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sábado, 24 de outubro de 2015

Em nenhum lugar





Vi, quando se perdeu
E quando se procurou
No lugar errado
Não poderia se achar
Em nenhum lugar
Fosse lá ou aqui
Para se encontrar
Precisaria olhar
Pra dentro de si.


E se concentrar em ouvir
A voz que antes tinha
Que lhe indicaria a porta
Não a do vizinho
Tampouco a minha!
Talvez não fosse
A mesma porta
Pela qual saiu
Em busca da felicidade.


Que, promissora, lhe acenava
E que depois lhe alimentou
Com comida que não gostava
Mas, não era pior que a fome.
Promissora felicidade!
Que lhe mudou o nome
Chamando-a de escrava
Mas a alma não avisa
Que o amor verdadeiro
Jamais escraviza.


Nem rouba a identidade
Por isso pode ser tarde
Quando vem, enfim, a verdade.
Como verdadeira que é
Sempre aparece
E mesmo depois dela
A alma ainda padece
Sem comportar...
Todos os esclarecimentos.


Vi, quando se procurou.
E ouvi seus lamentos
Disse-lhe alguma coisa
Mas, caiu no vazio.
Palavras, não moldam.
Em ferro frio
E só mesmo o sofrimento
Põe alguma luz no pensamento.

Vi quando se perdeu!



Lemos

24/10/2015

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