Tomando
meu café pra fumar!
Disse
o poeta
Sentado
em sua cama
Questionando
o mundo
A vida
e também a fama
Dizia
estar...
Trancado dentro de si
Trancado dentro de si
Pois
estava mais escuro ainda
Do lado
de fora
Tomava
seu café
Para
distrair a alma
Com o
cigarro...
Que viria a seguir.
Que viria a seguir.
Dizia
ser pra não chorar
Mas o glorioso poeta
Estava
resignado a partir
Tinha
ainda muitas coisas
E algum
trabalho a fazer
Contudo
questionava
Valer-se-ia
a pena?
Ou se
seria melhor
Que saísse
de cena.
Deixando o escuro mundo
Para
os que se recusam a ver.
Que passam
diante da estante
Repleta
de livros
E dizem
não gostar de ler
Na opinião
do depressivo
E revoltado
poeta
Não era!
Uma questão de gostar
Uma questão de gostar
Era a
recusa iminente de pensar.
A comodidade
de comer
O alpiste
na mão do dono
O antes
irreverente poeta
Era pura
mostra de abandono.
Acendeu
o cigarro.
Para não chorar
Para não chorar
Nunca
chorava...
Nem mesmo
estando sozinho
Dizia
que chorar...
Era vomitar
seus pedaços
Jogar
seu lixo ao mundo
Já tão
poluído e empesteado
Não seria
ele a cometer
Tão violento
atentado.
Tornando
o planeta
Ainda mais imundo
Ainda mais imundo
Lembrando...
Que quem mais sujava
Que quem mais sujava
Era quem!
Nós nomeamos para limpar.
Nós nomeamos para limpar.
Foi aí então...
Que o desiludido homem
Que o desiludido homem
Sorveu
o café já frio
Apagou
o cigarro e...
Contraditoriamente!
Pôs-se
a chorar.
Dali
alguns meses...
Deu
ao mundo...
Razão para chorar
E o
seu mundo...
Para
quem:
Ficou em seu lugar!
Lemos
28/03/2015
Um comentário:
Excelente...no más, no menos.
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