dos outros mortais

Essa é a pergunta!

Que insiste em gritar 

Pois não consigo imaginar

O quanto você cresceu

O quanto, se tornou melhor

Que o restante das pessoas

Desde quando?

Se fez, assim, tão superior

Desde quando se promoveu

Como o suprassumo da sociedade

Lamento dizer, que essa arrogância

Não faz qualquer sentido

Pois como bem o dizia

Minha não tão velha avó

Quem tem o mínimo de sabedoria

Prefere ficar quieto e só

Dizia ela também...

Que somos oriundos do pó

E que é certo que sabemos

Do pó ao pó, fatalmente voltaremos

Alguns com certo cerimonial

Outros tantos sob desprezo total

Por isso lhe pergunto novamente

Desde quando, e até quando?

Sua soberba vai ter hora e vez.

Assim como desisti...

Tem ainda, muita gente na fila

Nem sei porque ainda lhe aviso

Quando deveria ser alheio e frio

E simplesmente seguir...

Ao que meu pai sempre dizia:

"Orgulho só enche, o que está vazio"

Desde quando?

Essa repetida pergunta, se calará.

Jamais voltarei a repeti-la

Ao seu tolo ouvido de mercador

Só acordará desse trágico engano

Quando o mundo lhe bater com jeito

Valorizar-se é muito bom

Mas superestimar-se...

Horrível, e escandaloso defeito!

Hoje, liberto-me e fujo

Da sua desagradável companhia

Meu vocabulário, enfim, se esgotou.

Seja, o que acredita ser, e pague o preço

Sigo o meu caminho buscando harmonia

E isso, destoa de sua presença

Sou apenas aquilo que sou

Enquanto você acredita  

Ser a divindade que pensa

Malhei demais em ferro frio

Saio de mansinho agora

Sem a falsidade de um abraço

E sem qualquer tipo de curiosidade

Se havia alguma, já se acabou

Vi na vida, alguma etapa passar

E uma imensidade de água rolar

Vi também, algumas esperanças

Que se realizaram ou fossem perdidas

Presenciei, arremedos de honradez

Mas nunca vi, um narcisista mudar

Nem um ditador renunciar

Não me quebrou em nada

Por isso não lhe falo com rancor

Pois vai ao inverso do que sou

Calo-me agora para você

Tudo na vida tem seu tempo...

E o nosso certamente se acabou

E se me perguntar, até quando...

Lhe respondo, já andando...

Que, acabou, significa acabou!

 

Lemos 30/12/2022

 

 

 


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